Jornais do Brasil nesta quarta feira 15 de novembro

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jornais15 de novembro de 2017

O Globo

Manchete: Lava-Jato fecha cerco a Picciani e prende seu filho

Lava-Jato fecha cerco a Picciani e prende seu filho

‘Eles se empapuçam com o dinheiro da corrupção’

A força-tarefa da Lava-Jato no Rio conduziu coercitivamente e pediu a prisão do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, e dos deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, no maior revés para os políticos que dominam o estado desde a detenção do ex-governador Sérgio Cabral. A Justiça deve decidir se decreta ou não a prisão dos deputados estaduais até amanhã. A Operação Cadeia Velha, um duro golpe no PMDB fluminense, já abalado por uma série de denúncias, expôs em detalhes um esquema de pagamento de propinas através da Fetranspor, o que levou à cadeia os empresários de ônibus Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira e Felipe Picciani, filho do presidente da Alerj. O procurador Carlos Alberto Aguiar, um dos responsáveis pelas investigações, afirmou que, “enquanto o Rio definha, eles se empapuçam com o dinheiro da corrupção”. Os acusados negam ter cometido irregularidades. (Pág. 3)

EDITORIAL

‘O peso da chegada do MP e da PF à Alerj’ (Pág. 16)

A distribuição da ‘caixinha da Fetranspor’

De acordo com o Ministério Público Federal, entre 2010 e 2017 a Fetranspor distribuiu, em contabilidade paralela, R$ 77,2 milhões para Picciani e R$ 54,3 milhões para Paulo Melo. Planilhas apresentadas por delatores detalham os pagamentos. (Pág. 4)

Líder do governo desiste de indicação ao TCE

Pivô da antecipação da operação da PF, o líder do governo na Alerj, Edson Albertassi (PMDB), desistiu de ser nomeado conselheiro do TCE. Momentos antes, Pezão defendera a indicação dizendo não haver “nada que o desabonasse”. (Pág. 5)

STF não homologa delação de marqueteiro (Pág. 7)

Novo chefe da PF quer ‘upgrade’ em ações

O novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segóvia, quer um “upgrade” nas investigações contra políticos com inquéritos no Supremo Tribunal Federal, com aumento do efetivo, para dar mais velocidade aos casos e chegar a conclusões antes das eleições do ano que vem. Ele defendeu ainda que as investigações da PF sejam mantidas em sigilo até que sejam concluídas. (Pág. 8)

Morte de PM faz violência aumentar

Pesquisa da Uerj, a partir de números do Instituto de Segurança Pública, revela que, após assassinato de policial em serviço, possibilidade de agente de segurança pública matar alguém na região do crime cresce 3,5 vezes. (Pág. 14)

Zika diminuiu nascimentos

A epidemia de microcefalia associada à zika impactou na taxa de natalidade do Brasil em 2016, que teve o primeiro recuo desde 2010, de acordo com o IBGE. O medo da doença levou muitas mulheres a adiar a maternidade. (Pág. 26)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Temer só quer dar ministério após reforma da Previdência

Presidente pretende definir trocas com os partidos, mas só deve entregar os cargos depois da votação

O presidente Michel Temer decidiu condicionar a nova distribuição de cadeiras no Ministério aos votos dados pelos aliados para a reforma da Previdência. Interessado em aprovar na Câmara mudanças no regime de aposentadoria até meados de dezembro, Temer quer deixar as trocas na equipe acertadas, mas só entregar cargos para o Centrão ou outras siglas após a votação. A saída do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), abriu caminho para o presidente acelerar a reforma ministerial. Araújo pediu demissão anteontem em meio ao racha do PSDB, que tende a desembarcar do governo. Os tucanos controlam outras três pastas (Secretaria de Governo, Relações Exteriores e Direitos Humanos) e devem deixar a equipe. O Palácio do Planalto avalia que, se a Câmara não aprovar a reforma da Previdência até o fim deste ano – deixando para o Senado votar em fevereiro –, nada mais passará em 2018, ano eleitoral. Líderes de bancadas aliadas criticaram a intenção do Planalto de antecipar para dezembro a substituição dos ministros que serão candidatos. Pela lei, quem vai disputar as eleições tem até abril para se desincompatibilizar. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Vera Magalhães

‘O rei do Brasil’

A malograda ideia de reforma ministerial ampla em dezembro é atribuída a Moreira Franco. Entre os colegas, a antipatia em relação a ele se acentuou. Agora, dizem que Moreira quer “mandar em todos os ministérios”. (Pág. A6)

Operação amplia cerco ao PMDB do Rio

Em investigação com a PF, procuradores da República afirmam que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e os também deputados estaduais do PMDB Paulo Melo e Edson Albertassi receberam juntos, em 5 anos, pelo menos R$ 112 milhões em propinas de entidade do setor de transporte urbano de passageiros. Um dos filhos de Picciani, Felipe, foi preso sob acusação de lavagem de dinheiro em empresa. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A6)

‘Servidor deveria ter idade mínima intermediária’

Entrevista – Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

Rodrigo Maia sugere que servidores tenham uma idade mínima para se aposentar diferente do resto da população. Ele acha “muito dura” a regra de 62 e 65 anos incluída na reforma da Previdência. Maia ainda criticou o que considera uma tentativa do governo de deixar a responsabilidade pela aprovação do texto com o Congresso. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B5)

Agências de risco colocam Venezuela em ‘calote parcial’

As agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poor’s declararam o calote parcial da dívida externa da Venezuela e da estatal do petróleo PDVSA. O país vive crise de escassez de reservas desde 2012. Para pagar dívidas, o governo deixou de ofertar dólares a produtores de alimentos e remédios, o que aumentou a escassez. (INTERNACIONAL / PÁGS. A10 e A11)

Zika e crise derrubam taxa de natalidade

Foram registrados 2.793.935 nascimentos no País no ano passado, queda de 5,1% em relação a 2015 e a primeira redução em sete anos. Crise econômica e a epidemia de zika estão entre as prováveis causas para o adiamento da maternidade. Também caiu o número de casamentos e aumentou o de divórcios. (METRÓPOLE / PÁG. A16)

Ex-governador de MS e filho são presos pela PF (Política / Pág. A7)

Colunistas 

Monica de Bolle

Carta é tentativa simplória de tornar Bolsonaro defensor do liberalismo econômico. (ECONOMIA / PÁG. B2)

Leandro Karnal

Nenhuma democracia pode viver sob a ameaça de uma escopeta. (CADERNO2 / PÁG. C6)

Notas & Informações 

Uma reforma anunciada

Presidente Temer deverá escolher para o seu corpo de auxiliares quadros que tenham habilidade política para garantir no Congresso o bom andamento das reformas. (PÁG. A3)

Novos estímulos ao consumo

Humor no final de ano ajuda a definir como será ano seguinte. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ministro devolve delação e questiona Procuradoria

Lewandowski pede ajuste nos benefícios a marqueteiro que atuou para o PMDB

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, devolveu a delação do marqueteiro Renato Pereira, que trabalhou para o PMDB, e pediu ajustes nos benefícios concedidos a ele pela Procuradoria-Geral da República. Para o magistrado, o acordo foi demasiadamente favorável ao delator. Ele diz que o Ministério Público não pode agir como Judiciário.
A delação premiada de Pereira, que relatou oito casos de corrupção, foi fechada na gestão de Rodrigo Janot. A Procuradoria concedeu perdão ao marqueteiro em todos os casos, exceto nos crimes praticados na campanha para o governo do Rio, em 2014. Neste último, estipulou que Pereira pagasse R$ 1,5 milhão de multa pelo esquema de caixa dois. O valor foi considerado baixo por Lewandowski. A decisão traz dúvidas sobre o alcance do poder do Ministério Público nas negociações e sobre a validade de outras delações da Lava Jato, escreve Eloísa Machado de Almeida. (Poder A6 e A7)

Lava Jato atinge presidente da Assembleia do Rio

Três deputados estaduais da cúpula do PMDB do Rio, entre eles o presidente do Legislativo, Jorge Picciani, foram alvos de operação da Polícia Federal. A Procuradoria os acusa de integrar “confraria saqueadora” em esquema com empresas de ônibus. A Justiça ainda analisará um pedido de prisão contra eles. Picciani disse que a ação ê uma covardia e nega ter recebido propina. (Poder A8)

Governo criará fundo privado para incentivar pesquisa no país

O governo federal criará em dezembro um inédito fundo privado para apoiar a pesquisa de alto nivele qualificar universidades do país. Os recursos podem chegar a R$ 2 bilhões por ano. A verba virá de setores como energia e telecomunicações, cujas empresas são obrigadas a investir cerca de 1% da receita líquida na área. Na prática, porém, isso não ocorre. (Ciência B9)

Vamos trabalhar por alternativas financeiras na USP

Novo reitor da USP, o professor e engenheiro Vahan Agopyan, 65, se diz otimista. Em entrevista a Paulo Sal-dana, afirma que risco do financiamento foi superado. “Não teremos riscos de gastos que não possam ser honrados”, diz o nomeado por Geraldo Alckmin (PSDB). “Mas a crise nos ensinou que temos, sim, que ter alternativas financeiras”, o que deve ocorrer a longo prazo, diz. (Cotidiano B1)

Nascimentos no Brasil caem com crise e medo da zika

O número de nascidos no Brasil em 2016 caiu 5,1% em relação ao ano anterior, a primeira redução em seis anos. Apesar de o recuo ser esperado, a proporção surpreendeu os pesquisadores. O surto de zika e a crise econômica podem ter influenciado casais a não terem filhos, segundo o IBGE. Houve queda também no número de casamentos, tanto gays quanto heterossexuais. A quantidade de divórcios cresceu. (Cotidiano B4)

Delator no caso Fifa acusa Globo e outras empresas

O empresário Alejandro Buzarco, delator no escândalo de corrupção da Fifa, disse que a TV Globo e grupos de mídia estrangeiros pagaram propina em contratos de transmissão de torneios. Buzarco detalhou suposta reunião com um ex-executivo do Grupo Globo e com a cúpula da CBF. A empresa disse que “não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”. (Esporte B10)

Com salários atrasados, RJ dá R$ 2 mil de auxílio natalino a juízes (Mercado A21)

Governo quer regra menos flexível para nova Previdência

Nova proposta do governo Temer (PMDB) para a reforma da Previdência quer ampliar o tempo de contribuição para que o trabalhador receba o valor máximo do benefício, de 40 para 44 anos. A mudança, que só valeria para quem ganha acima de um salário mínimo, visa a compensara redução da economia prevista para os próximos anos com a flexibilização da proposta. (Mercado A17)

Governo quer regra menos flexível para nova Previdência

Nova proposta do governo Temer (PMDB) para a reforma da Previdência quer ampliar o tempo de contribuição para que o trabalhador receba o valor máximo do benefício, de 40 para 44 anos. A mudança, que só valeria para quem ganha acima de um salário mínimo, visa a compensara redução da economia prevista para os próximos anos com a flexibilização da proposta. (Mercado A17)

Editoriais

Leia “Vazio ministerial”, sobre perspectiva de reforma no primeiro escalão do governo, e “Despautério”, a respeito de proposta radical contra o aborto. (Opinião A2).

Redação