Jornais do Brasil nesta sexta feira 02 de novembro
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02 de novembro de 2018
O Globo
Manchete: Bolsonaro dá carta branca a Sergio Moro
Em nota, juiz disse que sua gestão à frente do superministério da Justiça terá ‘forte agenda anticorrupção e anticrime organizado’
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou que o juiz Sergio Moro comandará um “superministério da Justiça”. Bolsonaro disse que Moro terá carta branca para comandar a Justiça e nomear sua equipe, e liberdade total no combate à corrupção, ainda que no futuro “viesse a mexer’’ com alguém de sua família. Em nota, o juiz disse que irá “implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado”. A base de sua gestão será o texto com 70 propostas legislativas para combater a corrupção, feitas por especialistas sob a coordenação da Transparência Internacional e da FGV. Políticos e juízes se dividiram sobre a nomeação. (PÁGINAS 4 a 6)
Heleno diz que há indícios de novo atentado
Segundo o futuro ministro da Defesa, inteligência detectou preparação de ‘ato terrorista’ contra Bolsonaro
O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, disse que o serviço de inteligência descobriu indícios do planejamento de “ato terrorista’’ contra Bolsonaro. Ele não detalhou o autor do plano nem as providências tomadas pelas autoridades. O esquema de segurança da posse já está sendo preparado. (PÁGINA 8)
CPMF pode ser recriada para financiar Previdência
A equipe econômica do presidente eleito quer criar um imposto sobre movimentação financeira para custear a Previdência, substituindo a contribuição sobre a folha salarial paga pelos empregadores, informa MARCELLO CORRÊA. Segundo Marcos Cintra, responsável pela área tributária na equipe de Paulo Guedes, a alíquota seria de 0,4% a 0,45% em cada operação. O ministro da Defesa, general Luna, disse que as Forças Armadas terão uma proposta de reforma que ampliará o tempo de contribuição dos militares. (PÁGINAS 15 e 16)
Magno Malta deve ganhar Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (PÁGINA 7)
Polícia Federal entra no caso Marielle para investigar a investigação
PGR pede que se apure denúncia de obstrução
CHICO OTAVIO, VERA ARAÚJO E ANDRÉ DE SOUZA
Após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal vai entrar no caso Marielle para apurar se agentes públicos estão obstruindo as investigações sobre a execução da vereadora e de seu motorista. Em entrevista ao GLOBO, publicada ontem no site, pouco antes do anúncio da entrada da PF na história,o miliciano Orlando de Curicica,suspeito de envolvimento no duplo homicídio e preso em Mossoró (RN), acusa integrantes da Polícia Civil de receber propina da contravenção para não elucidar crimes no Rio. (PÁGINA 9)
Colunistas
MERVAL PEREIRA
Moro terá condição de fazer ‘Plano Real’ contra a corrupção (PÁGINA 2)
MÍRIAM LEITÃO
Moro no governo que terá o PP e investigados em sua base (PÁGINA 16)
Gabriela Hardt: Juíza inflexível assume lugar de Moro até chegada de novo titular (PÁGINA 6)
Witzel descarta filho de Crivella, e prefeito rebate: ‘Arrogante’ (PÁGINA 12)
Tiro certo nos negócios
Rildo Anjos,presidente de clube de tiro em São Gonçalo,diz que demanda por treino cresceu com violência e debate em torno da liberação de armas. (PÁGINA 12)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Moro recebe ‘sinal verde’ e promete agenda anticrime
Bolsonaro diz que juiz terá liberdade na Justiça; combate à corrupção e ao crime organizado será prioridade
Confirmado como ministro da Justiça do futuro governo de Jair Bolsonaro, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que pretende implementar uma “forte agenda anticorrupção e anticrime”. Bolsonaro definiu Moro como “um soldado que está indo à guerra sem medo de morrer” e disse que o ministro terá “sinal verde” e “ampla liberdade” para exercer seu trabalho. Moro vai assumir uma pasta ampliada e com órgãos de combate à corrupção atualmente abrigados em outros ministérios, como a Polícia Federal e parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Em nota oficial, Moro informou que vai se afastar imediatamente das ações da Operação Lava Jato na 13.ª Vara Federal, em Curitiba. Atualmente, o magistrado preside 25 processos vinculados à operação. Para ingressar no governo, Moro terá de pedir exoneração do cargo de juiz, função que exerce há 22 anos. A condição de ministro da Justiça, no entanto, abre caminho para sua indicação a uma futura vaga no STF. (POLÍTICA / PÁGS. A4, A6 e A8)
Com reformas, PIB pode crescer 2,5%, dizem analistas
Se o novo governo aprovar reformas, especialmente a da Previdência, e acelerar os programas de concessões, o crescimento da economia deve ficar entre 2% e 2,5% em 2019, segundo economistas ouvidos pelo Estado. O cenário leva em conta dúvidas dos especialistas sobre a governabilidade de Jair Bolsonaro e sua capacidade de obter apoio para as mudanças. Se ele conseguir melhorar as contas públicas e reduzir a dívida, o PIB poderia crescer até mais de 3%, acreditam. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Recuo na Agricultura
Após repercussão negativa entre ruralistas, Jair Bolsonaro voltou a dizer que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente podem ser mantidos separados em seu governo. (PÁG. B3)
Doria põe vice na articulação do governo
O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), para a Secretaria de Governo, órgão pelo qual passam todos os projetos do Executivo. Doria deve convidar para o secretariado nomes que não conseguiu levar para a Prefeitura da capital, em 2016. (PÁG. A9)
‘O Paulo Guedes é o meu ídolo”
Homem forte do governo Bolsonaro ao lado de Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) nega desentendimento com Guedes. “Está tudo na paz do Senhor”, disse a Vera Rosa. Apesar da agenda carregada como coordenador de transição, Onyx, de 64 anos, se exercita diariamente: ele corre 5 km em 30 minutos. (PÁG. A9)
Governo Temer faz seu 1º leilão de rodovia (ECONOMIA / PÁG. B5)
PF investiga grupo que barra apuração sobre Marielle
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que a PF vai investigar a existência de um grupo articulado para impedir a apuração do assassinato de Marielle Franco, em março. Dois detentos denunciaram ação de agentes públicos, milicianos e contraventores que atingiria a chefia da Polícia Civil do Rio. Delegado nega. (METRÓPOLE / PÁG. A11)
Notas & Informações
Fernando Gabeira
Associação entre PT e minorias trouxe para elas a desconfiança do homem comum. Faria bem um tempo de reflexão. (ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)
Eliane Cantanhêde
Moro pode ter o papel adicional de funcionar como escudo contra investidas verbais contra o estado democrático de direito. (POLÍTICA / PÁG. A6)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Moro aceita ser superministro de Bolsonaro e assume carreira política
Juiz declarou várias vezes que não deixaria a magistratura; ele ‘me ajudou a crescer politicamente’, afirma presidente eleito
Principal rosto e porta-voz da maior operação de combate à corrupção da história do país, o juiz federal Sergio Moro, 46, decidiu nesta quinta-feira (1°) desembarcar da Lava Jato e aderir ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Após conversa de cerca de duas horas no Rio, Moro aceitou o convite p ara chefiar o que está sendo chamado de superministério da Justiça. Isso o obrigará a abandonar a magistratura e os benefícios da carreira de juiz. “A perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão”, escreveu Moro em nota divulgada ontem. O Ministério da Justiça incluirá a Segurança Pública, a Polícia Federal e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), hoje na Fazenda. Estuda-se a inclusão de Transparência e Controladoria-Geral da União. Moro, que afirmou várias vezes que não entraria na política, foi sondado durante a campanha eleitoral. “O trabalho dele [Moro] foi muito bem feito… me ajudou a crescer, politicamente falando”, declarou o presidente eleito. A decisão de Moro causou reação do PT, que a considerou uma confirmação de que o juiz foi parcial no julgamento de Lula e de outros petistas. “Se estão reclamando, é porque fiz a coisa certa”, disse Bolsonaro. (Poder A4)
Novo governo confirma mudança de embaixada para Jerusalém
Jair Bolsonaro confirmou a jornal israelense que vai transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu elogiou “o passo histórico” do brasileiro. Para especialista, hár etrocesso na tradição diplomática do país. (Mundo A11)
Presidente eleito recua de fusão de Ambiente com Agricultura
Jair Bolsonaro disse que, “pelo que tudo indica”, os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, cuja ideia de fusão foi discutida, continuarão sep arados e que o primeiro será chefiado por alguém que não seja “xiita, como feito nos últimos governos”, na defesa ambiental. (Ambiente B4)
Corte em repasses deve prejudicar as exportações
A exportação de máquinas, equipamentos e bens de capital deve ser afetada pela redução de uma das principais linhas de financiamento para o setor, feita pelo Banco do Brasil. Neste ano, R$ 1,6 bilhão saiu do Orçamento para esse fim. Em 2019, a previsão é de R$640 milhões. (Mercado A14)
EUA falam em aliança militar com Brasil e Colômbia
Além do interesse em aliança por segurança e melhora da economia, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou uma série de medidas contra regimes de Venezuela, Cuba e Nicarágua. (Mundo A12)
Análise: Com Plano Real da Corrupção, juiz pode ser o FHC de Itamar (A8)
Colunistas
Renato Terra
Como ministérios, estamos fundidos Exultante, Bolsonaro ainda estuda a fusão da Ponte Preta com o Guarani e de Moraes Moreira com Alceu Valença. (Ilustrada C5)
Reinaldo Azevedo
Moro fulminou a classe política e já é o primeiro na fila de sucessão (A10)
Editoriais
Superministros
Sobre plano de Bolsonaro para reduzir n° de pastas.
No meio do mandato
Acerca de eleições legislativas nos Estados Unidos. (Opinião A2).
Redação