Jornais do Brasil nesta quinta feira 15 de novembro
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15 de novembro de 2018
O Globo
Manchete : Bolsonaro promete dinheiro de leilão do petróleo a estados
Futuro governo pediu em troca, na reunião com governadores eleitos, apoio à reforma da Previdência. Licitação do pré-sal depende de votação no Senado
Na primeira reunião com governadores eleitos, um dia após o Tesouro divulgar que 14 estados excederam o limite legal de gastos com pessoal, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeram dividir com estados e municípios a arrecadação de um mega leilão do pré-sal.Em troca,pediram apoio à reforma da Previdência. O compromisso é parte da estratégia de negociar com governadores, e não com parlamentares, pautas de interesse do governo. O leilão, que pode render até R$ 100 bilhões, depende de acordo com a Petrobras, que deve ficar com R$ 30 bilhões, e da aprovação de projeto de lei já pronto para ser votado no Senado.
(PÁGINA 15)
Cuba rejeita exigências e anuncia saída do Mais Médicos
Decisão foi reação aos planos de Bolsonaro de modificar termos do acordo, que envolve 8.332 cubanos
Cuba anunciou a saída de 8.332 profissionais do Mais Médicos após Bolsonaro dizer que cortaria a transferência da parte dos recursos que vai para a ilha. Mais de 24 milhões de pessoas podem ficar sem atendimento.
(PÁGINA 4)
Embaixador que é fã de Trump será o novo chanceler
O embaixador Ernesto Araújo, chefe do Departamento de EUA e Canadá do Itamaraty, será o ministro das Relações Exteriores. Araújo é autor de elogios à doutrina do presidente Donald Trump.
(PÁGINA 6)
Corte de verbas para contar encostas
Órgão municipal responsável por contenção de encostas tem, este ano, 15% da verba de 2015. Estudo aponta 103 comunidades do Rio em risco.
(PÁGINA 9)
Mortes em confronto com a polícia sobem 30%
Levantamento do ISP que compara outubro de 2017 ao mesmo mês deste ano mostra alta de 30% nas mortes em decorrência de intervenção policial, antes chamada de auto de resistência. Homicídios dolosos caíram 22%.
(PÁGINA 13)
‘Só confio 100% no meu pai e na minha mãe’, diz Bolsonaro sobre Onyx (Página 5)
Lula nega ter pedido reformas em sítio e é repreendido por juíza (Página 8)
Ascânio Seleme
Bolsonaro mostra capacidade de delegar poder
(PÁGINA 3)
Bernardo Mello Franco
Um chanceler à imagem e semelhança do presidente
(PÁGINA 5)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Diplomata admirador de Trump vai chefiar Itamaraty
Em artigos, Ernesto Araújo critica ‘ideologia globalista’ e defende ‘nacionalismo ocidental’ do presidente dos EUA
O diplomata Ernesto Araújo, de 51 anos, será o ministro das Relações Exteriores do governo de Jair Bolsonaro. Promovido a embaixador em junho, Araújo dirige o Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Durante a disputa eleitoral, o futuro ministro criou blog no qual criticou o PT, que classificou de “Partido Terrorista”. Em artigos, ele fez críticas à esquerda e ao que chama de “ideologia globalista” e defendeu o “nacionalismo ocidental” do presidente americano Donald Trump. Cabe ao chanceler atuar na formulação e conduzir a política externa do Brasil. Analistas ouvidos pelo Estado apontaram a escolha de Araújo como polêmica e com potencial foco de conflitos com áreas do governo como a militar, o setor exportador do agronegócio e o próprio Itamaraty.
(POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)
Cuba deixa Mais Médicos; 8,3 mil sairão do programa
O governo cubano decidiu deixar o Mais Médicos, depois de Jair Bolsonaro anunciar mudanças. Mais de 8 mil profissionais devem sair do País. O presidente eleito chamou o programa de “trabalho escravo”.
(METRÓPOLE / PÁG. A13)
Governadores eleitos querem mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal
Governadores eleitos querem mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal e abrir caminho para nova renegociação de dívidas com a União. Eles também pedem mais prazo para se enquadrarem no limite de 60% de comprometimento das receitas com pessoal. O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu dividir com Estados e municípios os recursos que devem ser obtidos com o leilão do pré-sal, estimados em R$ 100 bilhões.
(ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Ilan descarta continuar à frente do BC
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avisou à equipe de Bolsonaro que não ficará no cargo. Ele alegou motivos pessoais. O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, e o diretor do Santander Roberto Campos Neto são os mais cotados para a vaga.
(ECONOMIA / PÁG. B3)
Fuga do local de acidente de trânsito é crime, decide STF
Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal validou artigo do Código de Trânsito Brasileiro que prevê a detenção de seis meses a um ano do motorista que se afasta do local do acidente “para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída”, independentemente de haver vítimas ou não.
(METRÓPOLE / PÁG. A14)
Tensão no 1º depoimento no processo do sítio
Lula depõe à juíza Gabriela Hardt, em Curitiba. Na audiência, o ex-presidente falou em ‘farsa’ e a substituta de Sérgio Moro chegou a adverti-lo.
(POLÍTICA / PÁG. A8)
Colômbia investiga envenenamento em caso Odebrecht
A Procuradoria da Colômbia vai investigar a morte de Jorge Enrique Pizano, engenheiro que apontou pagamentos suspeitos em obra ligada à Odebrecht. Inicialmente, acreditava-se que ele tinha sofrido um enfarte, mas o caso chamou a atenção depois que seu filho morreu envenenado, após tomar água na casa do pai.
(INTERNACIONAL / PÁG. A11)
William Waack
É relevante saber o que os militares pensam e qual é o País que eles querem.
(POLÍTICA / PÁG. A6)
Celso Ming
Oscilação do preço do petróleo mostra que não é possível garantir previsibilidade da Petrobrás.
(ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Bombas contra desempregados
Sem dinheiro para festas de fim de ano, desempregados ainda pagarão impostos sobre seus gastos e financiarão benefícios concedidos a pessoas e a setores imensamente mais aquinhoados.
(PÁG. A3)
Mais Médicos sem cubanos
Atitude de Cuba parece destinada a causar problemas na área de saúde pública para Bolsonaro.
(PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Em divergência com Bolsonaro, Cuba sai do Mais Médicos
Presidente eleito exige teste de qualificação e recebimento integral do salário; programa, criado pelo PT, corre risco
Por divergir de declarações e condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o governo de Cuba anunciou sua saída do Mais Médicos no Brasil.
A decisão causa risco de esvaziamento do programa criado em 2013, na gestão Dilma Rousseff (PT). Cerca de 1.600 municípios que fazem parte do Mais Médicos só têm cubanos nas vagas. Cuba atribuiu o rompimento a questionamentos de Bolsonaro quanto à qualificação dos médicos e a seu plano de mudar a parceria.
Em rede social, o presidente eleito exigiu “aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais, hoje a maior parte destinado à ditadura [cubana], e liberdade para trazerem suas famílias [para o Brasil]”. Hoje, o Mais Médicos tem 18.240 vagas — 2.000 delas estão abertas. Das preenchidas, 8.332 são ocupadas por profissionais de Cuba.
Com o desligamento deles, pequenas cidades do Nordeste já temem a ocorrência de um apagão médico. O Ministério da Saúde planeja um edital para substituir, com brasileiros, os cubanos. (Cotidiano B1 e B2)
Temer recomenda a sucessor desvincular gasto obrigatório
O governo Temer sugere à gestão Bolsonaro desvincular quase todas as receitas com destino obrigatório, até parte das carimbadas para Saúde e Educação.
A Desvinculação de Receitas da União incidiria somente sobre a arrecadação fiscal e não mais sobre a receita da Seguridade Social.
A medida permitiria que o novo governo gastasse livremente ao menos R$ 18,2 bilhões que, por lei, teriam finalidade certa em 2019.
Só a receita da contribuição social do salário-educação, a arrecadação de impostos e as transferências para estados e municípios ficariam intactas. (Mercado A15)
Forças estão vacinadas, diz general que será ministro
Futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, o general Fernando Azevedo e Silva diz que as Forças Armadas estão vacinadas em relação à política.
Atual assessor do presidente do Supremo, Dias Toffoli, avalia que a imagem do Exército “não está colada” à de Bolsonaro, que é capitão reformado e tem outro general da reserva como vice. (Poder A8)
Em três dias, pai delator e filho morrem na Colômbia
Três dias após a morte por infarto de Jorge Enrique Pizano, testemunha de escândalo de corrupção com a Odebrecht na Colômbia, seu filho foi encontrado morto. O jovem morreu horas após beber água com cianureto de uma garrafa que estava no escritório de seu pai. A investigação foi reaberta. (Mundo A12)
República sem republicanos
A praça que homenageia a Proclamação da República, no centro de São Paulo, tem bustos do criador do esperanto (foto), de deus romano, de ativistas e de educadores, mas nenhum em referência ao fato histórico (Cotidiano B4)
Embaixador Ernesto Araújo vai comandar o Itamaraty
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou que o embaixador Ernesto Araújo, 51, será seu ministro das Relações Exteriores. Ele é hoje diretor do Departamento de EUA, Canadá e Assuntos lnteramericanos. Bolsonaro escreveu em rede social que Araújo é “diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual”.
Quem o indicou foi o pensador conservador Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. (Mundo A11)
Matias Spektor
Escolha ilustra força de vertente ambiciosa
A esperança é promover ruptura com a política externa do passado, consolidando Jair Bolsonaro como líder internacional. E buscar espaço no movimento transnacional anti-globalista encabeçado por Donald Trump. (Opinião A2)
Novo governo vai criar Ministério da Cidadania, diz Onyx (Poder A6)
Lula e juíza têm confrontos em interrogatório
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a juíza substituta de Sergio Moro, Gabriela Hardt, discutiram diversas vezes durante interrogatório sobre o sítio de Atibaia (SP). Hardt reclamou do tom adotado por Lula em seu primeiro depoimento a ela. (Poder A4)
Editorial
Redes de escuridão
Sobre respostas de oligopólios da internet ao TSE.
Anhembi com desconto
Acerca de programa de privatização paulistano. (Opinião A2).
Redação