Folha de SP volta a listar paraibano entre os cotados para presidir a Câmara Federal
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A edição deste domingo (26) do Jornal Folha de S.Paulo voltou a listar o nome do deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) entre os cotados para presidir a Câmara Federal, com a provável derrocada do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A primeira citação do parlamentar da Paraíba ocorreu na edição do último dia 12.
“São cotados para o cargo Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO), presidente e relator da comissão do impeachment de Dilma, além de Esperidião Amim (PP-SC), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Giacobo (PR-PR) e Beto Mansur (PRB-SP), entre outros”, diz trecho da reportagem da Folha de SP.
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‘Centrão’ e PMDB negociam revezar o controle da Câmara
Com a aproximação do desfecho que pode retirar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) formalmente da presidência da Câmara – por cassação ou renúncia -, partidos do chamado “centrão” e o PMDB, maior sigla da Casa, tentam manter o controle da instituição pelos próximos anos.
A saída de Cunha terá como efeito imediato nova eleição para a presidência da Câmara em um prazo de cinco sessões. O vencedor cumprirá um mandato-tampão até 1º de fevereiro de 2017.
Pouco mais de uma dezena de deputados são cotados para o mandato-tampão, a maioria deles do “centrão” (PP, PR, PSD, PTB, PRB e outras siglas menores), que reúne pouco mais de 200 dos 513 deputados.
O “centrão” foi crucial para o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência e tem forte ligação com Cunha.
O objetivo de integrantes desse grupo é emplacar um nome para o mandato-tampão com o compromisso de apoiar um candidato da estrita confiança de Michel Temer para o biênio 2017-2018, provavelmente um peemedebista (com bancada de 66 deputados), caso ele continue na Presidência da República.
São cotados para o cargo Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO), presidente e relator da comissão do impeachment de Dilma, além de Esperidião Amim (PP-SC), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Giacobo (PR-PR) e Beto Mansur (PRB-SP), entre outros.
A maioria deles têm boa relação com Cunha, que acompanha as conversas à distância e, segundo aliados, tenta emplacar como sucessor um nome de confiança.
O peemedebista foi afastado da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal em maio. Seu processo de cassação pode ser concluído no mês que vem. Antes disso, ele pode renunciar ao cargo, o que anteciparia a eleição na Câmara.
Deputados que têm ido visitá-lo na residência oficial da Câmara dizem que ele tem preferência por Rosso ou Arantes. Ambos, porém, dizem não ter interesse no mandato-tampão.
ANTIGA OPOSIÇÃO
Os planos do “centrão” esbarram na antiga oposição a Dilma —PSDB, DEM, PSB e PPS, que têm 120 deputados.
Embora componham juntamente com o “centrão” e o PMDB a base de Temer, essas siglas preferem um nome sem vínculo direto com Cunha. Chegaram a tabular conversas com o PT e seus aliados (90 deputados) na tentativa de um candidato alternativo.
A avaliação de alguns integrantes desse grupo é de que o “centrão” está enfraquecido após as derrotas consecutivas de Cunha e seria incapaz de reunir sozinho força suficiente para eleger alguém.
Também participa dessas conversas o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), dissidente do “centrão”.
Entre os nomes citados nesse grupo estão Júlio Delgado (PSB-MG), Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Dos três, Delgado é o único claramente opositor a Cunha.
“O que interessa para alguns é manter a Casa nesse ritmo. Mas não dá para eleger um preposto do Eduardo Cunha”, disse Delgado.
Folha de São Paulo