Jornais do Brasil nesta segunda feira 2 de julho

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02 de julho de 2018

O Globo

Manchete: Líder do governo loteia vagas na Dataprev

Moura indica presidente e assessores da estatal

Deputado exerce influência sobre empresa que processa os pagamentos das aposentadorias do INSS

VINICIUS SASSINE

Líder do governo Temer no Congresso, o deputado federal André Moura (PSC-SE) avançou sobre a Dataprev, estatal que processa a folha de aposentadorias do INSS. Do presidente a diretores e assessores, cargos de confiança são ocupados por nomes do deputado. O GLOBO identificou as digitais de indicações políticas em 16 dos 60 cargos de confiança existentes na Dataprev. Oito foram preenchidos por escolha direta de Moura. Entre eles, advogados que já o defenderam, um primo e uma ex-dona de salão de beleza, hoje assessora do núcleo da presidência com salário de R$ 13,1 mil. Moura defende as indicações dizendo que respeitam a lei. A estatal disse que os funcionários fazem atividades técnicas. (PÁGINA 3)

Boca de urna indica vitória de López Obrador no México

Se confirmados os resultados de pesquisas de boca de urna, Andrés Manuel López Obrador terá conquistado uma vitória histórica para a esquerda no México. Segundo pesquisas, ele teve até 49% dos votos, e seu partido terá maioria no Congresso. O governista José Meade já reconheceu a derrota. O resultado oficial será conhecido hoje. Obrador deve divulgar carta aos mercados. (PÁGINA 17)

Governo recorre a empresas para construir ferrovias

O governo vai transferir ao setor privado a responsabilidade pela construção de ferrovias estratégicas. Em troca da renovação de contratos em outras concessões por mais 30 anos, a Vale fará obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste e a MRS tocará o projeto do Ferroanel de São Paulo. As duas construções somam investimentos de R$ 9 bilhões. (PÁGINA 15)

Porto: prefeitura quer ir à Justiça

Com o sistema de financiamento do projeto Porto Maravilha à deriva, a prefeitura do Rio teve que assumir os serviços de manutenção da região, um gasto extra que pode chegar a R$ 140 milhões por ano. O município estuda ir à Justiça contra a Caixa, que suspendeu os repasses para a concessionária que cuidava da área revitalizada. (PÁGINA

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Delações da Odebrecht são contestadas em São Paulo

Benefícios concedidos à empreiteira são alvo de questionamento no MPE; nenhum acordo foi homologado

Acordos de delação firmados por executivos da Odebrecht envolvendo crimes em São Paulo estão sendo contestados no Ministério Público Estadual (MPE), relata Fabio Leite. Nenhuma das cinco colaborações fechadas com a Promotoria do Patrimônio Público desde dezembro de 2017 foi homologada pela Justiça ou pelo Conselho Superior do órgão. Benefícios concedidos à empreiteira em troca da devolução do dinheiro desviado são alvo de contestações. Entre os questionamentos, estão pagamentos de indenizações com valores considerados baixos, permissão para que o ressarcimento seja feito em futuras obras que a empresa vier a ganhar e a possibilidade de retomada de um contrato de R$ 503 milhões com a Prefeitura, vencido mediante pagamento de propina, como admitiram executivos da empresa. Um dos acordos teve o pedido de homologação indeferido pelo juiz por falta de “prova efetiva”. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)

Caminhos alternativos

Promotores paulistas contrários aos acordos de colaboração da Odebrecht estão recorrendo a outras empreiteiras implicadas na Lava Jato ou tentando obter material colhido pelo MPF para avançar nas investigações. (PÁG. A6)

Subsidiárias da Eletrobrás somam prejuízo de R$ 22,3 bi

As seis distribuidoras da Eletrobrás que o governo quer privatizar neste mês acumulam prejuízo de R$ 22,3 bilhões desde 1997, quando a União assumiu essas empresas. Obstáculos no Congresso e no Judiciário podem barrar a venda. Para analistas, as subsidiárias são um bom negócio mesmo com riscos. Chineses e indianos estão na disputa pelas companhias com grupos que já atuam no Brasil. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Doações da Câmara vão para base eleitoral (COLUNA DO ESTADÃO / PÁG. A4)

Com crise, cai número de pesquisas eleitorais (POLÍTICA / PÁG. A8)

Motos só respondem por 5,5% das multas em SP (METRÓPOLE / PÁG. A12)

Esquerda chega à Presidência pela 1ª vez no México

Adversários do candidato esquerdista, Andrés Manuel López Obrador, admitem que ele venceu as eleições no México. Obrador teve de 43% a 49% dos votos, aponta o instituto Mitofsky, o suficiente para bater com larga vantagem Ricardo Anaya, e José Antonio Meade. Ambos disputam o segundo lugar, com cerca de 25% cada. (INTERNACIONAL / PÁG. A10)

Notas & Informações

Militância antiprivatização

Sob a alegação de proteger a competência do Legislativo, Lewandowski inventou uma restrição absolutamente nova, que não encontra respaldo na Constituição. (PÁG. A3)

Pioram as expectativas do Banco Central

O avanço de reformas e de ajustes permanece fundamental para reverter dívida pública. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Total de idosos em abrigos públicos sobe 33% em 5 anos

Maioria dos atendimentos, que chegaram a 61 mil no ano passado, ocorre em instituições de longa permanência

O número de idosos em abrigos conveniados aos estados e municípios no Brasil cresceu 33% entre 2012 e o ano passado, passando de 45.827 para 60.939, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. Em sua maioria, os atendimentos aos idosos ocorrem em instituições de longa permanência e em estabelecimentos que recebem recursos ou que têm vínculo com o poder público. Nos sistemas estatal e privado, o total chega a 100 mil. Com o envelhecimento da população, cresce o debate sobre a oferta de cuidados de longa duração. O ministro Alberto Beltrame diz que sua pasta busca alternativas em que os idosos possam ser acolhidos em algum lugar durante o dia e retornem ao convívio da família à noite. Para Marília Berzins, do Observatório de Longevidade e Envelhecimento, o Estado precisa compartilhar a responsabilidade pelo cuidado do idoso. (Cotidiano B1)

Em 2017, só 11% guardaram algum dinheiro para a velhice

Somente 11% dos brasileiros disseram ter guardado dinheiro para a velhice em 2017, o que coloca o país como 101º colocado em levantamento sobre o tema realizado pelo Banco Mundial. Entre 144 países pesquisados, o Brasil fica atrás de nações mais pobres, como Filipinas (26%), Bolívia (20%) e Mali (16%) e abaixo da média dos países em desenvolvimento (16%). (Folhainvest p.l)

Boas escolas não freiam violência em terra de Ciro Gomes

Em Sobral (CE), berço político do presidenciável Ciro Gomes (PDT), o título de campeã nacional do Ideb (índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da rede pública não bastou para frear a violência. A cidade registrou 43 assassinatos até maio, a maioria de jovens. (Poder A5)

Petrobras devia ter prazo para reajuste de combustíveis

Entrevista da 2ª

Alexandre de Souza

O presidente do Cade, órgão que fiscaliza a livre concorrência, afirma ser favorável a uma periodicidade do reajuste e que a medida poderia servir para enfrentar o monopólio da Petrobras. (Poder A12)

Editoriais

Eleitores na mira

Sobre aliança entre PSDB e apresentador televisivo.

Farra municipal

Acerca de benesses concedidas a servidores do TCM. (Opinião A2).

Redação