Jornais do Brasil nesta sexta feira 01 de dezembro
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O Globo
Manchete : Governo deve adiar reforma da Previdência para 2018
Presidente da Câmara diz que ‘ainda falta muito voto’
PSDB só decidirá se apoia proposta semana que vem. Dólar sobe e Bolsa cai com temor de que mudanças não sejam aprovadas
A dificuldade em conseguir apoio para a reforma da Previdência deve levar o governo e líderes da base aliada a adiar a votação para 2018. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “ainda falta muito voto” para garantir que as mudanças passem. O PSDB só decidirá semana que vem se fechará questão em torno do texto do governo. O temor de que a reforma não seja aprovada fez o dólar subir 0,95% e a Bolsa cair 1,26%. (PÁGINA 17 e editorial “O motivo das pressões de servidores contra a reforma”)
Desemprego cai com vagas informais
A taxa de desemprego caiu para 12,2%, informou o IBGE. Mas, desde abril, quando o mercado de trabalho começou a reagir, três quartos das vagas criadas foram no trabalho por conta própria ou em postos sem carteira assinada. Ao todo, o país ainda tem 12,7 milhões de desempregados. (PÁGINA 19)
Míriam Leitão
Melhora sob risco – Atuação do governo e do Congresso ameaça sabotar a recuperação. (PÁGINA 18)
Picciani em dia de derrotas
Enquanto no STF o ministro Dias Toffoli decidiu manter Picciani na cadeia, no TCE fracassou de vez a tentativa de manter a vaga de conselheiro sob controle do PMDB. (PÁGINA 3)
A crise não chegou à Alerj
Apesar da penúria do Rio, a Alerj vai às compras. Só com peças de couro para reformar cadeiras, foram gastos R$ 79 mil. (PÁGINA 11)
Apelo contra a violência
Moradores da Vila Joaniza e da comunidade do Barbante, na Ilha do Governador, protestam em dia de operação policial na região, onde traficantes expulsaram PMs e destruíram sua base no sábado. (PÁGINA 9)
Na Rocinha, um ‘delivery’ de drogas
Quadrilha abastecia Zona Sul e Barra (PÁGINA 9)
Assaltos esvaziam Santa Teresa (PÁGINA 8)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Em 4 anos, secas e inundações afetam 55 milhões de brasileiros
Alterações nos padrões de ocorrências das chuvas são indícios de mudanças climáticas, dizem especialistas
Levantamento quadrienal da Agência Nacional de Águas (ANA) sobre o acesso e o uso da água aponta que o País vive uma situação de estresse hídrico, informa André Borges. Entre 2013 e 2016, 78% dos 1.794 municípios da Região Nordeste decretaram, pelo menos uma vez, situação de emergência ou estado de calamidade por causa da seca extrema que castiga a região há cinco anos, segundo o relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2017. Em situação oposta, outros 2.641 municípios, o equivalente a 47,5% das cidades do País, viveram episódios de alagamentos, enxurradas e inundações. Os desastres relacionados ao clima afetaram, no período, 55,7 milhões de pessoas. “Este ano deve se confirmar como o mais seco desde 1931, quando começou a série histórica”, diz Joaquim Gondim, superintendente de operações e eventos críticos da ANA. Para especialistas, as mudanças drásticas nos padrões de ocorrências das chuvas são indícios das mudanças climáticas. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Otimismo com a economia tem pior índice, mostra Ibope
Apenas 21% dos entrevistados acreditam que a economia vai melhorar, pior índice em 8 anos, e mais de 80% consideram o governo corrupto. Para Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope, sinais de melhora econômica não estão sendo percebidos. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Desemprego cai
Taxa é de 12,2%, mas País levará 2 anos para retomar índice de 2016. (PÁG. B1)
Maia não vê condições para votação, agora, da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicou ver falta de vontade dos partidos da base em votar a reforma da Previdência e disse que não faz sentido pautar o tema se houver risco de derrota. Aliados do governo descartam votação na próxima semana. (ECONOMIA / PÁG. B7)
Direto da Fonte
Elena Landau deixa PSDB: ‘Lutei por uma boa causa’
Economista demonstrava descontentamento com os rumos da sigla, à qual foi filiada por 25 anos. A gota d’água foi o documento Gente em Primeiro Lugar, que deve servir de base à campanha eleitoral e foi elaborado sem participação de economistas. (CADERNO2 / PÁG. C2)
Incentivo a montadoras gera embate no governo (Economia/ Pág. B5)
Planos: só quem tem ação será indenizado (Economia / Pág. B6)
Fernando Gabeira
Não entendo como um ministro do Supremo pode adiar a decisão da maioria. (ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)
Maduro prende dois ex-ministros por corrupção
Eulogio del Pino e Nelson Martínez foram detidos ontem acusados de atos de corrupção. Ambos foram ministros do Petróleo e ocuparam a presidência da PDVSA. A Venezuela enfrenta uma escalada de problemas. Caracas ficou dois dias sem metrô nesta semana por causa de apagões e pacientes não têm acesso a remédios. (INTERNACIONAL / PÁG. A10)
Notas & Informações
Para que servem os partidos?
A reforma da Previdência é, de fato, um tema bastante impopular. É justamente nessas horas, portanto, que os partidos precisam dizer por que existem. (PÁG. A3)
Dívida pública, risco crescente
País não consegue cobrir sequer parte dos juros vencidos. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo não tem votos para nova Previdência
Enquete da Folha mostra que 210 deputados são contra o projeto de Temer
O governo não tem os 308 votos para aprovar a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras de Michel Temer (PMDB), na Câmara. É o que aponta enquete realizada pela Folha de 27 a 30 de novembro. Nela, 210 deputados declararam que votarão contra a proposta. Só 38 parlamentares se disseram favoráveis ao projeto. Oito afirmaram ser parcialmente a favor, divergindo em relação à idade mínima e ao limite para acumular pensões. Há 44 indecisos, 14 seguirão a posição do partido, 97 não responderam e 96 não foram localizados. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que “falta muito” para que o governo tenha o apoio necessário. A proposta, mais enxuta que a original, estabelece idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) para aposentadoria. Outra exigência é de 15 anos de contribuição para trabalhadores do setor privado, como ocorre hoje, e de 25 anos para servidores. A resistência à reforma deve-se às eleições de 2018. Deputados temem perder eleitores caso apoiem medidas impopulares. (Mercado A17)
Infraero desiste de investir no Galeão e torna negócio incerto
O Conselho de Administração da Infraero decidiu que não fará um investimento de R$ 1,4 bilhão previsto na concessionária responsável pelo aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Sem o aporte, o grupo chinês que substituiria a Odebrecht no negócio pode desistir dele. Isso exigiria a busca de novo parceiro privado para o terminal. (Mercado A24)
Quase todas as vagas criadas no país são informais
Apesar de o desemprego ter recuado de 13,3 milhões para 12,7 milhões no trimestre encerrado em outubro, quase 100% das vagas criadas no setor privado são em postos sem carteira assinada. Segundo o IBGE, a informalidade “contribui para a precarização do mercado de trabalho” do país. (Mercado A20)
De olho na eleição, Alckmin busca R$ 2,5 bi para obras
Pré-candidato à Presidência, o governador de SP, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu que a Assembleia autorize empréstimo de R$ 2,5 bilhões para obras do Metrô e da rodovia dos Tamoios. O tucano também prevê entregas quase semanais de projetos em áreas como infraestrutura e saúde. O objetivo é fortalecer a imagem dele como gestor. (Poder A6)
Segunda sentença de Moro sobre Lula sairá só em 2018
A segunda sentença do juiz Sergio Moro sobre Lula na Lava Jato ficará para 2018. O trâmite da ação que acusa o ex-presidente de receber propina da Odebrecht via compra de terreno para o Instituto Lula atrasou com a discussão sobre a autenticidade de recibos e pedidos de análise de materiais da delação da empreiteira. (Poder A9)
Com acordos, PSDB se especializou em perder eleições (Poder A7)
Com acordos, PSDB se especializou em perder eleições (Poder A7)
Mudança na Lei Rouanet amplia diversidade de projetos e apoios, afirma ministro (C6)
Reinaldo Azevedo
Temos na política o cruzamento do jumento com a vaca
Aqui e ali leio e ouço reclamações sobre a “velha política”. Da extrema esquerda à extrema direita, reivindica-se a novidade como valor em si, como categoria política ou de pensamento. Até conservadores fazem dela um fetiche, o que é coisa de hospício. Jair Bolsonaro, por exemplo, quer-se o novo. (Poder A8)
Editoriais
Leia “Muito o que falar”, sobre comissão do Congresso que investiga a JBS, e “À espera da Alemanha” , acerca de impasse na formação do governo. (Opinião A4).
Redação