Jornais do Brasil nesta quarta feira 27 de dezembro
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27 de dezembro de 2017
O Globo
Manchete: Com avanço da Lava-Jato, governo acelerou indulto
Regras afrouxam à medida que investigação atinge cúpula do Planalto
Para Deltan Dallagnol, ato consagra o Brasil como ‘paraíso dos réus do colarinho branco’
As regras para a concessão de indulto a presos foram afrouxadas pelo presidente Michel Temer nos últimos dois anos, ao passo que as investigações da Lava-Jato se aproximaram da cúpula do governo. O tempo mínimo de cumprimento da sentença, que era de um terço de uma pena máxima de 12 anos, caiu para um quarto em 2016, e agora para um quinto, sem limite. O tamanho do perdão deixou perplexos investigadores como o procurador Deltan Dallagnol. Para ele, este indulto impede novos acordos de delação premiada. O juiz Sergio Moro disse que o indulto transmite “péssima mensagem à sociedade”. (PÁGINA 3)
Vendas sobem 6% nos shoppings, e Serasa vê melhor Natal desde 2010
O faturamento dos shoppings subiu 6% no Natal deste ano, após dois anos de queda. Para a Alshop, associação do setor, a recuperação da economia, ainda que lenta, a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS e a redução da taxa de juros explicam o aumento das vendas. No comércio pela internet, a alta foi ainda maior, de 12%. A Serasa, que monitora o movimento do comércio a partir das consultas a seu site, estimou uma expansão de 5,6% nas vendas do varejo entre 18 e 24 de dezembro, no melhor resultado desde 2010. (PÁGINA 17)
Corte no Orçamento deve ser de R$ 26 bi
A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, alertou que será preciso cortar R$ 26 bilhões em despesas do Orçamento de 2018, porque o Congresso não aprovou algumas medidas do ajuste fiscal. Segundo Ana Paula, o corte atingirá áreas como manutenção de estradas, Farmácia Popular e bolsas de estudo. (PÁGINA 15)
Barganha com banco público
O ministro Marun disse que o governo condiciona a liberação de recursos da Caixa ao apoio dos governadores à reforma da Previdência. Segundo Marun, BB e BNDES também seguem “ações de governo”. (PÁGINA 15 e Míriam Leitão)
Elio Gaspari
DEFESA DE PRIVILÉGIO
Ganhos acima do teto corroem imagem do Judiciário. (PÁGINA 12)
Brasil expulsa venezuelano
Três dias após a Venezuela expulsar o embaixador Ruy Pereira, o Itamaraty decidiu aplicar a mesma medida ao encarregado de Negócios do país vizinho no Brasil. (PÁGINA 20)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Vendas de Natal têm melhor desempenho em sete anos
Comércio registra alta de 5,6%, reverte três anos consecutivos de queda e projeta novo crescimento em 2018
O comércio vendeu 5,6% mais neste ano na semana anterior ao Natal, ante igual período de 2016. É o melhor desempenho desde 2010, e reverte três anos de queda, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Nos shoppings, o resultado foi ligeiramente melhor, com alta de 6% e movimentação de R$ 51,2 bilhões. Entidades avaliam que o desempenho é reflexo da recuperação da renda, do recuo da inflação e da queda do desemprego e dos juros. A liberação das contas inativas do FGTS e o saque do PIS/Pasep também contribuíram. Para analistas, os resultados confirmam expectativa de crescimento de 3% a 5% nas vendas do ano todo e projetam nova alta em 2018. O movimento ainda era grande ontem em centros de compra de São Paulo. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Maluf pode ser tratado na cadeia, diz perícia
O Instituto Médico-Legal de Brasília concluiu que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) não precisa deixar a cadeia, o CDP da Papuda, para receber tratamento médico. A perícia apontou “doença grave”, mas destacou que o condenado não necessita de “cuidados contínuos que não possam ser prestados” na prisão. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Marun admite liberar verba da Caixa por voto na Previdência
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu ontem que o Planalto pressiona governadores e prefeitos a angariar votos pró-Previdência em troca da liberação de recursos de bancos públicos. “Financiamentos da Caixa são ações de governo. Entendemos que deve ser discutida alguma reciprocidade”, disse. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Itamaraty reage e expulsa diplomata da Venezuela
O governo brasileiro anunciou ontem que o diplomata Gerardo Antonio Delgado Maldonado, da Venezuela, é “persona non grata” no País. Ato é reação à decisão de sábado do governo de Nicolás Maduro, que fez o mesmo com o embaixador brasileiro Ruy Pereira. O prazo para o venezuelano sair do Brasil não foi determinado. (INTERNACIONAL / PÁG. A8)
Presidente perde apoio após indulto a Fujimori (INTERNACIONAL / PÁG. A7)
Vera Magalhães
Entidades do MP estudam Adin contra indulto natalino concedido por Temer. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
Natal da recuperação
Mais vendas e mais empregos marcaram o Natal. (PÁG. A3)
O sentido pedagógico do teto
Que o teto dos gastos públicos possa ajudar a revelar toda a mentira contida no populismo. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Violência barra Correios em um terço de São Paulo
Restrição na entrega de produtos atinge 4,5 milhões de pessoas na cidade
O alto índice de assaltos levou os Correios a restringir total ou parcialmente a entrega de produtos em quase um terço do território da cidade de São Paulo, afetando a vida de cerca de 4,5 milhões de pessoas. Levantamento inédito feito pela Folha, com base no sistema de dados da empresa, mostra que 57 dos 96 distritos do município, a maioria na periferia, enfrentam problemas de distribuição. A restrição chega a 99% das ruas do Itaim Paulista, na zona leste, e a 98% das vias do Capão Redondo, bairro no extremo da zona sul que tem o segundo maior número de roubos. Entre as medidas adotadas pelos Correios estão o uso de escolta, o que pode mais que dobrar o prazo de entrega, e a retirada de encomendas pelos destinatários em unidades de distribuição, que ficam lotadas. A empresa diz que a decisão visa também a segurança dos trabalhadores —que se queixam de agressões. Os roubos de carga no Estado cresceram 10% neste ano (até novembro) —o aumento foi de 1,2% na capital paulista. O governo estadual diz que as polícias vêm trabalhando no combate a esse tipo de crime e que em “mais da metade” dos distritos da cidade não houve registro de roubo. (Cotidiano B1)
Aposentado federal custa R$ 63 mil ao contribuinte
O contribuinte já bancou R$ 63,4 mil para cada servidor civil da União aposentado. O repasse deste ano supera o registrado em 2016, e a tendência ê que cresça. Como a receita com contribuições previdenciárias aumenta em ritmo menor que o pagamento de benefícios, foram necessários recursos vindos de outros tributos, que deveriam custear áreas como saúde, segurança e educação. (Mercado A12)
Ministro defende liberar verba em troca de votos
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) diz se tratar de “ação de governo”, e não de “chantagem”, a liberação de recursos da Caixa a governadores para que pressionem deputados a votar a favor da reforma da Previdência. (Poder A6)
BERNARDO MELLO FRANCO
Fisologismo tem em Carlos Marun (MDB-MS) um novo porta-voz. (Opinião A2)
Diplomata da Venezuela vira ‘persona non grata’ no Brasil
O governo brasileiro declarou o diplomata da Venezuela Gerardo Antonio Delgado Maldonado ‘persona non grata’. A medida equivale a uma expulsão. O Itamaraty diz estar seguindo o princípio de reciprocidade. A Venezuela havia declarado o embaixador do Brasil em Caracas ‘persona non grata’ no país. (Mundo A11)
Emissora pública corta gastos e muda a grade
A EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai cortar funcionários para equilibrar as contas e mudar a grade de programação para atrair o público. O conglomerado estatal, que inclui dois canais de televisão, oito emissoras de rádio e uma agência de notícias, tem 2.500 funcionários. (Poder A5)
Estaleiro diz que pagou propina no governo FHC
O estaleiro de Cingapura Keppel Fels relata em acordo firmado com autoridades que pagou US$ 300 mil em propina a funcionários do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, entre 2001 e 2002, em troca de contrato com a Petrobras. A empresa havia admitido suborno maior nas gestões Lula e Dilma. PSDB e PT não se manifestaram. (Poder A4)
Depois de 3 anos, comércio volta a registrar alta nas vendas no Natal (Mercado A15)
Raquel Landim
Quando seremos iguais perante a Previdência?
O governo avalia engrossar a fila de concessões para aprovar a reforma da Previdência. Dessa vez, o afago deve ir para servidores que ingressaram antes de 2003. Entre os principais beneficiários, estão juizes, procuradores e defensores da União. Quantos anos teremos que esperar para que sejamos iguais perante a Pievidência Social? (Opinião A2)
Editoriais
Leia “A defesa do privilégio” , sobre salários de políticos e da elite do funcionalismo, e “Inanição chavista” , a respeito da catástrofe social venezuelana. (Opinião A2).
Redação