Jornais do Brasil nesta quarta feira 23 de maio
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23 de maio de 2018
O Globo
Manchete: Governo elevará impostos para baixar preço do diesel
Sob pressão de caminhoneiros, Fazenda faz acordo que onera 56 setores
Ameaça de desabastecimento prejudica empresas. Rio pode ter menos ônibus em circulação
Em acordo costurado às pressas com o Congresso, sob pressão da greve dos caminhoneiros, a equipe econômica do governo aceitou zerar a Cide (tributo sobre combustíveis) do diesel. Como compensação, exigiu a aprovação do projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamento de 53 setores, neste ano, e de 56, no total, até 2021. Na prática, trocou um único tributo com impacto restrito sobre o preço do diesel — representa R$ 0,05 de cada litro — por um aumento da carga tributária do setor produtivo. O segundo dia da paralisação dos caminhoneiros prejudicou empresas e setores de transportes e alimentos. No Rio, há risco de redução do número de ônibus em circulação. (PÁGINA 21 e editorial “A insanidade de se repetir o mesmo erro nos combustíveis”)
Justiça manda prender Azeredo
O Tribunal de Justiça mineiro decretou a prisão do ex-governador de Minas e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e um mês por peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucano. Por unanimidade, a 5ª Câmara Criminal negou o recurso de Azeredo, que aguarda análise de um habeas corpus no STJ e pode ser preso a qualquer momento. (PÁGINA 4)
Temer desiste e lança Meirelles
Pressionado pelo MDB a desistir da reeleição, o presidente Temer anunciou apoio à pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. “Que você, queira Deus, seja o único candidato do centro”, disse Temer. (PÁGINA 3)
Recuo em MP afeta Eletrobras
Com a desistência do Congresso de votar a Medida Provisória 814, que trata da privatização das seis distribuidoras da Eletrobras no Nordeste e no Norte e de outras mudanças no setor elétrico, estatal pode amargar conta de R$ 16,6 bilhões. (PÁGINA 25)
Maduro reage e expulsa diplomatas americanos
União Europeia estuda novas punições ao país por eleições ‘sem cumprir as normas internacionais mínimas’ (PÁGINA 26)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo zera Cide no diesel, mas protesto deve continuar
Caminhoneiros dizem que preço do combustível deve cair apenas R$ 0,05; setores sentem desabastecimento
Governo e Congresso anunciaram ontem acordo para baixar o preço do óleo diesel, em meio aos protestos de caminhoneiros que fecharam estradas em todo o País. A solução encontrada é zerar a cobrança da Cide, tarifa que incide sobre o combustível. A isenção deve provocar perda de R$ 2,5 bilhões para o governo. Como compensação, o Congresso aprovaria projeto que acaba com a desoneração da folha de pagamento para alguns setores, o que renderia R$ 3 bilhões. Mesmo com esse anúncio, a associação de caminhoneiros que coordena os protestos fala em manter as paralisações. O argumento é de que a Cide representa 1% dos 27% de tributos, o que reduziria o preço do diesel em apenas R$ 0,05. Ontem, alguns setores começaram a ser prejudicados pelo desabastecimento. Sem componentes, montadoras de veículos pararam a produção. O acesso aos portos está prejudicado. Também já há dificuldades no escoamento da safra de soja. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Eunício: rota de colisão com o Planalto
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, criticou ontem a pré-candidatura à Presidência de Henrique Meirelles, disse que não sai do MDB e que Michel Temer é “um filiado como outro qualquer”. Ele ainda atacou a política de preço dos combustíveis de Pedro Parente, da Petrobrás. “Entre os ‘Parentes’ e os consumidores, fico com os consumidores.” (POLÍTICA / PÁG. A10)
Foto- legenda: Temer lança Meirelles
Michel Temer anunciou oficialmente ontem que não vai concorrer à Presidência e lançou a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Pelo menos nove diretórios do partido são contra. O presidente disse que quem não concordar em assumir a campanha deve deixar a sigla. (POLÍTICA / PÁG. A10)
Chavismo faz ameaça a quem não foi votar, diz servidor
Associações de trabalhadores ligadas à oposição denunciaram ameaças de punição do governo venezuelano a servidores públicos que não foram votar domingo, informa o enviado Rodrigo Cavalheiro. Líderes opositores impedidos pela Justiça de concorrer chamaram a população a não participar. Maduro obteve 68% dos votos. A abstenção foi de 52%. (INTERNACIONAL / PÁG. A14)
Justiça nega recurso e decreta prisão de Azeredo
A Justiça de Minas Gerais expediu ontem mandado de prisão contra o ex-governador de Minas e ex-presidente nacional do PSDB Eduardo Azeredo. Ele foi condenado em segunda instância a 20 anos e um mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no caso conhecido como mensalão mineiro. Azeredo não havia sido preso até a 0h30 de hoje. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Áudio indica pressão na Funai para favorecer empresa
Conversas gravadas entre setembro e outubro do ano passado indicam tentativa do diretor de administração da Funai, Francisco José Nunes Ferreira, de direcionar compras da entidade. Nos áudios, ele liga os pedidos a parlamentares que teriam relação com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o presidente do MDB, senador Romero Jucá. Todos negam. (POLÍTICA / PÁG. A6)
TJ mantém anulação de júris do Carandiru (METRÓPOLE / PÁG. A17)
STF condena Maluf por omitir doação (POLÍTICA / PÁG. A8)
Vera Magalhães
Jair Bolsonaro é um candidato em fase de modulação do discurso e das ideias. E parece desconfortável na nova pele. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
Os passos da política
Não basta se apresentar na cena política como novidade para alcançar sucesso nas urnas. Há um longo e árduo caminho para conquistar o eleitorado. (PÁG. A3)
O BC preferiu a credibilidade
Ata mostra que, ao manter juros em 6,5%, Copom optou por proteger a credibilidade. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Justiça manda prender o tucano Eduardo Azeredo
Ex-governador foi condenado no mensalão do PSDB; defesa crê em habeas corpus
O Tribunal de Justiça de Minas seguiu entendimento do Supremo, que autoriza cumprimento da pena após condenação em 2ª instância, e ordenou a prisão de Eduardo Azeredo, do PSDB. O ex-governador do estado teve negado seu último recurso, confirmando a condenação a 20 anos e 1 mês por peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão tucano. O mandado de prisão foi enviado à Polícia Civil para que pudesse ser cumprido. À noite, policiais saíram em busca de Azeredo. Havia a expectativa de que ele se entregasse ainda ontem. A defesa aguarda julgamento de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça para tentar evitar a prisão e anular a condenação. Ainda cabem outros recursos no STJ e no STF. (Poder A4)
Governo negocia para desonerar diesel
O governo anunciou ontem que vai zerar tributo sobre o diesel só depois que o Congresso aprovar a reoneração da folha de pagamento. Sem a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, de R$ 0,05 por litro), há uma redução da base de cálculo do diesel. A medida é uma resposta a caminhoneiros, que pararam rodovias do país contra a alta do combustível p e lo segundo dia. (Mercado A17)
Colunistas
Elio Gaspari
OAB, que se mete em tudo, pode ter caixa-preta aberta
O Tribunal de Contas da União quer abrir o cofre da Ordem dos Advogados do Brasil, que se mete em tudo e preserva a eleição indireta. Estima-se que a entidade movimente por ano R$ 1,3 bilhão. (Poder A6)
Alexandre Schwartsman
Regras existem precisamente para conceder previsibilidade (Mercado A19)
Temer desiste e anuncia Meirelles como pré-candidato
O presidente Michel Temer (MDB) anunciou sua desistência de concorrer a um novo mandato e lançou o ex-ministro Henrique Meirelles (Fazenda) como pré-candidato do partido na eleição de outubro. “Digo sem errar que o Meirelles é o melhor entre os melhores.” (Poder A6)
Venezuela expulsa diplomata americano
A decisão do regime de Nicolás Maduro é uma reação às sanções impostas pelos EUA ao país após eleição. O ditador afirmou que “a Venezuela deve ser respeitada”. (Mundo A12)
Editoriais
Debate envenenado
Sobre projeto que abranda o controle de agrotóxicos.
Água na fervura
Acerca de ações do BC para conter a elevação do dólar. (Opinião A2).
Redação