Jornais do Brasil nesta quarta feira 18 de outubro

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jornais18 de outubro de 2017

O Globo

Manchete: Com ajuda de Temer, Aécio reassume mandato no Senado

PSDB supera divergências e apoia volta do parlamentar

Planalto comemora resultado e espera retribuição de tucanos para ganhar mais força na Câmara contra denúncia de Janot

Após grande mobilização que envolveu o presidente Michel Temer e dirigentes de PSDB e PMDB, o Senado derrubou decisão do STF e devolveu o mandato ao senador Aécio Neves, que estava em recolhimento noturno desde 26 de setembro. O tucano obteve 44 votos, três a mais que o necessário, e contou com o apoio até de senadores que saíram do hospital para votar. O Planalto avalia que a vitória dará força a Temer na Câmara, onde ele enfrentará a segunda denúncia de Janot. (Pág. 3)

Presidente troca telefone e dispensa criptografia

Após a divulgação do seu número de telefone, o presidente Michel Temer decidiu trocar de celular. Apesar de ter à disposição um telefone criptografado com tecnologia da Abin, o presidente insiste em usar linha pessoal. (Pág. 4)

Moradores da Zona Sul pagam por segurança

Em reação ao aumento da violência nas ruas, moradores e empresários do Leblon pretendem contratar policiais em dias de folga para patrulhar o bairro. Botafogo, Urca e Jardim Botânico vão ganhar centrais de câmeras de monitoramento. (Pág. 10)

Rio gasta com UPAs fechadas (Pág. 13)

Secretária critica nova política

Flávia Piovesan, secretária de Cidadania do governo, criticou duramente as mudanças nas regras de combate ao trabalho escravo, elogiadas pelo ministro Blairo Maggi. (Pág. 19)

Posse sem eleitos

Os cinco governadores da oposição eleitos devem boicotar a posse hoje na Assembleia Constituinte, o que pode abrir nova crise e impedi-los de assumir. (Pág. 26)

Correção: Digitais não eram de irmão de Geddel

Diferentemente do publicado ontem na primeira página, digitais encontradas em “bunker” de Geddel Vieira Lima não eram de seu irmão, Lúcio, mas de um assessor.

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Senado revê decisão do STF e Aécio recupera mandato

Em votação aberta, tucano recebeu o apoio de 44 colegas; bancadas de PMDB e PSDB foram decisivas

O plenário do Senado decidiu, por 44 votos a 26, rejeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal e permitir que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) volte a exercer o mandato. Eram necessários pelo menos 41 parlamentares a favor ou contra o tucano – caso contrário, a votação teria de ser feita em outra data. O PMDB deu apoio decisivo para a vitória de Aécio, com 18 votos de uma bancada de 22 senadores, a maior da casa. O PSDB, partido do qual o mineiro é presidente nacional licenciado, deu 10 dos 11 votos da bancada. Horas antes da sessão, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia concedido liminar para que a votação fosse aberta. Por determinação da Primeira Turma da Corte, Aécio estava afastado e cumprindo recolhimento domiciliar. Para conseguir os votos para retomar o mandato, ele teve apoio até de colegas que deixaram o hospital. Em nota, o tucano disse que recebeu com “serenidade” a decisão que, segundo ele, “restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático”. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A5)

Coluna do Estadão

Manobra no Conselho de Ética do Senado adia análise de ação por quebra de decoro contra Aécio. (PÁG. A4)

Eliane Cantanhêde

Aécio recupera o mandato e o direito de ir e vir à noite, mas continua alvo de nove inquéritos. (PÁG. A5)

Vera Magalhães

PMDB salvou Aécio, mas nada indica que PSDB votará pelo arquivamento da denúncia contra Temer. (PÁG. A6)

Temer pode trocar comando do BNDES para ‘acalmar’ Maia

Às vésperas da votação da segunda denúncia e após mal-estar com Rodrigo Maia, Michel Temer estuda a troca de Paulo Rabello de Castro, hoje no comando do BNDES, por um nome ligado ao presidente da Câmara. Maia já havia indicado Luciano Snel, da Icatu Seguros, para o cargo, mas não conseguiu emplacá-lo. Ele nega que tenha feito pressão pela mudança. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Governo negocia ajuda financeira para a Caixa

O governo negocia socorro à Caixa Econômica Federal para evitar que o Tesouro tenha de fazer aporte de recursos. Uma das alternativas em estudo é que o banco venda para o BNDES até R$ 10 bilhões em créditos de risco em troca da gestão do FI-FGTS. Outra opção é o repasse de toda a carteira de infraestrutura. O Tesouro não tem condições de capitalizar o banco. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Desmate na Amazônia cai 16%, estima Inpe

O governo anunciou queda de 16% na taxa oficial de desmatamento da Amazônia. O número é estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e se refere ao período de agosto de 2016 a julho de 2017 ante o intervalo anterior. (METRÓPOLE / PÁG. A14)

Previdência de servidor volta ao debate (Economia / Pág. B9)

Réu por improbidade voltará ao TCE-SP (Política / Pág. A7)

Portaria do trabalho escravo provoca reações

Fiscais do trabalho alegam que a portaria do trabalho escravo é “insustentável” e prometem parar em 8 Estados. MP e MPT recomendam revogação da norma. O ministro Blairo Maggi (Agricultura) elogiou a mudança. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Banco pode virar S.A.

O conselho de administração da Caixa pode votar hoje proposta para transformar o banco em sociedade anônima. A ideia é preparar a instituição para a abertura de capital. (PÁG. B3)

Notas & Informações 

No compasso da lei

De forma um tanto surpreendente, houve quem visse uma tentativa de abrandamento da legislação contra a escravidão. (PÁG. A3)

Democracia à moda petista

Partido considera que eleições na Venezuela foram “um exemplo de democracia”. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Senado anula decisão do STF e reverte afastamento de Aécio

Medidas contra o tucano, denunciado sob acusação de corrupção, foram rejeitadas por 44 votos

O Senado decidiu anular as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal a Aêcio Neves (PSDB). Com isso, ele retoma suas atividades parlamentares. Entre os 71 presentes, 44 votaram a favor do tucano e 26, contra. Eunício Oliveira (PMDB-CE), que preside a Casa, não se posicionou. Eram necessários 41 votos — ao todo, são 81 senadores.

Aêcio estava afastado de suas funções e proibido de deixar sua residência à noite desde o fim de setembro. Também havia sido obrigado a entregar seu passaporte. O tucano não foi ao plenário. A decisão será encaminhada à corte, que fará comunicação para que ele possa reassumir o mandato. Gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, pedindo R$ 2 milhões, o senador foi denunciado sob acusação de obstrução da Justiça e corrupção passiva.

Com a incerteza do placar, Aêcio enviou carta aos colegas horas antes da votação. Pediu uma chance para se defender e disse enfrentar uma trama “ardilosamente construída”. A sessão se deu em tom de constrangimento, com poucos discursos críticos ou manifestações de apoio pessoal.

Em nota, o senador tucano afirmou que a decisão restabeleceu “princípios essenciais de um Estado democrático”, assegurando a ele a oportunidade de apresentar sua defesa. (Poder A6)

Comissão pode votar hoje denúncia contra o presidente

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode votar hoje a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer. É o primeiro passo da tramitação. A comissão tem 66 integrantes, e o Planalto espera repetir o placar da análise da primeira denúncia — 41 a 24 a favor do presidente. (Poder A9)

Luciano Huck

Quero participar da renovação política do Brasil

O dia em que a Câmara e o Senado forem compostos, em sua maioria, por pessoas íntegras, éticas, bem-intencionadas e comprometidas com o bem comum, independentemente das suas ideologias, as soluções florescerão.

Assim, quero e vou apoiar movimentos que incentivem a participação política do cidadão e contribuam para elaborar propostas que deem novo rumo ao país. (Opinião A5)

BNDES pagou 20% a mais por ações da JBS, conclui TCU

Auditoria do Tribunal de Contas da União concluiu que o BNDES pagou 20% a mais por ações da JBS para apoiar compra de ativos nos EUA, com dano ao erário de R$ 303 milhões, informa Fábio Fabrini. Joesley Batista, da JBS, disse em delação que destinou propina a Guido Mantega (PT) por aportes do banco. O ex-ministro não se manifestou. (Mercado A23)

Caixa limita recurso e atrasa repasse de crédito imobiliário

Tomadores de empréstimo imobiliário pela Caixa Econômica Federal têm enfrentado atrasos no financiamento por falta de recursos. O Banco Central registrou aumento de queixas no Io semestre. A Caixa diz que adota orçamento mensal para as linhas. (Mercado A19)

Apuração de desvios na PM deve quebrar 200 sigilos em SP

A Polícia Civil de SP deve pedir nesta semana cerca de 200 quebras de sigilo bancário e fiscal de pessoas e empresas. Elas são suspeitas de participação em esquema de desvio de verbas em licitações pelo comando da PM. Revelado pela Folha em 2015, o esquema pode ter desviado R$ 200 milhões, de 2005 a 2012. (Cotidiano B1)

Em carta, Macri cobra Temer por falta de integração

O presidente argentino, Maurício Macri, enviou a Temer carta na qual o cobra pela demora em fazer avançar ações de integração econômica entre os países. Datada de 28 de setembro, ela não havia sido respondida pelo Planalto atê ontem —o que vem causando incômodo, segundo a Folha apurou. (Mundo A16)

Líder de oposição a Maduro critica os colegas que aceitaram eleição (Mundo A15)

Governo anuncia redução de 16% no desmatamento da Amazônia (Pág. B7)

Editorial

“Pantomima chavista”, sobre eleições regionais na Venezuela, e “Crédito fraco”, acerca de queda nos financiamentos destinados às empresas. (Opinião A2).

Redação