Jornais do Brasil nesta sexta feira 10 de novembro

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jornais10 de novembro de 2017

O Globo

Manchete: Aécio destitui Tasso, e crise no PSDB se aprofunda

Decisão sobre apoiar ou não governo Temer divide partido

Alckmin afirma que não foi consultado e é contra mudança no comando da sigla. Senador cearense acusa mineiro de ‘apoiar o fisiologismo’

A decisão do senador Aécio Neves (MG) de destituir o colega Tasso Jereissati (CE) da presidência do PSDB aprofundou a divisão entre as duas alas do partido. O cearense, que disputará o comando da sigla em eleição daqui a um mês, saiu atirando e acusou o mineiro de “apoiar o fisiologismo do governo Temer”. Aécio disse que só retirou Tasso para manter a isonomia na disputa contra Marconi Perillo (GO), ligado a ele e também defensor da permanência dos tucanos no governo Temer. O novo presidente interino é Alberto Goldman. O governador Alckmin (SP), principal pré-candidato tucano ao Planalto, disse que não foi consultado e que, “se fosse, teria sido contra”. (Pág. 3)

MERVAL PEREIRA

Tudo indica que o partido está ferido de morte. (Pág. 4)

RICARDO NOBLAT

A Velha Política esperneia e resiste a ceder lugar à Nova. (Pág. 3)

PAULO CELSO PEREIRA

Resta saber o que sobrará da sigla após a guerra interna. (Pág. 3)

Novo chefe da PF vai trocar toda a cúpula

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, decidiu trocar todo o comando da instituição. Para o cargo de diretor executivo, o segundo mais importante, deverá ser nomeado o delegado Sandro Avelar, que foi candidato a deputado federal pelo PMDB em 2014, mas não se elegeu. (Pág. 5)

Plano é preservar 50% da reforma

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quer garantir pelo menos metade da economia prevista no projeto original de reforma da Previdência, e o governo aceita ampliar o limite para acúmulo de benefícios. (Pág. 21)

Nova Ficha Limpa pode ser revista

Para evitar a cassação de políticos no exercício do mandato, líderes partidários querem reverter decisão do STF que determina a aplicação da Ficha Limpa aos casos de condenados antes da aprovação do projeto. (Pág. 4)

CPI obriga artista nudista a ir depor

A CPI do Senado que investiga supostos maus-tratos a menores em espetáculos artísticos aprovou a condução coercitiva para o coreógrafo que fez performance nudista em São Paulo. (Segundo Caderno)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Aécio destitui Tasso e amplia racha dentro do PSDB

Presidente licenciado da sigla, senador mineiro alega buscar ‘isonomia’ para eleições internas, em dezembro

Num movimento surpreendente, o senador Aécio Neves (MG) destituiu o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB e expôs uma guerra interna sem precedentes a um mês da convenção que vai definir a nova direção do partido. Presidente licenciado da legenda, Aécio usou o estatuto e indicou para o cargo o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. Tasso e Aécio tiveram uma discussão dura na tarde de ontem. O senador mineiro pediu ao colega que renunciasse ao cargo para que houvesse “isonomia” na disputa pela presidência da legenda – o outro candidato é o governador Marconi Perillo (GO). Tasso rebateu: “Você prorrogou seu mandato de presidente do partido sem consultar a Executiva”. Por trás da crise há o embate entre a ala “governista” do PSDB e os que pregam o rompimento com Michel Temer. (POLÍTICA / PÁGS. A4 a A6)

Entrevista: Aloysio Nunes, MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

‘Desse jeito, vamos dar a Presidência ao Lula em 2018.’ (PÁG. A6)

ANÁLISES

Vera Magalhães

Até onde um partido pode ir para se desmoralizar? (PÁG. A4)

Eliane Cantanhêde

Com que autoridade Aécio pode destituir Tasso Jereissati? (PÁG. A6)

Escolha do diretor da PF enfraquece ministro

A ida de Fernando Segóvia para o comando da Polícia Federal enfraqueceu o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que queria emplacar Rogério Galloro no cargo. Ele acabou ficando com a Secretaria Nacional de Justiça. Nos bastidores, o PMDB fez pressão para que o sucessor de Leandro Daiello fosse ligado ao partido. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Maia quer que Temer negocie Previdência com líderes

Sem a garantia de que conseguirá os 308 votos necessários, o governo tenta deixar com a Câmara a responsabilidade por aprovar a reforma da Previdência ainda este ano. Deputados, porém, pressionam para que o governo reorganize sua base. Rodrigo Maia sugeriu que Temer chame líderes partidários para ouvir demandas e “angústias”. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

Sem nova obra, Avançar inclui projetos na mira do TCU

Nova versão do programa Avançar, lançada ontem pelo governo federal, lista 7.439 obras de infraestrutura, com 34 projetos prioritários. Nenhum destes, no entanto, é novo, e 11 foram enquadrados no critério de “indícios de irregularidades graves” do Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou ao Congresso a paralisação das obras. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Celso Ming

Desempenho mais baixo da agricultura em 2018 poderá ser compensado em outras áreas. (ECONOMIA / PÁG. B2)

Conselho flexibiliza as normas para barriga de aluguel

Sobrinhas e filhas de mulheres impossibilitadas de levar uma gravidez adiante poderão atuar como barriga de aluguel, segundo o Conselho Federal de Medicina. A regra hoje vale para mãe, avós, tias e primas da paciente. Solteiros também poderão recorrer ao método e será permitido que pessoas sem problemas reprodutivos congelem gametas e embriões. (METRÓPOLE / PÁG. A12)

Escolas particulares de SP criticam Base Curricular (Metrópole / Pág. A15)

Previ vai adotar nova política de investimentos (Economia / Pág. B5)

Notas & Informações

A reforma da igualdade

A força necessária para o governo aprovar a reforma da Previdência pode estar na decisão de não ceder às pressões de algumas categorias do funcionalismo. (PÁG. A3)

A troca no comando da PF

O que há de concreto sobre Fernando Segóvia é boa ficha de serviços prestados ao País. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete Aécio destitui Tasso e amplia o embate no PSDB

Mineiro diz que saída do rival, que atuava como presidente interino do partido, garante isonomia à disputa pelo posto

Pressionado por ministros tucanos, o senador Aécio Neves (MG) destituiu o interino Tasso Jereissati (CE) da liderança do PSDB. Presidente licenciado da sigla, o parlamentar diz que o objetivo ê garantir isonomia na disputa pelo comando do partido. O senador Jereissati e o governador de Goiás, Marconi Perillo, disputarão o posto em convenção marcada para o dia 9 de dezembro. Aliados de Aêcio, que apoia Perillo, acusam Tasso de usar a estrutura partidária para promover sua candidatura. Além disso, estão descontentes com a posição contrária ao governo Michel Temer do senador cearense. Aécio foi pessoalmente ao gabinete de Tasso para pedir que ele deixasse o cargo, mas ouviu que teria de retirá-lo. Ríspida, a conversa se estendeu atê o corredor. O PSDB desses caras não ê o meu. E não ê o do Fernando Henrique, do Mário Covas,” afirmou o cearense. Na avaliação de tucanos, o gesto do mineiro deu sobrevida aos quatro ministros do partido no governo. Há um racha interno sobre permanecer ou não com Temer. O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman assumirá o cargo interinamente atê a convenção. (Poder A4)

Temer selou com Sarney e Jucá novo nome para a PF

Temer recebeu o ex-presidente José Sarney fora de sua agenda oficial para acertar a nomeação do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia. Antes, havia se reunido com o ministro Moreira Franco e o senador Romero Jucá.
Torquato Jardim (Justiça), que chefia a PF, não participou da escolha. (Poder A6)

Eletrobras venderá seis distribuidoras por R$ 50 mil cada

O governo cobrará R$ 50 mil por cada uma das seis distribuidoras controladas pela Eletrobras. Antes da privatização, a estatal terá que assumir R$ 11 bilhões em dívidas. Os concessionários terão de aportar de imediato R$ 2,4 bilhões nas empresas. Localizadas nas regiões Norte e Nordeste, elas têm sido fonte de prejuízo. (Mercado A15)

Aeroporto de Confins vai à Justiça contra Pampulha, em MG (Mercado A20)

M. Lisboa e S. Pessoa

Corrigir os equívocos do Inovar-Auto, incentivo ao setor automotivo que termina em 2017, não sei á fácil. Podemos insistir na tática do avestruz, que enfia a cabeça no buraco para não lidar com o problema. Ou começar a enfrentá-lo para que, finalmente, a indústria possa caminhar com as próprias pernas. (Mercado A20 )

Redução de alunos surdos tem diferentes explicações

O gráfico da prova do Enem que mostrou queda de matrículas de alunos surdos no país pode ser explicado por pelo menos dois fatores além da evasão escolar, indica análise da Folha. Desde 2012, com mais acesso a tratamentos, vem caindo o número de estudantes que adquirem surdez ao longo da vida. A transição demográfica do Brasil também reduziu, de maneira geral, o número de crianças em idade escolar. (Cotidiano B1)

Editoriais

Leia “Golpe de Itararé”, sobre malabarismos retóricos de Lula, e “O que puder dificultar”, a respeito de bloqueio de informações pela Prefeitura de SP. (Opinião A2).

Redação