Tião prevê “condenação” de Cássio por eleitores e nega que tenha feito Caixa 2
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O deputado estadual e presidente do PSL da Paraíba, Tião Gomes, foi enfático e sem meias palavras, como é de seu costume, ao comentar a inclusão do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) na lista em que o ministro do Supremo Federal (STF), Edson Fachin, pede a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais por terem sido citados nas delações de executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht.
Tião, ao mesmo tempo em que rechaçou a tese levantada por Marcelo Odebrecht, de que todo político recebe Caixa 2 em campanha, previu um efeito devastador para o senador tucano nas eleições de 2018.
“Se vocês tiverem a oportunidade de ver os dois vídeos [delações de Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis] que eu assisti, isso é uma coisa triste para a Paraíba. Eu sou político a 34 anos, mas a gente se sente horrorizado. A próxima eleição será, sem dúvida nenhuma, a mais difícil de todos os tempos neste país. Porque o povo está com sede de vingança. E vai se vingar em quem? Na gente. Político ruim, político que se corrompeu ou foi corrompido, na próxima eleição, não terá vez e entre esses estará Cássio Cunha Lima, com certeza”, disse Tião.
O parlamentar, ao ser questionado sobre a procedência da tese de Marcelo Odebrecht, segundo o qual “político que disser que não recebeu caixa 2 está mentindo”, declarou que suas campanhas foram diferentes: “As minhas foram diferentes. Se existe Caixa 2, quem deve saber é Cássio Cunha Lima e a Odebrecht. Dizer é bom. Eu quero ver é provar. Generalizar as coisas, eu acho muito errado. Existem políticos sérios e eu sou um político sério. Aqueles políticos que foram citados na Lava-jato, saiam da política porque o povo é quem vai condená-los”, enfatizou Tião.
Redação