Boqueirão chega a apenas 8,5% da capacidade e Cagepa alerta: ‘pior cenário da história’

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boqueirão3A crise hídrica no estado se agrava e o presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Fernandes Neves, afirmou que a situação do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) atingiu uma baixa histórica, apenas 8,5% da sua capacidade.

Como efeito da crise hídrica, o racionamento se expande pela cidade de Campina Grande e nas cidades abastecidas pelo Açude. Nesta sexta-feira (09), a Cagepa anunciou a ampliação do racionamento na região chegando a até 5 dias sem água em algumas localidades.

De acordo com Marcus Vinícius, este é o pior cenário da história, mas que a Cagepa tem se esforçado para minimizar os impactos sofridos pela população.  

O presidente afirmou que o volume ofertado de 650 litros por segundo foi outorgado pela Agência Nacional das Águas (ANA) vai continuar o mesmo, porém o que mudou é que há uma situação que começa no dia 22 deste mês, que seria a impossibilidade de fazer a captação pro aquela tubulação chamada tomada de fundo da represa que hoje tem apenas 34,9 milhões de m³, representando 8,5% de sua capacidade. O nível mais baixo alcançado até então aconteceu em 1999, que chegou a 14%. 

Marcus Vinícius explicou como se deu a mudança na estrutura hídrica de Campina Grande para a implantação do sistema de racionamento por divisão em zonas. Cada zona será contemplada por dois dias de abastecimento. Serão duas, a primeira vai ter abastecimento das 5h da segunda-feira até 23h59 da quarta-feira. Já na Zona 2 o abastecimento vai ser das 5h da quinta-feira até 13h do sábado.

“Desde lá de trás, quando preparamos o flutuante [sistema de captação], fizemos os testes, muitas vezes a população nem sentia essa alteração, ficamos ajustando toda a rede de Campina Grande para que a gente chegasse hoje e fizesse essa divisão da cidade em dois grandes setores porque anteriormente isso não era possível. Tivemos que implantar uma série de registros, de equipamentos e de monitoramento inclusive alterando o nosso próprio regime de automação da cidade para que a gente pudesse fazer esses ajustes que já vem sendo feito há seis meses e que vai acontecer agora no dia 18”, disse.

Ele explicou que a divisão das zonas levaram em conta critérios para que a população em geral sofresse menos os efeitos do racionamento. “A partir do dia 18 a cidade será dividida em duas zonas, a Zona 1 que é a zona sul da cidade e a Zona 2 que é a zona norte e centro. Fizemos isso observando a quantidade de população residente, a área de influência dos reservatórios. Toda uma questão de logística, por exemplo quando nós tratamos de colocar a zona norte e centro para pegar um pedaço da sexta e do sábado a gente sabe que ali tem bares tem hotéis, então você trabalha com uma distribuição onde a gente procura onerar o mínimo a população nessa situação como existem em estados vizinhos de não ter água em grandes cidades prejudicando até a produção e o convívio das pessoas naquela cidade”, finalizou.

Redação com WSCom