Jornais do Brasil nesta segunda feira 15 de outubro

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15 de outubro de 2018

O Globo

Manchete: Apesar de renovação, presidente eleito vai depender do centrão na Câmara

São 207 deputados de siglas que apoiaram Dilma e Temer, indispensáveis para formar a maioria

O primeiro turno da eleição mudou a cara da Câmara dos Deputados, com renovação de 47,3% nos mandatos. Mesmo com bancadas menores, no entanto, partidos tradicionais continuarão sendo fundamentais para a formação da base do novo presidente, seja Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). O MDB e as legendas do centrão (PP, PR, PSD, PRB, PTB, PROS, SD e PSC) perderam 15% de seus espaços, mas somam 207 votos. As duas maiores bancadas, PT (56 eleitos) e PSL (52) não poderão dispensar essas siglas para aprovar projetos de lei. (PÁGINA 4)

Empresas adiam contratação de temporários

O sonho do emprego de fim de ano foi adiado. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, devido à incerteza com as eleições, 25% das admissões de temporários ocorrerão em dezembro, quando geralmente se contratam cerca de 10% das vagas. Esse processo costuma começar em setembro. (PÁGINA 15)

Placas para Marielle

Após dois candidatos a deputado pelo PSL, que depois foram eleitos, quebrarem e exibirem uma placa simbólica com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em março, manifestantes, em resposta, ocuparam ontem a Cinelândia com 1,7 mil placas novas. (PÁGINA 7)

Colunistas

EDUARDO OINEGUE

A anunciada renovação do Congresso que não aconteceu (PÁGINA 5)

FERNANDO GABEIRA

Uma fórmula para lidar com o poder emergente (PÁGINA 2)

ANTÔNIO GOIS

Candidatos fazem diagnósticos bem diferentes sobre a educação (PÁGINA 17)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Falta de dinheiro para o PAC prejudica planos de candidatos

País tem R$ 132 bilhões travados no Programa; obras são propostas eleitorais para criação de emprego

Falta de verba, problemas técnicos e indícios de crimes são as principais razões para a paralisação de 2.914 obras espalhadas pelo País. A retomada desse projetos é apontada pelos candidatos à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), como a principal estratégia para a geração de empregos. Porém, segundo o Ministério do Planejamento, há R$ 132 bilhões em investimentos travados só no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A falta de dinheiro responde pela paralisação de 294 obras, que somam R$ 62,9 bilhões. Falhas na elaboração são a causa da interrupção de outros 1.359 projetos, no valor total de R$ 25,5 bilhões. As cifras referem-se apenas ao conjunto de obras do PAC executadas com recursos do Orçamento Geral da União. Em junho, o Estado mostrou que havia no País 7.400 obras a serem tocadas com verbas federais que estavam paradas. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Escola sem ‘direção ideológica’

Coordenador das propostas do Ministério de Educação de Jair Bolsonaro (PSL), o general Aléssio Ribeiro Souto diz que “é forte a ideia” de revisão de currículos e de bibliografias usadas nas escolas, informa Renata Agostini. Ordem é evitar a exposição de crianças a “ideologias”. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Juntas elas têm a força

Carol Vergolino, Joelma Carla, Jô Cavalcanti, Katia Cunha e Robeyoncé Lima foram eleitas para o primeiro mandato coletivo da Assembleia de Pernambuco. Elas defendem movimentos de moradia, causas LGBTI, políticas públicas para a juventude e a valorização da cultura e da educação pública. Vão dividir a legislatura. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Em 16 anos, PT perde 1/3 dos votos em legenda

O PT perdeu 1/3 dos votos em legenda para a eleição de deputado federal desde 2002. Nesta eleição, a sigla ficou com 18,4% da preferência do eleitorado ante 27,1% registrados há 16 anos. O PSDB perdeu 70% desses votos desde 2014. Por outro lado, o PSL se tornou o segundo partido com mais votos em legenda neste ano, com 15,4% – em 2002, teve 0,5%. (POLÍTICA / PÁG. A4)

Petismo resiste no interior

Partido venceu nas cidades com menos de 10 mil habitantes, a maioria no Nordeste, nas quais obteve 70% dos votos. (PÁG. A6)

Mortalidade de bebês com microcefalia é 3 vezes maior

De novembro de 2015 até julho deste ano, 218 crianças nascidas com a chamada síndrome congênita do zika (que inclui microcefalia) morreram no País. Considerando apenas os mortos antes de completarem um ano, foram 188 óbitos – 5,82% de 3.226 bebês. O índice é três vezes maior que o observado na população em geral. Médicos e famílias atribuem parte das mortes a falhas no serviço de saúde. (METRÓPOLE / PÁG. A16)

Novos senadores devem R$ 65 mi à União. (POLÍTICA / PÁG. A9)

Haddad faz aceno para diálogo com FHC (POLÍTICA / PÁG. A4)

Bolsonaro diz ser ‘quase impossível’ perder eleição (POLÍTICA / PÁG. A6)

Família de Geddel fica fora da Câmara (POLÍTICA / PÁG. A9)

Moro homologa delação da Mendes Júnior (POLÍTICA / PÁG. A11)

Cida Damasco

Se há uma semelhança entre os dois candidatos, essa é a manutenção das incertezas em relação aos programas de governo. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Notas & Informações

O programa que evapora

O PT inovou ao antecipar o estelionato eleitoral, renegando muitas de suas promessas e ideias antes mesmo do desfecho da eleição. (PÁG. A3)

O potencial das novas gerações Recente estudo do Banco Mundial mostrou que o Brasil ainda desenvolve muito pouco o seu capital humano. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Plano de candidatos exige mudança na Constituição

Novo presidente terá dificuldade para obter os votos de 60% do Congresso

Algumas das principais propostas dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) dependem de mudanças no texto da Constituição de 1988. Para aprovar emenda à Carta é preciso o apoio de três quintos do Congresso, o que será difícil num cenário de fragmentação partidária. Bolsonaro pretende reduzir a maioridade penal, inicialmente de 18 p ara 17 anos — um futuro presidente promoveria a queda para os 16. Entre especialistas, há dúvidas se essa alteração no texto constitucional seria juridicamente possível, por envolver o direito à vida e acordos firmados pelo Brasil. A permissão para a exploração econômica de reservas indígenas, outra ideia do presidenciável do PSL, também deve exigir emenda. No programa de governo do Haddad, há ao menos sete propostas de mudança na Constituição, incluindo a extinção do teto fixado para as despesas do governo federal. O petista recuou do plano de convocar uma Assembleia Constituinte, incluído no programa oficial de governo no primeiro turno. Já Bolsonaro desautorizou seu vice, que aventou uma nova Carta a ser redigida por uma comissão de notáveis e submetida a referendo popular. (Eleições 2018 A6)

Estreantes e militares são destaque na bancada do PSL

Eleita pela onda conservadora que pode levar Jair Bolsonaro ao Planalto, a bancada de 52 deputados do PSL —a segunda maior da Câmara — tem 30 novatos. Policiais e militares ocuparão 21 vagas. Desde o fim da ditadura militar (1964-1985), nunca uma sigla acumulou tamanho poderio em tão pouco tempo. O grupo já fala em disputar a presidência da Câmara. (Eleições 2018 A10)

PT evita rever tese de que foi vítima de sabotagem

O PT e seu candidato a presidente, Fernando Haddad, têm procurado não fazer reconhecimento mais completo dos erros do governo Dilma. Em documento de 2016, a legenda se autocriticou por não ter evitado “a sabotagem conservadora” de instituições. (Eleições 2018 A13)

Haddad precisa representar mais que seu partido (PÁG. A20)

Eleições 2018

Antes redutos do PT, 412 cidades migram para presidenciável do PSL (A11)

Bolsonaro usa estratégia militar na comunicação, afirma antropólogo (A12)

Onda conservadora leva caretismo também ao vestuário dos políticos (A16)

Álcool e drogas têm relação com mortes violentas

Estudo da USP mostra que em 55% das mortes violentas ocorridas na cidade de São Paulo a vítima consumiu álcool ou drogas momentos antes do óbito. São adultos que morreram em razão de homicídios (26%), acidentes de trânsito (20%) e suicídio (10%). O álcool lidera as ocorrências. (Cotidiano B7)

Autônomo precisa ganhar 0 dobro para manter padrão CLT (Mercado B1)

Editoriais

Imprevidentes

Sobre propostas obscuras de Bolsonaro e Haddad.

O inaceitável

Acerca de casos de violência por motivos políticos. (Opinião A2).

Redação