Com chuvas, Cagepa reativa abastecimentos no Sertão; confira quais são as cidades

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cagepaCom o bom período de chuvas pelo qual passa o Nordeste brasileiro, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, ao acompanhar essa nova realidade, está tomando providências para reativar o abastecimento de água no Sertão do Estado ou, pelo menos, amenizar a situação crítica de algumas localidades.

Segundo informou Marcus Vinícius Fernandes, diretor-presidente da Cagepa, durante entrevista no programa 27 Segundos, da RCTV, na noite desta quinta-feira (31), os estudos do órgão para determinar as ações se baseiam nos dados pluviométricos colhidos pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, que indicam que há índices que superam 600 milímetros de precipitação em localidades do Alto Sertão nos últimos três meses.

Ele revelou que o município de Cachoeira dos Índios, por exemplo, a 493 km de João Pessoa, teve o abastecimento retomado nesta quinta. Com isso, 26 cidades ainda estão enfrentando racionamento. Conforme explicitou, a reativação amenizará a situação nas cidades próximas de Nazarezinho, a 460 km, e Marizópolis, a 450 km da Capital. Os dois municípios, que só recebiam água em dois dias por semana, voltam a receber carga total no abastecimento a partir desta sexta-feira (1º). Ambos, localizados na região do Alto Sertão, são abastecidos pelo açude de São Gonçalo. A Cagepa também está estudando ações em Desterro, na região de Patos, a 368 km de João Pessoa.

No caso da cidade de Sousa, a 438 km da Capital, que tem o abastecimento sob responsabilidade da Daesa (órgão municipal), a Cagepa “mesmo não recebendo um só centavo”, reativará o abastecimento também por São Gonçalo, reforçando o que vem da Lagoa do Arroz.

A Cagepa tem em seu cadastro pouco mais de um milhão e 8 mil clientes. Desse total, 900 mil estão ativos. Desses ativos, 102 mil estão sem receber nenhuma quantidade de água por conta do desabastecimento por completo em seus sistemas.

Para Marcus Vinícius, das grandes cidades do interior da Paraíba, Cajazeiras, a 468 km da Capital, é a que mais preocupa depois de Campina Grande. Os açudes que abastecem o município, Engenheiro Ávidos e Lagoa do Arroz, estão, respectivamente, com cerca de 17% e 15% de volume ocupado. Esse panorama oferece a possibilidade para que ações emergenciais possam ser feitas na região.

O presidente da Cagepa citou o uso de uma adutora de engate rápido para levar água da Lagoa do Arroz para a estação de tratamento de Cajazeiras. Já está sendo construída uma adutora subterrânea de PVC, de cerca de 2,2 km, para ligar a estação de tratamento ao sistema de abastecimento da cidade. É estimado um período de 60 a 90 dias para colocar operação emergencial em funcionamento.

Redação