Anderson Silva perde para azarão Bisping em retorno pós-doping
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Anderson Silva (33-7, 1 NC) voltou ao octógono na noite deste sábado (27), no UFC Londres, e perdeu para o “dono da casa”, o inglês Michael Bisping (28-7), por decisão unânime dos árbitros. E com direito a confusão no terceiro round: “Spider” comemorou um triunfo que não aconteceu.
O brasileiro, na metade terceiro do assalto, encaixou joelhada voadora no oponente, que caiu nocauteado. Anderson festejou, até subiu na grade, mas depois foi avisado que o golpe não foi validado: a luta havia sido interrompida pelo árbitro Herb Dean, porque o inglês estava sem protetor bucal.
Apesar de toda a provocação prévia, os dois atletas se cumprimentaram cordialmente antes de o gongo inicial tocar. O começo do primeiro round foi como se desenhava: o brasileiro esperando pelo contragolpe e o inglês, sabendo disso, com certo medo de atacar. A dupla foi se soltando na sequência, e o “velho Spider” se revelou na metade do assalto – Anderson voltou a ser provocativo.
No fim do período inicial, os dois se estranharam. O córner de Bisping pediu para ele não deixar o adversário “entrar em sua cabeça”. E foi o que ele fez. No round seguinte, apesar do excesso de brincadeiras de Anderson, manteve a postura e conseguiu até derrubar o rival com bomba de canhota para, na sequência, castigar no ground and pound.
O brasileiro voltou menos provocativo e mais agressivo no terceiro round, o que teve a confusão da joelhada voadora, mas deixou o ritmo cair no quarto – Bisping tornou a ser superior, apesar do sangramento no rosto, resultante do golpe irregular.
Antes de o último período começar, os combatentes foram aplaudidos de pé na arena. Anderson partiu para decidir, conectou bom chute frontal que balançou o oponente, mas não foi suficiente.
“Não sei se foi a melhor performance da minha carreira. Quis essa luta minha vida inteira por causa de vocês [torcida], vocês me deram esse poder. Muito obrigado. Todo mundo significa muito para mim. Não sei porque estou chorando”, disse Bisping, emocionado.
“Respeito esse cara, ele é o maior lutador de MMA. Sei que disse algumas coisas, mas o Anderson me inspirou desde que criança. Eu sempre quis ser como esse cara. Agora preciso parar, pensar, abrir uma cerveja. Achei que minha cara estaria um pouco melhor depois da luta”, completou.
Uol