Ricardo afirma que Cássio conspira contra a PB e “conversa potoca”
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O governador Ricardo Coutinho (PSB) reagiu hoje a um anúncio feito pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a respeito da visita do ministro Bruno Araújo, das Cidades, que estaria vindo a João Pessoa para anunciar a liberação de recursos para a conclusão do Viaduto do Geisel. A afirmação se tornou uma grande polêmica porque no início da gestão de Michel Temer (PMDB), a verba necessária para a conclusão do empreendimento foi contingenciada, gerando um protesto do governador e seus auxiliares, que viram na atitude uma forma de retaliar Ricardo, um dos mais firmes defensores da presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de impeachment.
“É surreal. Alguém conspira contra uma obra, tenta barrá-la e diz que vai anunciar recursos? Anunciar nada, cidadão. O dinheiro é devido ao Estado. Há políticos que precisam entender que representam o Estado. Todos os Estados têm três senadores porque eles representam seus Estados. Agora, tem gente conspirando, levando o ministro a cometer erro e depois vem conversar potoca? O secretário Luís Tôrres disse que ele cria a doença para vender o remédio. É isso”, declarou Ricardo, durante o programa Conexão Master, da TV Master.
Ainda no programa, foi exibido um ofício de autoria do senador Raimundo Lira (PMDB) encaminhado ao ministro Bruno Araújo cobrando a liberação de verbas referentes à segunda e terceira medições do Viaduto do Geisel, com estimativa para acontecer entre 26 de setembro e 3 de outubro, o que não ocorreu.
“Lira tem sido um bombeiro, enquanto outras pessoas trabalham contra, agem como incendiários. Tiveram tanto tempo para fazer e não fizeram”, alfinetou Ricardo Coutinho.
Ele ainda voltaria a criticar Cássio sobre o mesmo tema, afirmando que o senador tucano pratica “a velha política”: “”Eu recebo ministros porque meu cargo exige isso, mas eu não me passo para participar de determinados circos, como os armados pelo PSDB, que não têm nada para mostrar e usam argumentos pouco republicanos porque o Estado é governado por alguém que não pensa da maneira deles! Ah, se eu tivesse tido o apoio que Cássio teve no governo do ex-presidente Lula. Mas, não tem um item que possa ser comparado na gestão dele e na minha. Mas, ainda assim, estou numa guerra aberta porque o governo federal não repassa recursos. Talvez o presidente nem saiba e seja algo feito no ministério a pedido do PSDB. Se ele faz isso, é porque talvez não tenha o que fazer em Brasília”.
Redação