CPI dos Fundos de Pensão traçou caminho do dinheiro ilícito e do rombo de R$ 50 bi
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O deputado federal Efraim Filho (DEM), que presidiu a CPI dos Fundos de Pensão na Câmara Federal, revelou que as investigações levaram a 350 indiciamentos de cerca de 400 pessoas. Segundo ele, a partir dessas ações foi possível traçar o caminho do dinheiro ilícito.
Efraim Filho foi o entrevistado na noite desta segunda-feira pelo programa ‘Rede Debate’, da RCTV (canal por assinatura do Sistema Correio de Comunicação). Ele revelou que no ano que vem disputará o cargo de líder do partido na Câmara Federal.
O deputado federal lembrou que está completando 10 anos de mandato. Segundo o seu levantamento, a partir de emendas individuais e de bancada, de sua autoria, foram possíveis investimentos de R$ 103 milhões na Paraíba.
Nesta segunda-feira (5), a Polícia Federal deflagrou a chamada ‘Operação Greenfield’, que levou ao cumprimento de 100 mandados de busca e apreensão e bloqueou R$ 8 bilhões. “O dinheiro a gente sabe quem perdeu: os aposentados”, disse Efraim. O deputado disse que essa operação teve como base o relatório da CPI dos Fundos de Pensão.
O deputado federal argumentou que os Fundos de Pensão eram negócios para dar errado. A operação em si era legal, mas era um teatro. Pegavam o dinheiro dos aposentados e depois que quebravam diziam que a culpa foi do risco de mercado, da volatilidade dos rendimentos. O prejuízo ficava com os aposentados”, afirmou.
Efraim disse que o déficit hoje dos Fundos de Pensão é de R$ 51 bilhões. O deputado disse que “o PT aparelhou os Fundos de Pensão, com filiados que já atuavam nesse ramo nos sindicatos, que viram nesses Fundos um novo El Dourado”.
Ex-presidente da CPI dos Fundos de Pensão alertou que esse modelo de fraude nos Fundos de Pensão pode estar se repetindo nos estados. “Temos que mudar esse modelo de país. Podemos estar chegando perto de um país como a Grécia”, comentou.
Redação