PF intima donos de sítio e vai intimar Marisa Letícia para depoimento

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lula maariza jpeA Polícia Federal intimou nesta segunda-feira (8) os empresários Jonas Leite Suassuna Filho e Fernando Bittar, em um inquérito que apura a propriedade de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Os investigadores apuram a possibilidade de o imóvel pertencer, na verdade, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mulher de Lula, Marisa Letícia e o filho do casal, Fábio Luiz Lula da Silva também devem ser intimados.

Os investigadores apuram se o imóvel pode ter sido dado a Lula em troca de contratos fechados pela Odebrecht e pela OAS junto à Petrobras. O sítio está registrado nos nomes de Suassuna Filho e Bittar. No entanto, há suspeita de que o registro tenha sido feito em nome dos empresários para ocultar a propriedade em nome do ex-presidente ou dos familiares.

TRIPLEX EM GUARUJÁ
Lula é alvo de investigação.

A investigação foi motivada a partir de documentos que mostram obras feitas no imóvel com a participação de funcionários da Odebrecht. Em fevereiro deste ano, a PF deflagrou uma operação, na qual o ex-presidente foi levado coercitivamente a prestar depoimento sobre o mesmo tema. Na ocasião, Lula negou que fosse dono do imóvel.

Além dos depoimentos, o delegado responsável pelas investigações determinou que seja feita uma nova perícia nos documentos bancários e fiscais obtidos quando a operação foi deflagrada. Além das pessoas que devem prestar depoimentos, a Polícia Federal também vai realizar uma nova análise nos documentos de outro filho de Lula, Cláudio Luiz Lula da Silva.

A polícia quer que os peritos respondam se há compatibilidade na movimentação financeira e na evolução patrimonial dos investigados, comparada aos rendimentos. Os investigadores também querem descobrir se Suassuna Filho e Bittar tinham condições financeiras para comprar o sítio e realizar as reformas apuradas.

O resultado da perícia não tem uma data para sair. Quanto aos depoimentos, as datas não aparecem nos documentos anexados ao inquérito, nem dos já intimados, nem das pessoas que ainda devem ser citadas pelos policiais.

Redação com G1