Políticos da Paraíba divergem sobre comissão que trata da prorrogação de mandatos
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Os políticos da Paraíba parecem não convergir em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 77-A), que põe fim à reeleição majoritária e determina a simultaneidade de eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores, além de estabelecer mandato de cinco anos (dez para senadores). Na última quarta-feira (3), o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou um ato que determina a instalação de uma comissão especial para elaborar um parecer sobre a PEC, causando muita polêmica.
O senador Raimundo Lira (PMDB), disse que a PEC não seria um aumento de mandato, e que a melhor opção seria igualar os mandatos a partir de 2018.
“Acho que a melhor proposta seria igualar os mandatos a partir de 2018, ou seja, os senadores, deputados e governadores já seriam eleitos com mandato de seis anos para igualar com as eleições municipais. Mas a partir de 2018 este fato acontecendo com a concordância dos eleitores. Esta eu entendo ser a melhor alternativa”, disse o senador em entrevista ao programa Correio Debate, da Rede Correio Sat.
O deputado federal Wilson Filho (PTB), disse que a prorrogação de mandato em um cenário tão nebuloso da política brasileira seria um equívoco. “Minha opinião e minha defesa será no sentido de que a prorrogação de mandato com a situação tão conturbada e a população descrendo tanto da classe política atual, eu acho que não é uma coisa boa”, afirmou o deputado também ao Correio Debate.
Ele acrescentou que ficou acordado entre os parlamentares que os membros da comissão da reforma política precisam também estar nesta nova comissão.
“Ficou em tom de acordo que os mesmos membros que estão na comissão de reforma política possam estar nesta nova comissão, para que nós não tenhamos cinquenta deputados discutindo uma coisa e cinquenta deputados discutindo outra e lá na frente não convirjamos em nada. Então o que a gente vê é que nós não podemos entrar em mais uma conversa fiada, em mais um tema não solucionado, em mais uma reforma política de certa forma vazia”, finalizou.
Redação