Jornais do Brasil nesta segunda feira 26 de novembro
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26 de novembro de 2018
O Globo
Manchete: Bolsonaro desautoriza seu futuro ministro da Saúde
Proposta de Mandetta de criar exame para a certificação de médicos, revelada pelo GLOBO, é vetada pelo presidente eleito
A ideia do futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), de criar um exame de qualificação para médicos formados no Brasil, ao estilo da prova da OAB aplicada a advogados, foi rechaçada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. “Sou contra Revalida para médicos brasileiros, está ok? Ele (Mandetta) está sugerindo um Revalida até com uma certa periodicidade”. A proposta fora revelada por Mandetta ao GLOBO. Ontem, o futuro ministro mudou o tom e disse que defende o “monitoramento” de como os profissionais estão se desenvolvendo e se especializando. (PÁGINA 6)
Colunistas
FERNANDO GABEIRA
É preciso valorizar médicos nos rincões (PÁGINA 2)
MÍRIAM LEITÃO
Reajuste ao STF é um erro e gera efeito cascata (PÁGINA 7)
ANTÔNIO GOIS
Debate sobre educação precisa de mais ciência (PÁGINA 18)
Alerj gasta mais com pessoal do que SP e Minas
Em meio à crise do Estado do Rio, a Assembleia Legislativa fluminense gastou R$ 491 milhões, de janeiro a agosto deste ano, para pagar salários e benefícios dos servidores efetivos e de 4.382 cargos comissionados. Apesar de ter menos parlamentares, o valor supera os gastos dos legislativos de Minas e São Paulo. (PÁGINA 9)
Câmara aprova poucos projetos de segurança
Levantamento revela que, desde 2003, apenas 6% dos projetos apresentados para lidar com a violência no país foram aprovados na Câmara. Propostas não focam combate ao crime e acabam priorizando acordos de cooperação internacional protocolares, aumentos salariais e anistia de greves. (PÁGINA 4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Deputados e senadores eleitos devem R$ 660 milhões à União
Cerca de 90% dos débitos são de 15 congressistas ou de suas empresas; Jader Barbalho (MDB-PA) deve R$ 135,4 milhões
Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional obtidos pelo Estado mostram que deputados e senadores eleitos devem R$ 660,8 milhões à União. Pelo menos 90% desses débitos são de 15 congressistas, inscritos em seus CPFs ou em nome de empresas, informam Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes. No grupo dos maiores devedores há defensores de um novo Refis, programa de refinanciamento de débitos tributários com descontos de multas e juros. Os dados mostram que empresas que já renegociaram dívidas ou ainda estão inscritas em Refis voltaram a ficar inadimplentes. Entre os parlamentares, a maior dívida é de empresas do senador Jader Barbalho (MDB-PA), com R$ 135,4 milhões. Sua ex-mulher, a deputada Elcione Barbalho (MDB-PA), responde por R$ 117,8 milhões. Eles disseram que os débitos foram refinanciados. Presidente do PSL, partido de Jair Bolsonaro, o deputado eleito Luciano Bivar (PSL-PE) aparece vinculado a R$ 27,3 milhões em dívidas de três empresas. Segundo ele, os débitos estão parcelados ou questionados judicialmente. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Dívida de relator cresce
Relator do último programa de parcelamento de débitos tributários, o deputado Newton Cardoso Jr. (MDB-MG) ampliou sua dívida com a União. (PÁG. A4)
Limite a gastos de prefeitos pode cair
Projeto que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal e cria condições para municípios gastarem além do limite com despesas de pessoal está na pauta da Câmara. (COLUNA DO ESTADÃO / PÁG. A4)
A BRF e seu acordo de leniência
Alvo de investigações da Polícia Federal, a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, iniciou uma ofensiva para acelerar seu acordo de leniência – espécie de delação premiada para empresas – e está contatando ex-executivos indiciados nas operações Carne Fraca e Trapaça para que se tornem delatores. A companhia pretende entregar provas sobre fraudes cometidas e pagamento de propinas a agentes públicos e políticos. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Bolsonaro se diz contra avaliação de médicos
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), se manifestou contra a ideia de seu indicado ao Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de se instituir a exigência de avaliação e a certificação de médicos brasileiros formados, como faz a OAB com os advogados. (METRÓPOLE / PÁG. A17)
No litoral, febre amarela preocupa
Pela primeira vez desde o aparecimento dos casos, o litoral de São Paulo terá o vírus circulando durante o verão. Com apenas 65% da população vacinada, Estado intensifica campanha. (METRÓPOLE / PÁG. A16)
Cida Damasco
Privatização ganha força. Banco do Brasil, Caixa, Eletrobrás e Petrobrás estão na mira. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Notas & Informações
O foro dos juízes
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu respeitar o que diz a Constituição e não alterou a regra de foro privilegiado para desembargadores e juízes. (PÁG. A3)
Oposição não é guerra
Repetição, pelo PT, da palavra “resistência” exprime a recusa do partido em aceitar a legitimidade da escolha dos eleitores. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: ‘Elite abriu mão do verniz para eleger Jair Bolsonaro’
Haddad diz que autoritarismo cresce no país dentro das instituições democráticas
Em sua primeira entrevista após as eleições, Fernando Haddad (PT-SP) disse que a elite econômica abriu mão do verniz para eleger Jair Bolsonaro. “O verniz sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.” Ele afirmou à Mônica Bergamo ter previsto que a “extrema direita” teria mais espaço na cena brasileira, mas que errou ao imaginar que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo. “O Doria seria um PSDB bolsonarizado, mas com aparência tucana. Eu apostava nele”, disse. Para Haddad, o país vive um sistema híbrido, diferente do tempo em que “os golpes se davam de fora da democracia, contra ela”. O autoritarismo hoje cresce dentro das instituições democráticas e pode se manifestar “na PM, na PF, no Judiciário, no Ministério Público”. Segundo o petista, se o ex-presidente Lula não tivesse sido condenado, teria ganhado a eleição. “Fiz 45% dos votos. Lula teria feito mais de 50%”. Haddad minimizou ainda as fortes críticas de Ciro Gomes (PDT-CE) ao PT. “Ele não soube fazer a coalizão que o levaria à vitória”. (Poder A12)
Alvos da Lava Jato querem mudança na lei, e Moro reage
Grupo de parlamentares de partidos envolvidos nas investigações da Lava Jato pressiona o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar em votação, nas próximas semanas, projeto que altera a execução penal. A ideia é coibir a superlotação carcerária. O texto afrouxa punição a diversos crimes, mas inclui os de colarinho branco. Para Sergio Moro, futuro ministro da Justiça, o tema é controverso e não deveria ser votado nesta legislatura. “Confio que o Congresso terá a sensibilidade de aguardar”, disse à Folha. (Poder A4)
Sem Cuba, governo discute como levar médicos ao interior
Está em estudo a criação de um plano de carreira para levar médicos ao interior dopais. Outras propostas são dar descontos aos formados com dívidas no Fies caso trabalhem em áreas de difícil acesso e serviço civil obrigatório aos que recebem financiamento público. (Cotidiano B8)
Para Guedes, país ficou preso na armadilha social-democrata (Mercado A21)
Editoriais
Incertezas a distância
Sobre aprendizado fora da escola no ensino médio.
Carga pesada
Acerca de obstáculos para a redução dos impostos. (Opinião A2).
Redação