Jornais do Brasil nesta sexta feira 10 de agosto

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10 de agosto de 2018

O Globo

Manchete: Um assassinato a cada dez minutos

Número de mortes violentas cresce com expansão da guerra de facções criminosas no país

Pelo segundo ano seguido, o número de homicídios no Brasil cresceu e ultrapassou a taxa de 30 mortes violentas por 100 mil habitantes. A média mundial é de 7,5. Foram 63.880 assassinatos. Segundo pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgou o 12º Anuário com dados da área no país, a expansão da guerra entre facções criminosas do Rio e de São Paulo para o Norte e o Nordeste é a principal causa do aumento das mortes violentas. O número de mulheres vítimas de homicídio cresceu 6,1% (4.539) e os casos de feminicídio subiram 21,9% (1.133) em relação a 2016. (PÁGINA 4)

Facções endinheiradas vencem a luta contra estados endividados (PÁGINA 4)

FLÁVIA OLIVEIRA

Omissão ajuda a perpetuar violência contra a mulher (PÁGINA 3)

Bancos públicos perdem espaço no crédito

A fatia dos bancos públicos na concessão de crédito encolheu. Em junho, as instituições federais representavam 53% do saldo de empréstimos. Em 2015, chegaram a 55,8%, percentual recorde. Para o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, o foco agora é rentabilidade. (PÁGINA 15)

Efeito cascata de reajuste no STF chega a R$ 4,5 bi

O efeito cascata do reajuste salarial dos ministros do STF, se aprovado, pode impactar os cofres públicos em R$ 4,5 bilhões, ao gerar aumentos para outras categorias. Alguns ministros do STF se dispõem a discutir o fim do auxílio-moradia. (PÁGINA 8 e editorial “A verdadeira discussão sobre salários do STF)

TSE volta a dar detalhes dos bens dos candidatos

Alvo de críticas por falta de transparência, ao dar apenas informações genéricas sobre o patrimônio dos candidatos, o Tribunal Superior Eleitoral recuou e voltou a tornar pública a declaração detalhada. TSE diz que modificação, feita na gestão anterior, foi tentativa de dar “mais agilidade ao sistema”. (PÁGINA 7)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Passar incólume pela Lava-Jato é trunfo de Marina (PÁGINA 2)

MÍRIAM LEITÃO

Eleição deste ano é anormal e imprevisível (PÁGINA 16)

NELSON MOTTA

Luta política hoje opõe corruptos e extremistas (PÁGINA 3)

‘Família é homem e mulher’, diz Eymael, do DC (PÁGINA 6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Em debate morno, Bolsonaro é poupado e Alckmin, pressionado

Líder das pesquisas nos cenários sem Lula, candidato do PSL foi menos questionado do que o tucano Geraldo Alckmin

No primeiro debate da disputa pela Presidência, os candidatos evitaram, na maior parte do tempo, o confronto direto. O encontro, na TV Bandeirantes, foi morno. A expectativa de que Jair Bolsonaro (PSL) fosse o principal alvo não se confirmou. O único ataque direto contra ele partiu de Guilherme Boulos (PSOL), no início. Depois, Bolsonaro foi poupado. Dono da maior coalizão, Geraldo Alckmin (PSDB) foi alvo de provocações dos rivais. Bolsonaro lidera as pesquisas nos cenários sem a presença do ex-presidente Lula, que mesmo preso e condenado na Lava Jato foi oficializado como candidato do PT. Além de Bolsonaro, Alckmin e Boulos, participaram Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e Cabo Daciolo (Patriota). (POLÍTICA / PÁGS. A8 e A9)

Vera Magalhães

O temor demonstrado pelas assessorias se manifestou no debate: nenhum dos principais candidatos confrontou pesadamente Jair Bolsonaro quando teve oportunidade. (PÁG. A9)

Marcelo de Moraes

Bolsonaro exibiu um figurino novo e saiu do debate sem desgastar seu patrimônio. Para os outros candidatos, sobrou a lição de que precisam ter algum tipo de plano. (PÁG. A9)

Ruralistas mudam MP e benesse de R$ 17 bi retorna

Em articulação rápida, a bancada ruralista no Congresso mudou medida provisória do governo e restabeleceu renegociações de refinanciamento de dívidas do setor que podem custar R$ 17 bilhões aos cofres públicos. A área econômica havia reduzido o alcance e o custo da MP para R$ 1,6 bilhão. O novo texto, porém, restituiu todos os pontos vetados pelo governo e ampliou os benefícios. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Benefício fraudulento do INSS pode ter bloqueio rápido

O governo vai acelerar a suspensão de pagamentos de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) do INSS considerados irregulares. Com a medida, benefícios com suspeita de fraude poderão ser imediatamente bloqueados. Hoje, o processo de suspensão demora cerca de um ano. O decreto tem como alvo 151 mil benefícios com problemas já identificados e que custam R$ 150 milhões por mês. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Violência cresce e País tem 63 mil assassinatos

A violência alcança um recorde no Brasil em 2017. Dados divulgados ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com informações das secretarias estaduais de Segurança e Polícias Civis, mostram que houve 63.880 assassinatos, o equivalente a 175 mortes por dia, numa alta de 3,7% ante 2016. O número absoluto desse tipo de crime é o maior entre todos os países do estudo e a taxa de 30,8 registros por 100 mil habitantes põe o País no topo da violência mundial. A alta é puxada por 12 Estados, 9 deles das Regiões Norte e Nordeste, onde o efeito das disputas de facções criminosas foi sentido com maior intensidade. A maior taxa é do Rio Grande do Norte – 68/100 mil habitantes. São Paulo tem a menor, 11,1. Os estupros passam dos 60 mil, média de 164 casos por dia. (METRÓPOLE / PÁGS. A15 a A17)

Eliane Cantanhêde

Assassinatos, estupros e pancadaria contra mulheres são doenças da sociedade. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Aumento de salário do STF gera despesa de R$ 4,1 bi

Cálculo das consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado mostra que o reajuste de 16,38% que os ministros do STF querem aprovar no próprio salário para 2019 pode gerar despesa de até R$ 4,1 bilhões, a ser dividida entre a União e os Estados. A decisão caberá ao Senado. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse que é preciso ter recursos orçamentários para aprovação da proposta. (POLÍTICA / PÁG. A4)

Assessor dos Kirchners admite ter usado caixa 2 (INTERNACIONAL / PÁG. A12)

Fernando Gabeira

Se a esquerda está resignada a perder agora para ressurgir adiante, é um equívoco. (ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)

Notas & Informações

Suprema insensibilidade

Com escandaloso desprezo pelo interesse público, juízes do Supremo Tribunal Federal decidiram por 7 votos a 4 propor a elevação de seus próprios salários. (PÁG. A3)

A materialidade do crime

O PT aposta que os brasileiros ou são todos néscios ou não têm memória. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Reajustes devem acarretar gasto extra de R$ 42 bi em 2019

Salários de servidores e benefícios podem consumir 70% da folga no teto de despesas no início do novo governo

Com o aumento para juízes, reajustes de outras categorias e correção de pensões, aposentadorias e benefícios, o novo governo terá conta extra de R$ 42,1 bilhões. O valor equivale a 70% dos R$ 59,3 bilhões permitidos como despesas adicionais no próximo ano, conforme a regra do teto de gastos. O cálculo considera R$ 1,4 bilhão da aprovação do reajuste salarial de ministros do Supremo Tribunal Federal, que precisa ter a chancela do Congresso, e os efeitos sobre o Judiciário federal. Outros R$ 14,7 bilhões virão da alta estimada pela regra do salário mínimo sobre os gastos previdenciários. Na conta ainda há R$ 26 bilhões da folha de pessoal ativo e inativo e do reajuste prometido aos servidores. Sobrariam R$ 17,2 bilhões para outros gastos, como saúde e educação. (Mercado A15)

Salários de ministros do STF tiveram perda real de 15% em 4 anos (Poder A10)

TSE recua e mudará modelo de declaração de bens de candidatos

O Tribunal Superior Eleitoral vai alterar o sistema de registro de candidaturas para que políticos voltem a ter de detalhar os bens que possuem. Na quarta (8), a Folha revelou que mudanças feitas pelo tribunal restringiam a transparência em relação ao patrimônio dos candidatos. (Poder (A 8)

Morte violenta no Brasil cresce 3% em 2017 e atinge recorde

A taxa de mortes violentas intencionais no Brasil subiu 3% e atingiu 30,8 por 100 mil habitantes em 2017. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 63.880 pessoas morreram no país dessa forma. É o pior índice da série histórica, iniciada em 2013. Foram em média 175 assassinatos por dia. (Cotidiano B1)

Hélio Schwartsman

Não são apenas os juizes os privilegiados

No Brasil, se dá bem quem tem um lobby forte no Congresso. E não há categoria com um lobby tão bom como a dos advogados. O novo Código de Processo Civil ampliou os mimos oferecidos aos advogados. Eles agora têm caráter de crédito privilegiado. (Opinião A2)

Maluf, em prisão domiciliar, usa o telefone celular

Em prisão domiciliar, o deputado Paulo Maluf (PPSP) continua usando o celular. Ontem, ele atendeu a uma chamada da Folha às 10h20 e disse: “Pode ligar sempre”. A defesa do deputado diz ter sido pega de surpresa e desconhecer as circunstâncias de uso do telefone. (Poder A4)

Temer sanciona lei que institui valores mínimos para frete; agronegócio recorre (Mercado A19)

Rússia expande controle de satélites com base no Brasil

A rede de bases de controle de satélites russa, sua versão do Sistema de Posicionamento Global (GPS), será expandida com a abertura de uma quinta estação no Brasil. Ela será instalada na região Norte, segundo a Agência Espacial Brasileira. (Mundo A14)

Editoriais

Acinte federal

Sobre proposta de reajuste salarial para magistrados.

Dúvidas legislativas

Acerca de tipificação de crimes de natureza sexual. (Opinião A2).

Redação