Jornais do Brasil nesta quarta feira 31 de janeiro
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31 de janeiro de 2018
O Globo
Manchete : STJ nega pedido de Lula para tentar evitar prisão
Cármen Lúcia diz que não retomará análise sobre execução de pena em 2ª instância
‘O Supremo não se submete a pressões’, diz presidente do STF sobre a possibilidade de voltar a discutir o assunto agora; advogado do petista tentou obter habeas corpus preventivo
Em um mesmo dia, o ex-presidente Lula teve um duplo revés em sua tentativa de evitar ser preso após ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. No Superior Tribunal de Justiça, o ministro Humberto Martins negou habeas corpus pedido pelo petista. No STF, a ministra Cármen Lúcia afastou qualquer possibilidade de pôr na pauta o processo que poderia mudar o entendimento da Corte sobre a prisão de condenados em 2ª instância. “O Supremo não se submete a pressões para fazer pautas. A questão foi decidida em 2016 e não há perspectiva de voltar ao assunto”, disse. (PÁGINA 3)
MERVAL PEREIRA
Cármen Lúcia colocou limites às pressões que vem sofrendo. (PÁGINA 4)
MÍRIAM LEITÃO
Negativa do STJ ao habeas corpus complica ainda mais a defesa. (PÁGINA 16)
Perito da PF pede quebra de sigilo de Temer
Em relatório, peritos da PF dizem ser “necessária” a quebra de sigilos do presidente Temer e de outros investigados no caso do Porto de Santos. (PÁGINA 4)
BERNARDO MELLO FRANCO
Temer na TV: uma longa maratona de elogios. (PÁGINA 2)
Jefferson censura filha e mantém
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, condenou o vídeo da deputada Cristiane Brasil, mas manteve indicação. (PÁGINA 6)
Ministro admite novas concessões na Previdência
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que, para conseguir aprovar a reforma, o governo pode fazer concessões a servidores que entraram no funcionalismo antes de 2003. Também estão em negociação regra especial para agentes penitenciários e limite maior de acúmulo de benefícios. (PÁGINA 15)
BNDES registra 4º ano de queda
Os empréstimos do BNDES recuaram 20% e somaram R$ 70,75 bilhões em 2017, no quarto ano seguido de queda. O banco prevê liberar mais de R$ 90 bilhões este ano. (PÁGINA 16)
Febre amarela – Estado do Rio tem 11ª morte
O médico Paulo Becker, morto no último dia 14, foi vítima da febre amarela. Revelado ontem, o diagnóstico eleva para 11 o total de óbitos pela doença, este ano, no Estado do Rio. (PÁGINA 14)
Free shops querem limite de US$ 900
Empresas de free shop pediram ao governo aumento da cota de compras de cada brasileiro de US$ 500 para US$ 900. Mas a Receita Federal é contra. (PÁGINA 17)
O samba de um prefeito só
Depois de várias medidas relativas ao carnaval repudiadas pelos foliões, o prefeito Marcelo Crivella destronou políticos tradicionais, personagens da Lava-Jato, e tornou-se alvo das críticas da maior parte dos blocos com sambas próprios. (PÁGINA 7)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Governo cortará até R$ 8 bi em gastos para cumprir lei
Medida reflete mudança provocada pela regra que limita o crescimento dos desembolsos à inflação
O governo terá de cancelar até R$ 8 bilhões em despesas do Orçamento para cumprir a nova regra que limita o crescimento dos desembolsos à inflação, o chamado teto de gastos. O cancelamento é uma medida mais forte do que o habitual contingenciamento orçamentário, uma espécie de bloqueio que pode ser revisto ao longo do ano em caso de melhora da arrecadação ou de redução da previsão de despesas. Essa é uma das providências que o Ministério da Fazenda pretende anunciar até o fim da semana e que já refletem uma mudança na gestão orçamentária provocada pelo teto de gastos. Pela lei, o gasto anual corresponde à inflação oficial, medida pelo IPCA, acumulada em 12 meses até junho do ano anterior. Nesse período, a variação foi de 3%. Com isso, o cancelamento em análise pela equipe econômica deve ficar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões. (Economia / Pág. B1)
BNDES pode devolver mais R$ 20 bi
Além de R$ 130 bilhões que devolverá ao Tesouro Nacional, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá repassar este ano R$ 20 bilhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
(Pág. B3)
STJ nega 1º pedido para evitar prisão de Lula
O ministro Humberto Martins, do STJ, negou ontem pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa do ex-presidente Lula e argumentou que não há imediata ameaça de início da execução da pena imposta pelo TRF-4. Os advogados também pediram que a Corte afaste a “situação de inelegibilidade” do petista. Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do triplex do Guarujá.
(Política / Pág. A4)
STF adia revisão de prisão em 2º grau
Marco Aurélio Mello, ministro do STF, disse que não vai cobrar que a presidente Cármen Lúcia paute revisão de execução de pena após condenação em segundo grau. Cármen descarta colocar tema em pauta.
(Pág. A5)
Família Steinbruch briga por causa da CSN
Os irmãos Benjamin, Ricardo e Elisabeth Steinbruch, representados pela holding Rio Purus, maior acionista da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), querem destituir seus primos do bloco de controle da Vicunha Steel S.A., controladora indireta da siderúrgica, informa Mônica Scaramuzzo. Os desentendimentos se acirraram nos últimos anos. O valor de mercado da CSN fechou ontem a R$ 14,6 bilhões.
(Economia / Pág. B14)
Escolinha para formar políticos
Formada por um grupo que vai de coronel do Exército a ativistas de movimentos LGBT, a primeira turma de 100 bolsistas do RenovaBr, projeto criado para capacitar candidatos ao legislativo, já frequenta aulas em SP. Entre os selecionados está o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. O projeto é financiado por empresários como Nizan Guanaes e Abílio Diniz e tem Luciano Huck entre os apoiadores.
(Política / Pág. A7)
Legado de problemas
Instalações da Rio-2016 acumulam falhas. Velódromo, por exemplo, não pode receber público.
(Esportes / Pág. A13)
Vera Magalhães
Com a condenação de Lula, Luciano Huck apertou o passo. Apresentador conversa com PPS.
(Política / Pág. A6)
Notas & Informações
Perigo real e imediato
Governo decidiu subir o tom das advertências sobre os riscos reais que o País corre no curtíssimo prazo se tudo ficar como está na Previdência. E faz muito bem.
(Pág. A3)
Reforços para a produção
Mesmo com ampla capacidade ociosa nas indústrias, dirigentes de empresas reequipam as unidades produtivas.
(Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Sem Lula, Bolsonaro lidera e quatro disputam 2º lugar
No Datafolha, petista mantém apoio mesmo após condenação; Huck empata com Alckmin (8%)
Na ausência do ex-presidente Lula, atualmente inelegível, da disputa presidencial, quatro candidatos disputariam uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC), mostra pesquisa Datafolha realizada após a condenação do petista em segunda instância. O levantamento, realizado nos dias 29 e 30 de janeiro, indica que,caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa, o deputado pelo Rio lideraria o cenário, com 18%. Ele aparece à frente de Marina Silva (Rede), com 13%, e Ciro Gomes (PDT), que registra 10%. Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido) têm 8%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. Embora se mantenha à frente, Bolsonaro interrompeu trajetória de crescimento em todos os quadros apresentados pela pesquisa. Além disso, ele perderia em um possível segundo turno para Lula (49% a 32%) e Marina (42% a 32%). A condenação de Lula, por lavagem de dinheiro e corrupção, não afetou seu apoio. O petista tem até 37% da preferência dos eleitores, o mesmo obtido em novembro. O nome do apresentador da Rede Globo Huck voltou a ser cogitado. Ele tem ao menos 6% das intenções de voto nos cenários em que é mencionado. O ex-presidente Fernando Collor, que anunciou pré-candidatura neste mês, registra até 3% da preferência. (Poder a4)
Bolsonaro tenta impedir divulgação da pesquisa
O pré-candidato Jair Bolsonaro recorreu à Justiça Eleitoral para tentar evitar a divulgação da pesquisa Datafolha. Ele questiona pergunta, baseada em reportagem da Folha, sobre aumento do patrimônio da família dele após sua entrada na política. Para o deputado, a questão atribui a ele “a pecha de denunciado por enriquecimento ilícito, de forma difamatória”. A pergunta foi feita depois das relativas à intenção de voto. Até a conclusão desta edição, o TSE não tinha se manifestado. (Poder a5)
Defesa de Lula recorre ao STJ, que recusa pedido de habeas corpus (Poder a6)
Hoje é último dia para vacinação antes do feriado
Quem vai viajar para áreas de risco de febre amarela no sábado de Carnaval, dia 10, tem até esta quarta-feira (31) para se vacinar, já que a proteção só passa a valer depois de dez dias. Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça aponta que o país já registra 213 casos confirmados da doença, com 81 mortes. (Cotidiano B4)
Rio está sem plano de segurança a 11 dias do Carnaval (Cotidiano B3)
Foto-legenda : Aviso
Em Fortaleza, jovens passam diante de muro de escola pichado por criminosos com recado a motoristas de carros e motociclistas; chacinas expõem guerra de facções no Ceará e sensação de medo em bairros da capital do Estado (Cotidiano B6)
Marcelo Coelho
Lulistas entram em fase radical e de confronto
Fui contra o impeachment de Dilma Rousseff, porque ela tinha pouca culpa, e considero correta a condenação de Lula, porque ele tem bastante. Continuo a me considerar de esquerda, e não acho que para isso seja necessário esquecer erros que a cúpula do PT cometeu. (Ilustrada C8)
M. Paulino e A. Janoni
Sem o petista, fatia de brancos e nulos bate recorde
Em nenhuma pesquisa feita pelo Datafolha houve taxa tão alta de brancos e nulos como quando Lula sai da disputa: 32%. A cada cem eleitores do petista, 31 migram para esse grupo. Outros 15 passam a votar em Marina, 14 em Ciro, 8 em Huck, 7 em Bolsonaro e 6 em Alckmin. (Poder a5)
Elio Gaspari
Penduricalhos são ferida na cara do Judiciário
O juiz Marcelo Bretas resolveu passar de símbolo da faxina de roubalheiras do Rio a ícone de penduricalhos do Judiciário. Pegar escondido ele não pega, mas, se o doutor tem medo de castigo, não deve levar seu pleito a um balcão de rodoviária. (Poder a7)
Editoriais
Leia “Incógnita mantida”, sobre pesquisa Datafolha após condenação de Lula, e “Devagar com Davos”, acerca de temores políticos em fórum global. (Opinião a2).
Redação