Jornais do Brasil nesta sexta feira 04 de janeiro
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04 de janeiro de 2019
O Globo
Manchete: Bolsonaro quer idade mínima de 62 para homem e 57 para mulher
Presidente afirma que ‘boa reforma é a que passa’ e que vai flexibilizar também o porte de arma
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que sua proposta de reforma da Previdência deve fixar uma idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e de 57 para mulheres, a ser implementada até 2022. Não ficou claro na fala, em entrevista ao SBT, se o patamar valeria para o serviço público e a iniciativa privada. Ele disse ainda que, além da posse, pretende facilitar também o porte de arma. Declarou ainda que pode ter uma parceria, até “bélica”, com os Estados Unidos. Sobre as movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio, Bolsonaro disse que ele vendia carros e “fazia rolo”, e que não tem relação com o caso. (PÁGINAS 4 e 19)
Governo já exonerou 3,4 mil servidores
Chefe da Casa Civil fala em ‘despetização’
Em três dias, o governo federal exonerou 3,4 mil servidores, a maior parte deles comissionados ou em funções com gratificação em pastas que foram extintas. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chamou a medida de “despetização” da máquina pública. Na primeira reunião ministerial, Bolsonaro determinou uma varredura nos últimos atos da gestão de Temer. (PÁGINA 6)
Projeto prevê menos faixas no IR; mais ricos pagariam 25%
A proposta que a equipe econômica prepara para a reforma do Imposto de Renda vai reduzir o número de alíquotas para as pessoas físicas. Uma das opções é fixar uma cobrança principal de 15% ou 20% para a maioria dos contribuintes, e outra, de 25%, para os mais ricos. A faixa de isenção deve ser ampliada. (PÁGINA 21)
Ética por escrito
Plano entregue pelo governador Wilson Witzel aos secretários tem 104 medidas a serem cumpridas em cem dias, e 99 até junho. Servidores precisam assinar termo de compromisso ético. (PÁGINAS 12 a 16)
‘Nova era’: Ministra Damares diz que menino veste azul, e menina, rosa; educadores criticam (PÁGINA 25)
Colunistas
MERVAL PEREIRA
Militares por trás da ascensão de Bolsonaro (PÁGINA 2)
MÍRIAM LEITÃO
Lua de mel na política depende da economia (PÁGINA 20)
Brasil deve propor medidas duras contra a Venezuela (PÁGINA 23)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Idade mínima pode ser de 57 e 62 anos para aposentadoria
Bolsonaro apresentou números em estudo por sua equipe para mulheres e homens, respectivamente
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que pretende aproveitar parte da proposta de reforma da Previdência enviada ao Congresso pelo governo Temer, mas que vai “rever alguma coisa”. Na primeira entrevista após a posse, ao SBT, ele acenou com regras mais brandas do que as previstas no texto em tramitação. Segundo Bolsonaro, a ideia é fixar idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e 57 para mulheres, com período de transição. Hoje, há duas formas de se aposentar no Brasil: por idade, com a exigência de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de contribuição ao INSS, ou por tempo de contribuição, com um mínimo de 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres). A reforma que está pronta para ser votada na Câmara institui idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com regra de transição, e acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.
(ECONOMIA / PÁG. B1)
PSL articula oposição a Renan no Senado
Após declarar apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, o PSL, partido de Jair Bolsonaro, tenta evitar que Renan Calheiros (MDB-AL) volte a presidir o Senado. O PSL articula a formação de um consenso entre os senadores que se lançaram à presidência da Casa e fazem oposição a Renan. A ideia é que abram mão de suas candidaturas assim que um dos senadores despontar nas intenções de voto.
(POLÍTICA / PÁG. A4)
Chefe da OMC defende acordos bilaterais
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, defendeu ontem, após encontro com Bolsonaro, a priorização de acordos bilaterais – como pretende o novo governo. Azevêdo sempre foi defensor de discussões multilaterais.
(ECONOMIA / PÁG. B4)
Moro descarta envio imediato de tropas ao CE
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, negou o envio imediato de tropas federais para o Ceará, conforme pedido pelo governador Camilo Santana (PT) após série de crimes. Os ataques começaram depois que o secretário da Administração Penitenciária disse que presos não serão separados por facções.
(METRÓPOLE / PÁG. A13)
Sob nova direção
Presidente Jair Bolsonaro comanda sua primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto (acima), nome do novo Ministério da Economia é afixado em prédio na Esplanada e cadeiras com assentos vermelhos são substituídas por unidades com assentos azuis no Palácio da Alvorada.
(POLÍTICA / PÁGS. A6 e A8)
‘Queiroz tem de se explicar’, diz presidente (Política / Pág. A8)
Petrobrás deve acabar com subsídios (Economia / Pág. B3)
Bolsa sobe e dólar fica abaixo de R$ 3,80 (Economia / Pág. B5)
Onyx: últimos atos de Temer foram ‘incomuns’ (Política / Pág. A6)
Eliane Cantanhêde
Observando as posses, os discursos e a bajulação, os ministros militares estão entre os mais sensatos.
(POLÍTICA / PÁG. A6)
Elena Landau
A pauta reformista liberal definirá o sucesso do governo de Jair Bolsonaro. E não em quatro anos, mas em quatro meses.
(ECONOMIA / PÁG. B4)
Notas & Informações
A perigosa ilusão do Plano B Sem eliminar ou atenuar sensivelmente o problema do gasto previdenciário, o governo será incapaz de avançar com segurança em qualquer outra agenda.
(PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Em 1ª reunião, governo crítica a gestão Temer
A primeira reunião ministerial de Jair Bolsonaro (PSL) terminou sem o anúncio de medidas prioritárias do governo e com críticas à gestão de Michel Temer (MDB). O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, centrou seu discurso em suspeitas contra o antecessor do atual presidente. Segundo o ministro, foi identificada “movimentação incomum de nomeações, exonerações e recursos destinados a ministérios” no final do mandato de Temer, o que causou estranheza na equipe de Bolsonaro. O presidente pediu a revisão de todos esses atos. Repetindo o discurso da “despetização” da máquina pública, Onyx disse que “faltou coragem” a Temer para “limpar a casa” antes de sair e demitir servidores supostamente ligados ao PT. Ontem, ele exonerou de seu ministério mais de 300 funcionários em cargos de confiança. Onyx havia se comprometido a divulgar as prioridades para os primeiros dias do novo governo, mas não o fez. Principal bandeira de Paulo Guedes (Economia), a reforma da Previdência, mesmo sem ter sido definida, será realizada, segundo o chefe da Casa Civil. (Poder A4)
Para partidos, ‘plano B’ de Guedes não tem chance
Líderes dos principais partidos políticos na Câmara fizeram críticas ao “plano B” mencionado pelo ministro Paulo Guedes para a reforma da Previdência. Eles veem chances mínimas de aprovação de uma emenda constitucional que desvincule os gastos do Orçamento federal, como sugerido pelo ministro. A afirmação foi vista como nova ameaça a congressistas. (Mercado A14)
Novo governo
Presidente fala de idades mínimas de 62 e 57 anos para aposentadoria (A 14)
Eleito usou 1/4 de suas postagens para criticar imprensa e esquerda (A10)
Vélez indica para pasta da Educação ex-alunos sem experiência em gestão (B3)
Ministério do Meio Ambiente enxugará área de mudança climática (B6)
Bruno Boghossian
‘Nova era’ começa com medidas de atraso (A2)
Fernanda Torres
A ordem prometida tem raízes profundas (C3)
No Senado, alinhamento com governo será integral
Candidato do PSL ao comando do Senado, Major Olímpio defende autonomia do Legislativo em relação ao Judiciário, mas promete alinhamento “total e integral” com o governo Jair Bolsonaro caso assuma o comando da Casa. O senador tenta fazer um aceno aos partidos da oposição, mas diz que não procurará o PT. (Poder A6)
‘Menino veste azul e menina veste rosa’, diz Damares
A ministra da Família aparece em vídeo afirmando existir uma “nova era no Brasil”, na qual “menino veste azul e menina veste rosa”. Ela repete a frase e é aplaudida. As declarações foram alvo de críticas nas redes sociais. (Poder A8)
Para 49%, saúde deve piorar sem médicos cubanos (Cotidiano B1)
Editoriais
O pacote de Moro
Sobre prisão de condenados em segunda instância.
O tal globalismo
Acerca de teses nacionalistas do novo chanceler. (Opinião A4).
Redação