Maranhão revela que ministro garantiu antecipar R$ 50 mi para eixo leste da Transposição
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A informação foi dada pelo senador José Maranhão (PMDB/PB) que, junto com a bancada da Paraíba no Senado, reuniu-se nesta quinta-feira com o ministro do Planejamento, Romero Jucá. O ministro Jucá garantiu a antecipação de 50 milhões de Reais mensais para a transposição, num reforço emergencial para continuidade da obra no Eixo Leste, exatamente aquele que atende ao abastecimento de água no Planalto da Borborema, onde mora uma população de mais de um milhão de pessoas, incluindo a segunda maior cidade do Estado – Campina Grande, um dos centros industriais mais importantes do Nordeste.
Maranhão informou que o açude do Boqueirão está com a sua capacidade reduzida para 9,8 por cento, o que compromete gravemente o abastecimento de água. José Maranhão e os senadores Raimundo Lira (PMDB) e Cassio Cunha Lima (PSDB), além de deputados paraibanos, tiveram uma audiência pela manhã com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, a quem manifestaram preocupação com a crise hídrica no Estado e pediram urgência na conclusão da transposição do São Francisco. Segundo Maranhão, o ministro da Integração Nacional reconheceu que os números da Agência Nacional de Águas relativos à crise hídrica na região mostram a necessidade urgente de atenção especial à transposição.
O senador José Maranhão ressaltou que a transposição é uma obra vital para milhares de paraibanos que enfrentam dificuldades até de sobrevivência por causa da escassez de água. Nos últimos cinco anos de seca no Planalto da Borborema, lembrou, o açude Boqueirão está reduzido a 9,8 por cento, e não há onde buscar água. “Nossa última esperança é a transposição do São Francisco, sem isso, teremos um colapso total. Na melhor das hipóteses, a transposição completa vai demorar pelo menos um ano. Mas esta complementação de verbas, com a liberação prometida pelo ministro do Planejamento, nos traz esperanças de conclusão do Eixo Leste, que atende ao Planalto da Borborema e a boa parte do sertão paraibano”, afirmou o senador, acrescentando que para a Paraíba a transposição não é uma necessidade agrícola, mas, substancialmente, é uma questão humanitária, de sobrevivência da população.