Jornais do Brasil nesta quinta feira 24 de janeiro
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24 de janeiro de 2019
O Globo
Manchete : Com aval de Brasil e EUA, Guaidó se declara presidente
Maduro diz que não se renderá. Repressão chavista deixa 13 mortos
Com centenas de milhares de venezuelanos nas ruas do país, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, declarou-se “presidente encarregado’’da Venezuela. Foram registradas 13 mortes após violenta repressão chavista. Os Estados Unidos, o Brasil e outros 11 países das Américas reconheceram a reivindicação de Guaidó.
O presidente Nicolás Maduro afirmou que não se renderá e rompeu relações com os EUA. Em Davos, o presidente Bolsonaro disse que dará “todo o apoio necessário” à mudança de regime na Venezuela. No Brasil, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, descartou participação do país em intervenção militar. (Páginas 22 e 23)
Bolsonaro: ‘O Brasil tem que dar certo’
Presidente diz que reformas são vitais; militares estarão em segunda etapa de mudanças na Previdência
Em Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro disse que novas regras para a aposentadoria são vitais para o país dar certo, sob o risco de a esquerda voltar ao poder e o Brasil virar outra Venezuela. Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, ele disse que a proposta “substancial” de reforma previdenciária que o governo vai enviar ao Congresso exclui os militares, que ficarão para a segunda etapa das mudanças.
Defesa do ajuste fiscal feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, animou o mercado no Brasil, que teve recorde na Bolsa. Guedes prometeu ontem que privatizações renderão US$ 20 bilhões este ano. (Páginas 17 a 19)
Presidente diz que investigação sobre Flávio é arbitrária
Numa mudança de tom em relação ao que dissera mais cedo em Davos, o presidente Bolsonaro afirmou à noite que a investigação do MP do Rio envolvendo seu filho Flávio, senador eleito pelo PSL, tenta atingi-lo e é arbitrária. Antes, Bolsonaro afirmara que o filho teria que “pagar o preço’’ por seus atos. (Página 4)
Procuradoria da Alerj tem 42 fantasmas
Em documento enviado à direção-geral e à presidência da Alerj, duas procuradoras concursadas afirmam que a Procuradoria da Casa tem 42 comissionados-fantasmas, informam Paulo Cappelli e Thiago Prado. “Seria até mesmo impossível abrigar todos os servidores no espaço de trabalho”, dizem elas. (Página 6)
Militares vão administrar hospitais federais do Rio
Medida anunciada pelo ministro da Saúde vai contemplar as áreas de abastecimento e licitação dos seis hospitais da rede federal. (Página 10)
Após 3 anos, país contrata mais que demite
O Brasil teve saldo de 529 mil vagas formais de trabalho em 2018, interrompendo ciclo de três anos de déficit, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para especialistas, perdas totais da crise só serão recuperadas em 2021. Apesar de positivo, desempenho do Rio foi tímido. (Página 21)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Guedes quer reduzir Imposto de Renda de empresas à metade
Alíquota sobre lucro passaria de 34% para 15%; objetivo é atrair investimentos
Com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros, o ministro Paulo Guedes (Economia) disse ao Estado, em Davos, que o governo quer reduzir o Imposto de Renda pago pelas empresas, sobre o lucro, 34%, em média, para 15%. “Todo o mundo está baixando os impostos”, disse. Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil iniciou 2019 como País com a maior alíquota de imposto sobre o lucro das empresas, ultrapassando a França. A proposta, no entanto, pode enfrentar resistência no Congresso. Profissionais como consultores, economistas, advogados e contadores devem perder com a mudança. Guedes pretende tributar em 20% os dividendos recebidos pelos sócios de empresas, hoje isentos. Micro e pequenas empresas ligadas ao Simples também podem ser prejudicadas se as alíquotas não caírem. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Após admitir até punição, Bolsonaro defende Flávio
Jair Bolsonaro disse ontem à noite que as investigações que envolvem seu filho Flávio, surgidas após relatório do Coaf, têm como objetivo atingi- lo. “A pressão enorme em cima dele é para tentar me atingir. Fizeram uma arbitrariedade”, afirmou ao Jornal da Record. De manhã, na Suíça, ele defendeu que, “se Flávio errou, terá de pagar”. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Metas dos cem dias
O governo apresentou 35 ações prioritárias para os primeiros cem dias. No pacote há medidas já anunciadas e colocadas em prática. (PÁG. A8)
Previdência de militares deve ficar para 2ª etapa
Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão sinalizaram que as mudanças na aposentadoria dos militares devem ficar para uma segunda fase da reforma da Previdência. O projeto de lei para eles, no entanto, deve ser encaminhado junto com o texto da reforma. As regras para os militares não precisam de emenda constitucional para serem alteradas. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Reforma dura
O economista Helio Zylberstajn defende a inclusão de todos na reforma da Previdência. “Sem os militares, dá para chamar de reforma dura?” (PÁG. B5)
Para EUA e Brasil, Guaidó é o presidente da Venezuela
A pressão contra Nicolás Maduro aumentou dentro e fora da Venezuela. EUA, Brasil, Canadá, Colômbia, Chile, Peru e Paraguai, entre outros países, reconheceram o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino do país. A ofensiva é comandada por Donald Trump. “Todos nós conhecemos um pouquinho Nicolás Maduro. Esperamos o pior”, disse, ao Estado, o presidente Jair Bolsonaro. (INTERNACIONAL / PÁG. A12)
Protestos no país deixam 13 mortos
Manifestações contra Nicolás Maduro já deixaram 13 mortos, segundo a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social. O governo não informou o número de vítimas. (PÁG. A12)
William Waack
Em Davos, Bolsonaro deve se sentir aliviado constatando que será julgado não pelo que disser, mas pelo que fizer. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Celso Ming
Há quase 70 anos, o setor de veículos no Brasil – e não apenas a GM – se comporta como indústria “engatinhante”. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas&Informações
Bolsonaro em Davos
O cancelamento de entrevista em Davos comprovou as más condições de Jair Bolsonaro para o exercício de uma função física e psicologicamente exigente como a que acaba de assumir. (PÁG. A3)
A recuperação em marcha
Emprego em alta, crédito, juros e inflação baixos alimentam a confiança de consumidores e empresários. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Para Brasil e EUA, Guaidó é o presidente da Venezuela
Deputado recebe apoio de 13 países após dia de protestos; Maduro rompe relações com Casa Branca
Brasil, EUA e mais 13 países reconheceram Juan Guaidó, 35, como presidente interino da Venezuela em dia de manifestações gigantescas no país, contra e a favor do governo Nicolás Maduro. Em Caracas, o deputado se autoproclamou presidente diante de uma multidão. “Sabemos que isso vai ter consequências. Mas não vamos permitir que se desinfle esse movimento de esperança.” Donald Trump, logo em seguida, declarou apoio ao presidente da Assembleia Nacional, assim como Jair Bolsonaro, que se pronunciou, junto a outros chefes de Estado, de Davos (Suíça). Maduro pediu unidade e disciplina aos militares e anunciou o rompimento das relações com os EUA. Ao final da tarde, forças de segurança reprimiram os protestos com violência. (Mundo A12)
Clóvis Rossi
Acabou, Nicolás, fuja para Cuba enquanto dá (Mundo A13)
Sob pressão de militares, governo começa a isolar Flávio
Pressionado por militares, o governo Bolsonaro começou a deixar o senador eleito Flávio (PSL-RJ), filho do presidente, sozinho para explicar o caso envolvendo seu ex-assessor Fabrício Queiroz. “Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar”, declarou Bolsonaro à Bloomberg em Davos (Suíça). Em Brasília, ao comentar essa frase, o presidente interino, general Hamilton Mourão, que afirmara que o tema não dizia respeito ao governo, disse ser necessário “apurar e punir, se for o caso”. Existe um consenso entre oficiais das Forças Armadas de que Flávio não convenceu ao explicar operações financeiras envolvendo imóveis e a movimentação atípica de valores seus e de Queiroz. Há entre eles quem defenda Flávio não assumir a cadeira no Senado. (Poder A4)
De 2012 a 2014, filho de Bolsonaro lucrou R$ 813 mil com imóveis (A6)
Bolsonaro não comparece a entrevista em Davos
Jair Bolsonaro (PSL) cancelou entrevista no Fórum Econômico Mundial 40 minutos antes da hora marcada. Assessor da Presidência disse que “abordagem antiprofissional da imprensa” provocou a decisão. Segundo o ministro Augusto Heleno (GSI), o presidente tinha a agenda carregada e quis se poupar. (Mundo A15)
Fala de Guedes sobre imposto anima mercado
Sinalizações de Paulo Guedes durante o Fórum Econômico Mundial fizeram o dólar cair mais de 1% e a Bolsa brasileira atingir nova máxima histórica. O ministro confirmou que estuda reduzir imposto sobre empresas para 15% e colocou a aprovação da reforma da Previdência como meta. (Mercado A23)
BC quer tirar parentes de políticos da mira de banco
O Banco Central quer excluir parentes de políticos da lista de controle dos bancos e derrubar a exigência de notificar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras transações acima de R$ 10 mil. As propostas estão em consulta pública sobre normas contra a lavagem de dinheiro. (Mercado A17)
TJ paulista vê indícios de fraude na falência da Transbrasil (A24)
Editoriais
Novo patamar
Sobre ligação dos Bolsonaros com suposto miliciano (A2)
Imóveis sem função
A respeito de propriedades ociosas em São Paulo (A2).
Redação