Jornais do Brasil nesta quarta feira 22 de agosto
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22 de agosto de 2018
O Globo
Manchete: Metade dos brasileiros de baixa instrução está sem candidato
Voto nulo, em branco ou indeciso também é alto entre mulheres e na faixa de renda de até um salário
Metade dos eleitores brasileiros que cursaram, no máximo, até a 4ª série do ensino fundamental declara voto nulo ou em branco (34%) ou está indeciso (15%) na eleição presidencial, no cenário sem o ex-presidente Lula na disputa. O registro de sua candidatura já foi contestado na Justiça Eleitoral. O não voto —soma de brancos e nulos com indecisos —também aparece em outros recortes do eleitorado: entre as mulheres (44%); na faixa mais pobre da população, com renda até um salário mínimo (43%); e no Nordeste (41%). Os números foram levantados na pesquisa Ibope divulgada anteontem. (PÁGINA 4)
‘Andrade’ inicia busca de votos no Nordeste
Em campanha na Bahia, o vice petista Fernando Haddad não foi reconhecido pelos eleitores, que chegam a confundir seu nome. (PÁGINA 6)
Cenário eleitoral indefinido leva dólar a ultrapassar R$ 4
Entre 24 moedas de emergentes, real teve a maior queda ontem. Perdas de ações de estatais fizeram Ibovespa recuar 1,5%. (PÁGINA 23)
Ameaçados, partidos lançam número recorde de candidatos a deputado (PÁGINA 10)
Otavio Frias Filho, modernizador da imprensa, aos 61
Diretor de Redação da “Folha de S. Paulo” por 34 anos, Otavio Frias Filho comandou o processo de renovação da imprensa brasileira a partir dos anos 80, implantando linha editorial “crítica, apartidária e pluralista”. Foi dramaturgo e ensaísta. (PÁGINA 14 e ELIO GASPARI)
Violência da PM faz mais uma vítima
A costureira Vânia Tibúrcio foi baleada na cabeça por um PM, em Caxias, durante abordagem a seu carro, que constava como roubado, apesar de recuperado. Com o segundo dia de operação militar na qual morreram um cabo e um soldado, já são 70 detidos. (PÁGINAS 16 e 19)
Colunistas
MÍRIAM LEITÃO
Para blindar Lula, PT culpa Dilma pelos erros na economia (PÁGINA 24)
PEDRO DORIA
Twitter é rede miúda frente a outras, mas influencia debate político (PÁGINA 8)
BERNARDO MELLO FRANCO
Marina, Ciro e Haddad, ex-ministros de Lula, disputam seu espólio (PÁGINA 6)
Para captar dólares, governo libera compra por bancos (PÁGINA 26)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Pesquisa leva dólar a R$ 4 e faz campanhas revisarem estratégias
Moeda atinge R$ 4,04, maior patamar em 30 meses, com incerteza do mercado após levantamento Ibope/Estado/TV Globo; candidatos repensam planos eleitorais
O dólar subiu ontem pelo quinto dia seguido e superou a barreira dos R$ 4, fechando em R$ 4,04. A alta de 2,13% foi alimentada pela mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo para presidente, que mostra Jair Bolsonaro (PSL) isolado na liderança, seguido por Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) no cenário sem Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado por corrupção. Foi a maior cotação da moeda americana em dois anos e meio, quando os mercados repercutiam rebaixamento do Brasil promovido na véspera pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Na ocasião, a moeda chegou a R$ 4,05. Também por causa da pesquisa e da resiliência de Bolsonaro, Alckmin, Ciro e Marina estão revisando suas estratégias de campanha em busca de vaga no segundo turno. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3 e POLÍTICA / PÁG. A8)
‘Meu país merece respeito’, diz FHC
Em artigo no Financial Times, Fernando Henrique Cardoso rebateu afirmação de Lula, que em artigo no The New York Times afirmou estar em curso um golpe no Brasil. (PÁG. A9)
Candidatos declaram ter R$ 304 mi em dinheiro vivo
Candidatos aos cargos em disputa nas eleições declararam à Justiça Eleitoral possuir R$ 304 milhões em dinheiro vivo – R$ 3 milhões a mais do que em 2014, se considerado o valor nominal. Caso fosse corrigido pela inflação acumulada no período (IPCA), o montante declarado em agosto de 2014 pelos candidatos equivaleria hoje a R$ 384 milhões. Quem declarou ter mais dinheiro em espécie é o comerciante e atual suplente de deputado Juraci Tesoura de Ouro (PTB-DF): R$ 5,3 milhões. (POLÍTICA / PÁG. A4)
STF mantém Dirceu livre
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu ontem, por 3 votos a 2, manter em liberdade o ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-assessor do PP João Cláudio Genu. (PÁG. A12)
Tremor e conflito assustam Pacaraima
Refugiados venezuelanos recebem alimentos no centro de acolhimento montado pelo Exército em Pacaraima, em Roraima. O tremor de terra ocorrido no final da tarde na Venezuela, sentido na fronteira do Brasil, interrompeu por minutos o clima de conflito entre brasileiros e venezuelanos na cidade. Mas permanece a tensão entre moradores e refugiados, após o confronto de sábado. (METRÓPOLE / PÁG. A16)
Caixa anuncia plano para salvar Porto Maravilha
A Caixa vai colocar à venda ativos do fundo imobiliário que administra no Porto Maravilha, no Rio, para tentar salvar a maior Parceria Público- Privada (PPP) do País, com investimentos estimados em R$ 10 bilhões. A revitalização da zona portuária do Rio foi apresentada como um dos principais legados da Olimpíada, mas enfrenta dificuldades para ser concluída. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Morre Otavio Frias Filho, responsável pelo Projeto Folha
Morreu ontem, aos 61 anos, o jornalista, dramaturgo e ensaísta Otavio Frias Filho, diretor de Redação do jornal Folha de S. Paulo. Ele foi o responsável por consolidar o Projeto Folha, um conjunto de medidas editoriais que estabeleceu normas de escrita e conduta do jornal, considerado um dos marcos da imprensa brasileira. (POLÍTICA / PÁG. A10)
Colunistas
Vera Magalhães
Haddad parece disposto a abrir mão da própria biografia para personificar a do padrinho. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Monica de Bolle
O “bolívar soberano”, nova moeda da Venezuela, tem tudo para ser retumbante fracasso. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Bolsonaro e a imprensa
As “opiniões” desse candidato sobre ditadura, mulheres, homossexuais e bandidos já são conhecidas. É preciso questioná-lo sobre Previdência, dívida pública e outros temas cruciais. (PÁG. A3)
Encontro com a realidade
Candidatos podem negar os desafios mais prementes, como o das contas públicas, mas todos estarão à mesa do eleito. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Preso, Lula tem 39%; sem ele, Bolsonaro chega a 22%
Haddad tem dificuldade de herdar votos do ex-presidente, mostra Datafolha
Mesmo preso por corrupção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 39% das intenções devoto na primeira pesquisa Datafolha feita após os registros das candidaturas à Presidência. Foram ouvidas 8.433 P es_ soas, em 313 municípios, nos dias 20 e 21 de agosto. A margem de erro da pesquisa, parceria da Folha e da TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Em um cenário sem o petista, já que a condenação em segunda instância deve provocar sua inabilitação Jair Bolsonaro (PSL) surge à frente, com 22%. Com o ex-presidente na disputa, o deputado caipara 19%, mas segue em segundo. No cenário sem Lula, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) dobram as intenções de voto e ficam atrás de Bolsonaro, com 16% e 10%, respectivamente. Geraldo Alckmin (PSDB) sobe para 9%. Fernando Haddad, substituto de Lula caso ele não concorra, ainda não herda votos do ex-presidente: tem apenas 4% . Eleições 2018 AlO
Análise: Mauro Paulino e Alessandra Fanoni
Estratégia de petista alimenta também seu antagonista (A10)
Na Bahia, PT inicia fusão das imagens de Lula e Haddad
Pouco conhecido entre nordestinos, Fernando Haddad (PT) iniciou na Bahia um périplo pelo reduto petista. Para efetivar a transferência dos votos de Lula, o slogan da campanha “Lula e Haddad” dará lugar a “Lula é Haddad”. (Eleições 2018 A16)
Dólar passa os R$4, em meio a pesquisas de intenção devoto
Em uma reação do mercado ao resultado de pesquisas eleitorais, o dólar subiu 2% e terminou o dia acima de R$ 4 pela primeira vez desde fevereiro de 2016. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas na Bolsa brasileira, recuou 1,5%, atingindo a menor pontuação em seis semanas. (Mercado A28)
Valor enviado por brasileiros a outros países bate recorde (Mercado A25)
Morre aos 61 o jornalista Otávio Frias Filho
Dramaturgo e ensaísta, diretor de Redação comandou a Folha por 34 anos e modernizou o jornalismo brasileiro
Morreu na madrugada desta terça-feira (21) aos 61 anos Otávio Frias Filho, mentor do Projeto Folha, que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980. O diretor de Redação da Folha foi vítima de um câncer originado no pâncreas, doença diagnosticada em setembro de 2017. Em 34 anos com Otávio no comando, a Folha se tornou o maior e mais influente jornal do Brasil, líder em circulação e audiência, posições que mantém desde então. Tornou-se, também, o veículo do jornalismo apartidário, pluralista, crítico e independente. Foi o efeito de um projeto editorial inovador e de ferramentas de aprimoramento e controle. “Pertenço a uma geração que não se conformava comas debilidades do relato jornalístico”, escreveu em fevereiro. Dramaturgo e ensaísta, deixou prontos um livro infantil e uma coletânea de artigos. Trabalhava também em obra entre o ensaio e a autobiografia, dos tempos e da vida do pai, Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), publisher da Folha. Uma longa salva de palmas encerrou seu velório, na tarde de terça, em Itapecerica da Serra (SP). (Poder A4)
Editorial
Tristes fenômenos
Sobre dados da pesquisa presidencial do Datafolha. (Opinião A2).
Redação