Manchete: Bolsonaro lidera com 28%; Haddad vai a 19% e se isola em segundo lugar
No Ibope, Ciro está em terceiro, estável com 11%, seguido de Alckmin e Marina, que perderam pontos
O candidato do PT, Fernando Haddad, subiu 11 pontos na pesquisa do Ibope divulgada ontem, isolando-se em segundo lugar, atrás do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que chegou a 28% das intenções de voto. Haddad abriu diferença de oito pontos percentuais sobre Ciro Gomes (PDT), que repetiu os 11% do levantamento anterior. Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%, e Marina Silva (Rede), com 6%, se distanciaram do pelotão dianteiro. Bolsonaro continua sendo o candidato com o maior índice de rejeição: 42% dos eleitores dizem que não votariam nele de maneira nenhuma. Haddad passou a ser o segundo mais rejeitado, com 29%. (PÁGINA 4)
EDITORIAL
Para evitar uma crise institucional nas eleições
Candidatos e partidos têm de preservar legitimidade da campanha e da votação. (PÁGINA 2)
Com polarização, petista vai moderar seu discurso
Ao se isolar na segunda posição, Haddad quer moderar discurso para um tom conciliador. Ele negou que, se eleito, daria indulto a Lula. (PÁGINA 6)
Renan é absolvido em ação por desvio de dinheiro
Por falta de provas, a segunda turma do STF absolveu o senador Renan Calheiros (MDB) em ação que o acusava de usar notas frias de locadora de carros no caso do pagamento de pensão à sua filha com a jornalista Mônica Veloso. (PÁGINA 10)
Alerj muda de ideia e decide vetar a venda da Cedae
A 19 dias da eleição, a Alerj proibiu a venda da Cedae, votada em fevereiro de 2017 como garantia do empréstimo de R$ 2,9 bilhões da União ao Rio para pagar a servidores. A medida põe em risco o Regime de Recuperação Fiscal. Pezão vai vetá-la. (PÁGINA 11)
Colunistas
ELIO GASPARI
Lula conselheiro de Haddad é útil a Bolsonaro (PÁGINA 3)
MERVAL PEREIRA
Eleição vai ficar entre os que têm a maior rejeição (PÁGINA 2)
ZUENIR VENTURA
Bolsonaro cospe na urna em que comeu (PÁGINA 3)
BERNARDO MELLO FRANCO
Plebiscito entre o PT e o bolsonarismo (PÁGINA 6)
Remédio para tratar hepatite C não terá genérico (PÁGINA 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Bolsonaro atinge 28%; com 19%, Haddad se isola em 2º
Ciro fica estável, com 11%; Alckmin oscila na margem de erro, com 7%. Marina cai 3 pontos e vai a 6%
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 28% na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada ontem. Fernando Haddad (PT) subiu 11 pontos porcentuais em uma semana e se isolou no segundo lugar, com 19%. Na sequência, aparece Ciro Gomes (PDT), com os mesmos 11% da semana anterior. Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%, e Marina Silva (Rede) caiu de 9% para 6%. Haddad avançou em todas as regiões, especialmente no Nordeste, onde foi de 13% para 31% das intenções de voto. O candidato do PSL mantém o maior índice de rejeição, com 42% – o do petista foi de 23% para 29%. Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro está tecnicamente empatado com Haddad, Ciro e Alckmin. Marina é a única que perde do deputado fora da margem de erro. A pesquisa também sondou a tendência de “voto útil” e 43% dos entrevistados disseram que são “baixas” ou “muito baixas” as chances de votar em um candidato que não seja de sua preferência para evitar que outro ganhe. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)
Para Rosa Weber, do TSE, urna é segura (PÁG. A8)
Petista diz que não dará indulto a Lula (PÁG. A6)
Alckmin reúne Centrão e sobe o tom de ataques na TV
Geraldo Alckmin (PSDB) reuniu-se ontem em São Paulo com o Centrão para pedir engajamento dos aliados e anunciar mudanças na estratégia da campanha. O tucano vai retomar os ataques a Jair Bolsonaro (PSL) e reforçar o discurso antipetista. A nova estratégia já foi colocada em prática no programa exibido à noite na TV. (PÁG. A8)
‘Podemos ter um comitê para o câmbio’
Criar uma estrutura semelhante ao Copom para definir o câmbio. A proposta é do economista do programa de governo do presidenciável Ciro Gomes (PDT), Mauro Benevides. “Podemos definir um comitê para fazer isso”, disse na FGV. (PÁG. A10)
Governo deve liberar mais de R$ 3 bilhões do Orçamento
O governo revisou as projeções de despesas para o ano e deve liberar mais de R$ 3 bilhões para ministérios e órgãos federais. A 18 dias das eleições, a nova margem para gastos abre espaço a negociações políticas pela distribuição dos recursos. O governo tem até sexta-feira para fechar a avaliação de receitas e despesas do 4.º bimestre. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Subsídio do diesel pode virar imposto
O subsídio de R$ 9,5 bilhões para o diesel, chamado de bolsa caminhoneiro, pode ser substituído por novo imposto, admitiu o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. (PÁG. B4)
7 em cada 10 profissionais de saúde já foram agredidos
Sete em cada dez profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e farmacêuticos, já foram agredidos física ou verbalmente no Estado de São Paulo. Levantamento com 6.832 pessoas mostra que o agressor, na maioria das vezes, é o próprio paciente e os enfermeiros são os mais atingidos – 90% dizem já terem sido agredidos. (METRÓPOLE / PÁG. A13)
O banquete de Maduro
Vídeos que mostram Nicolás Maduro comendo em um restaurante de luxo na Turquia,
cujos pratos podem custar até R$ 1.350, causaram revolta na Venezuela. O país tem 87% da população vivendo na pobreza. Maduro confirmou que foi ao local. (INTERNACIONAL / PÁG. A11)
STF absolve Renan em ação por desvio de verba (POLÍTICA / PÁG. A9)
China vai retaliar EUA em US$ 60 bilhões (ECONOMIA / PÁG. B3)
Monica de Bolle
O governo de 17 se assemelharia bastante ao de 13, marcado por alto risco de ingovernabilidade e turbulência financeira. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Vera Magalhães
Diante da chance real de o PSDB ser substituído pela direita genuína, os tucanos, perplexos, se dividem sobre o que fazer no segundo turno. (PÁG. A6)
Notas & Informações
A antecipação do ‘voto útil’
A sombria perspectiva de um segundo turno disputado entre extremistas, francamente indispostos à negociação política, antecipou a estratégia do chamado “voto útil”. (PÁG. A3(
As incertezas da economia
Más notícias são cada vez mais frequentes para os brasileiros, já atormentados pelas dificuldades na economia. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Economista de Bolsonaro quer IR unificado e CPMF
Paulo Guedes defende alíquota de 20% sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas e a volta do ‘imposto do cheque’
O economista Paulo Guedes, que comandará o Ministério da Fazenda caso Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito, anunciou nesta terça (18), para plateia restrita, que quer recriar um tributo nos moldes da CPMF, que incide sobre movimentações financeiras, e unificara alíquota do Imposto de Renda. Ela seria de 20% para pessoas físicas e jurídicas. A mesma taxa seria usada na tributação da distribuição de lucros e dividendos no país. Em compensação, Guedes pretende eliminar a contribuição patronal para a Previdência e adotar o sistema de capitalização, em que cada um contribui para si. As declarações foram dadas a um grupo reunido por uma gestora de grandes fortunas. Guedes afirmou que está sendo auxiliado pelo economista Marcos Cintra, que confirmou a Mônica Bergamo o teor das propostas. Segundo Cintra, a nova CPMF seria utilizada para financiar o INSS. (Ilustrada C2)
Sob pressão, Alckmin vai subir tom de ataques
Pressionado por aliados, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) mudará a estratégia e partirá para o ataque para chegar ao 2º turno. Atrás do voto conservador, alertará para o que chama de radicalismo de direita de Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas, e o populismo de esquerda de Fernando Haddad (PT). (Eleições 2018 A4)
PF não usava rádio durante atentado em Juiz de Fora
Os agentes que escoltavam Jair Bolsonaro (PSL) quando o presidenciável foi atacado não possuíam rádios de comunicação. A PF diz que o rádio nem sempre é o meio de comunicação mais indicado para multidões, mas não apontou substituto. (Eleições 2018 A9)
Eleições 2018
Haddad passa de 8% para 19% em pesquisa Ibope (A8)
Na Fazenda, petista não quer um economista (A8)
Opositores de Bolsonaro propagam #EleNão (A10)
Ex-empresária de Xuxa é assessora de candidato (A10)
STF absolve Renan de acusação de desvio de verbas (A13)
Número dois da Fazenda é processada por ministro
O ministro Gilberto Occhi (Saúde) processa a Caixa e a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, relata Fábio Fabrini. Ex-presidente do banco, ele tenta barrar apuração sobre seu suposto envolvimento em esquema ilícito. Vescovi defendeu a investigação, e a Caixa disse não comentar ações judiciais em curso. (Mercado A17)
Editoriais
A faca e a urna
Sobre viés autoritário de declarações de Bolsonaro.
Ao gosto de Maduro
Acerca de crise venezuelana e desencontros da OEA. (Opinião A2).