Livânia Farias fez cartas relatando pressão do MPPB e planejando o próprio funeral, diz colunista da Folha
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A ex-secretária de Estado da Administração, Livânia Farias, uma das principais delatoras dos atos da suposta organização criminosa investigada pela Operação Calvário, teria enviado cartas a familiares e amigos relatando angústia após se tornar alvo do Ministério Público da Paraíba/Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPPB). A informação foi divulgada na Coluna Painel, assinada pela jornalista Mariana Carneiro, da Folha de S. Paulo, deste domingo (12).
De acordo com o texto, as cartas foram escritas antes da prisão, em 16 de fevereiro de 2019. “Nas cartas, ela reclama do que considerou ser perseguição e espetacularização do caso pelos procuradores do estado [Na verdade procuradores do MPPB] e faz planos para o próprio funeral. Farias diz que a pressão sobre a família é tanta que os filhos não podem sair de casa”.
Em uma das cartas ela agradece ao ex-governador Ricardo Coutinho pela confiança em seu trabalho e diz que “o tinha como espelho no trabalho no governo”. Contudo, “alega que o fardo da ofensiva do MP é pesado”.
Após a prisão, Livânia Farias fez delação pesada em que revelou detalhes do suposto paramento de propina e que o ex-governador era o chefe da suposta organização criminosa investigada no âmbito da Operação Calvário.
“Ré sob a acusação de ter recebido suborno, ela saiu da prisão dias após assinar o acordo de colaboração e aguarda em liberdade seu julgamento. A Calvário investiga desvio de R$ 134,2 milhões da área de saúde estadual”, conclui o trecho da coluna.
Redação