Jornais do Brasil nesta quinta feira 4 de abril.

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04 de abril de 2019

O Globo

Manchete: Bolsonaro articula base de apoio com 9 partidos

Objetivo é aprovar a reforma da Previdência. Mourão não descarta distribuir cargos a aliados

Depois de vários atritos com o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro começa o processo de construção da base de apoio ao seu governo reunindo-se pela primeira vez, hoje, com presidentes de partidos. A iniciativa visa à aprovação da reforma da Previdência. Nove legendas, que somam 259 deputados e 53 senadores, devem ser recebidas por Bolsonaro até a semana que vem. O vice-presidente Hamilton Mourão não descartou que o Planalto abra espaço para aliados no governo. “É óbvio que eles vão ter algum tipo de participação, seja em cargos nos estados, algum ministério. Isso é decisão do presidente”, afirmou. Página 4

Previdência está condenada, não importa o governo, afirma Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu, em audiência longa e tensa com deputados, que a solução para o rombo na Previdência não tem coloração partidária e deve ser imediata. Afirmou que o país gasta dez vezes mais com aposentadorias do que com educação e que os servidores, que temos maiores benefícios, contribuirão 14 vezes mais com o ajuste do que os trabalhadores do setor privado. Páginas 17 e 18

Vélez quer revisão do Golpe de 1964 em livros didáticos

O ministro da Educação, Vélez Rodríguez, anunciou em entrevista ao jornal“ Valor” que textos didáticos serão revistos para contemplarem a História “real”. Para ele, o Golpe de 64 foi constitucional e a ditadura, “regime democrático de força”. Página 26

Chicungunha tem risco de se tornar doença silvestre

Estudo com participação da Fiocruz mostra que mosquitos silvestres existentes no Estado do Rio são capazes de transmitir a chicungunha e podem estar infectados com o vírus, revela ANA LUCIA AZEVEDO. Caso o indício se confirme, doença, até então uma epidemia urbana, ficaria fora de controle no país. Página 25

Ascânio Seleme

Nazismo de esquerda é igual a Terra plana Página 3

Merval Pereira

Julgamento de prisão em segunda instância atemoriza Supremo Página 2

Bernardo Mello Franco

Crivella, que votou contra Dilma, agora se vê na mesma situação Página 5

Míriam Leitão

Hora de lutar pela reforma e não de falar tanto em capitalização Página 18

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Cuba e Venezuela já devem R$ 2,3 bilhões ao BNDES

Dívidas se referem a empréstimos tomados durante gestões do PT; governo pode ter de assumir rombo

Cuba, Venezuela e Moçambique têm, juntos, R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES. Se não pagarem, o governo brasileiro terá de cobrir o rombo. O risco de calote levou o banco a registrar perdas de R$ 4,41 bilhões no balanço financeiro de 2018, divulgado na semana passada – é o montante que ainda tem a receber somente de Cuba e Venezuela. O caso do governo de Nicolás Maduro, que enfrenta grave crise, é o mais complicado: os atrasos começaram em setembro de 2017 e já somam R$ 1,6 bilhão. Impulsionados durante os governos do PT, esses financiamentos do BNDES no exterior foram alvo de críticas de economistas, que viam excesso de subsídios para beneficiar grandes construtoras contratadas pelos governos estrangeiros e que acabaram investigadas pela Lava Jato. O presidente do banco, Joaquim Levy, já disse que esses empréstimos não se repetirão. Economia / Pág. B4

‘Tchutchuca é a mãe’, diz Guedes na CCJ

O ministro da Economia, Paulo Guedes, teve passagem tumultuada ontem pela CCJ da Câmara – numa prévia do que deve ocorrer na comissão especial. Ele reagiu a ataques e bateu boca com parlamentares. “Tchutchuca é a mãe, é a avó, respeita as pessoas. Isso é ofensa”, respondeu à provocação de Zeca Dirceu (PT-PR). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a discussão é “péssima” para a Casa. “Paulo Guedes tem dialogado com respeito”, afirmou. O regime de capitalização, espécie de poupança paga pelo trabalhador, foi um dos alvos de críticas. Guedes ainda admitiu a retirada do texto das mudanças no benefício pago a idosos de baixa renda e na aposentadoria rural. Economia / Págs. B1 e B3

Bloco manobra e atrasa projeto anticorrupção em partidos

Senadores do PT, PSD, PROS e Podemos conseguiram que projeto de lei que submete partidos a regras de compliance vá para o plenário do Senado antes de seguir para a Câmara. A medida atrasa a votação da proposta, que obriga as siglas a cumprir normas para aumentar a transparência e evitar atos de corrupção com o dinheiro público. Se não atenderem aos requisitos, as legendas podem ficar sem repasse do Fundo Partidário. Política / Pág. A4

Bolsonaro vai receber partidos para formar base no Congresso

Prestes a completar cem dias de mandato, o presidente Jair Bolsonaro se rende à chamada “velha política”. A partir de hoje, o presidente passa a receber dirigentes de dez partidos políticos para montar a base de sustentação do governo no Congresso. O vice-presidente Hamilton Mourão disse ontem que, se o convite do Palácio do Planalto for aceito, a coligação terá como contrapartida cargos no governo. Política / Pág. A5

Salários nas alturas

Auditoria do TCU apontou que 86% das remunerações das estatais são superiores às do setor privado para as mesmas ocupações. Em um dos casos, um assistente recebia oito vezes o valor pago pelo mercado. Pág. B4

Orçamento impositivo é aprovado no Senado Economia / Pág. B4

Credor põe Gol e Latam na disputa por Avianca Economia / Pág. B6

William Waack

Credibilidade está se deslocando do “mito” em direção aos núcleos militar, econômico e da Justiça. Política / Pág. A6

NOTAS & INFORMAÇÕES

Um pacote útil, mas limitado
O pacote de simplificação prometido pelo governo tem aspectos positivos, mas é limitado e nem de longe caracteriza um plano de desenvolvimento. Pág. A3

Ocupação de espaços
Na falta de articulação política do governo para garantir as reformas, empresários se organizam para angariar apoio. Pág. A3

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ida de Paulo Guedes à Câmara acaba em confusão; Bolsa cai

Sem apoio, ministro bate boca com parlamentares, deixa de responder a questões técnicas e desanima mercado

A audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara teve clima de conflito e pouca defesa da reforma da Previdência pelos deputados. A sessão foi encerrada quando o ministro foi provocado pelo deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Zeca afirmou que o ministro é “tigrão” comuns e “tchutchuca” com outros, sugerindo que Guedes privilegia banqueiros e rentistas. O ministro se ofendeu e revidou: “Tchutchuca é a mãe, tchutchuca é a avó!”. Uma confusão se instalou no plenário da comissão, e a sessão foi encerrada. Guedes também recebeu críticas ao deixar de responder a questões técnicas. O ministro tem assumido o papel de articulador político da reforma, mas o esperado era que respondesse a dúvidas sobre o texto em si. A Bolsa, que vinha em alta até o começo da tarde, fechou em queda. Mercado A11

Senado aprova PEC de menor impacto sobre o Orçamento

Uma semana após ser derrotado na Câmara, o governo Bolsonaro negociou versão mais branda da PEC do Orçamento impositivo no Senado e obteve um aumento escalonado do percentual de emendas coletivas. O governo queria quatro anos de escalonamento e conseguiu dois — 0,8% da Receita Corrente Líquida em 2020 e 1% no ano seguinte. A negociação foi tida como um avanço. O texto volta agora à Câmara. Mercado A12

Em 3 meses, Mais Médicos soma 1.000 desistências

Cerca de 15% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos após a saída dos cubanos desistiram de participar do programa ainda nos primeiros três meses de atividade. Segundo o Ministério da Saúde, os motivos para a saída foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e residência. A pasta estuda a criação deum novo projeto. Cotidiano B1

Vélez nega o golpe e diz que didáticos serão alterados

O ministro da Educação declarou ao jornal Valor que não houve golpe nem ditadura e defendeu que essa visão conste de livros didáticos. “Haverá mudanças progressivas na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla.” Cotidiano B4

Carlos Ghosn é preso pela quarta vez no Japão

O ex-CEO de Renault e Nissan, que estava em prisão domiciliar, voltou a ser detido, segundo a rede NHK. A nova acusação é baseada em transferência suspeita de US$ 32 milhões para distribuidora das montadoras em Omã. Mercado A16

Editoriais

Teoria do vácuo
Sobre movimentos políticos do tucano João Doria.

A imagem da PM
Acerca de uso de câmeras por policiais paulistas.

Redação