‘Quero entrar para a história’, diz Michel Temer sobre possível presidência
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O vice-presidente da República, Michel Temer em seu gabinete no Anexo II do Palácio do Planalto, pode estar cada dia mais próximo de um possível governo. Segundo a revista Veja, o peemedebista enfrenta uma maratona diária de reuniões com políticos, conselheiros, aliados, todos sedentos por ocupar um lugar de destaque em seu eventual governo.
O grande desafio é a montagem do ministério, uma meta complicada frente à quantidade de partidos a atender e dos interesses em jogo.
O vice-presidente teria dito: “Eu quero entrar para a história”. Se chegar à presidência da República e conseguir encerrar o ciclo de recessão, viabilizar os investimentos privados e estimular a geração de empregos tem a chance de entrar para história brasileira. Esta deve ser sua grande aposta.
Advogado, Temer confessa ter pouco conhecimento sobre economia. Tarefa que deixará a cargo de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central no governo Lula.
Em seu governo, a presidente Dilma se recusou a nomeá-lo para chefiar sua equipe econômica, e agora Mirelles deve assumir o Ministério da Fazenda caso ocorra um governo Temer.
Na semana passada, Temer solicitou que ele analise um documento entregue por Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp. Tal declaração propõe um grande corte de despesas e a venda de parte das estatais para reforçar o caixa.
Temer e Skaf se encontraram no Palácio do Jaburu, no domingo (24). O presidente da Fiesp afirmou ao vice que é possível reduzir “a zero” o déficit do governo em 2016, estimado em 96,6 bilhões de reais pelo governo petista, sem contar os gastos com o pagamento de juros da dívida.
Skaf ainda garantiu que pode zerar o déficit mesmo sem ressuscitar a CPMF, o imposto do cheque. O peemedebista encarregou Meirelles de ver quanto pode aproveitar das sugestões da Fiesp. Deseja que o futuro ministro feche uma proposta econômica que acabe de vez com a CPMF e reduza drasticamente o déficit projetado.
Temer planeja levar a nova meta fiscal ao Congresso no seu possível primeiro dia como presidente. Será seu ato inaugural. “Li o plano e gostei. Zerar o déficit sem recorrer a aumento de impostos me agrada”, declarou MIchel Temer. “Eu preciso mudar a meta fiscal de 2016 até para não começar meu mandato cometendo pedaladas fiscais”, continuou, referindo-se à acusação deu base para iniciar o processo de impeachment contra Dilma.
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