Jornais do Brasil nesta sexta-feira 14 de setembro

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14 de setembro de 2018

O Globo

Manchete : Dólar é recorde desde o Plano Real

Moeda americana atingiu R$ 4,195 com turbulência política, apesar do alívio de cenário externo

O cenário eleitoral incerto acelerou a valorização do dólar comercial, que atingiu R$ 4,195, a maior cotação em fechamento dos últimos 24 anos, desde o início do Plano Real. Na máxima de ontem, a moeda chegou a ser negociada a R$ 4,20.

Ainda que o cenário externo trouxesse certo alívio, com o Banco Central da Turquia elevando juros e a inflação americana abaixo do esperado, os investidores reagiram a notícias do mundo político, como a expectativa de melhora do candidato petista Fernando Haddad nas pesquisas eleitorais e a nova cirurgia do líder da disputa, Jair Bolsonaro (PSL). (Página 17)
Bolsonaro está impedido até de gravar vídeos

Em recuperação da segunda cirurgia, Jair Bolsonaro estáforadas ruas e das redes sociais, e não pode nem gravar vídeos. (Página 4)
Merval Pereira

Alckmin e Marina esperam a reta final (Página 2)
Bernardo Mello Franco

O arrependimento dos tucanos (Página 5)
A novidade na corrida eleitoral são as mulheres (Página 3)

Alckmin ataca ‘vários tons de vermelho’ de seus adversários

Na sabatina da série organizada por O GLOBO, Valor Econômico e revista Época, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) disse ser a melhor alternativa “aos vários tons de vermelho”, referindo-se aos adversários que se valem da figura de Lula para buscar votos. (Páginas 8 e 9)

Ao assumir STF, Toffoli prega paz, prudência e pluralidade

Em seu discurso de posse na presidência do STF, o ministro Dias Toffoli enfatizou a importância da pacificação do país e o “estímulo às soluções consensuais, à mediação e à conciliação.”

Toffoli, que citou os roqueiros Cazuza e Renato Russo, pregou a prudência dos juízes e a harmonia entre os poderes. Ele comandará o Supremo e o Conselho Nacional de Justiça por um período de dois anos. (Página 7)
Cresce número de diplomados em vagas sem qualificação

Mesmo durante a recessão, entre 2014 e 2017, 2,2 milhões de trabalhadores com curso superior entraram no mercado de trabalho, ou seja, ficaram imunes ao desemprego. Porém, nesse grupo, 1,3 milhão só conseguiu vagas que exigiam no máximo nível médio ou técnico. (Página 19)

Prefeitura retém R$ 19 milhões de repasses a saúde

A ABBR, que teve retido R$ 1,3 milhão relativo à verba do SUS, não foi a única vítima da prefeitura do Rio, que deixou de repassar, no total, R$ 19 milhões de recursos da União destinados à saúde pública a 46 clínicas e unidades privadas. (Página 10)
Justiça determina 15% de pagamentos feitos pelo INSS (Página 20)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Dólar fecha em R$ 4,20, maior valor do Plano Real

Incerteza eleitoral, especialmente após nova cirurgia de Bolsonaro, fez moeda disparar; Bolsa recuou 0,58%

A apreensão com a disputa eleitoral, especialmente após o candidato Jair Bolsonaro (PSL) passar por uma cirurgia de emergência, e a expectativa de novas pesquisas de intenção de voto levaram o dólar a avançar 1,17% ontem, chegando perto da casa dos R$ 4,20 (R$ 4,1998). É o maior valor nominal (sem contar a inflação) desde a implementação do Plano Real, em 1994. A cautela do mercado também fez a Bolsa recuar 0,58%, apesar do cenário externo favorável aos países emergentes – com exceção da Argentina, que registrou novo enfraquecimento do peso em relação à moeda americana. Segundo analistas, diante das incertezas mostradas nas pesquisas, em que o segundo lugar é disputado por Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), muitos investidores preferem ficar fora do risco Brasil, o que ajuda na disparada do dólar. (ECONOMIA / PÁG. B1)

Varejo cai pelo 3º mês seguido

A incerteza com os rumos da política e da economia, a inflação pressionada e o mercado de trabalho em crise voltaram a atingir o comércio. As vendas do varejo caíram 0,5% em julho ante junho. Foi a terceira queda mensal seguida. (PÁG. B4)

2ª cirurgia fragiliza campanha de Bolsonaro

A segunda cirurgia a que Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido tornou a recuperação mais demorada e deixou em suspenso a campanha do candidato do PSL. A cúpula bolsonarista está virtualmente paralisada. O maior receio é de que se consolide uma imagem de fragilidade. O deputado Major Olímpio (PSL) disse que “o que vai ditar o que fará Bolsonaro é a orientação médica, e não o calendário eleitoral”. (POLÍTICA / PÁG. A4)

‘Villas Bôas não falou nenhum impropério’, diz Alckmin

Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu ontem o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. O militar disse, em entrevista ao Estado, que a legitimidade do novo governo “pode até ser questionada”. “Ele não disse nada fora do comum, nenhum impropério. É um democrata”, afirmou Alckmin. O tucano disse ainda que a “eleição está aberta” e que nem Bolsonaro tem lugar garantido no segundo turno. (POLÍTICA / PÁG. A9)

Mourão defende nova Constituição sem eleitos

Candidato a vice na chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão (PRTB) disse ontem que o País precisa de uma nova Constituição, elaborada por “notáveis” e aprovada em plebiscito, sem a eleição de uma Assembleia Constituinte. O militar também afirmou que aguarda decisão “somente de Bolsonaro” sobre a hipótese de substituí-lo em debates, tema que dividiu a cúpula da campanha. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)

‘É preciso insistir nas reformas’

Em discurso no Estadão Empresas Mais, o ministro Eduardo Guardia (Fazenda) disse que o País pode acelerar o ritmo de crescimento se persistir nas reformas. Como condições, ele citou solução da crise fiscal, reformas microeconômicas, retomada dos investimentos e abertura comercial. Raízen e Raia Drogasil venceram o Empresas Mais. (ECONOMIA / PÁGS. B12 e B13)

Eliane Cantanhêde

Com Toffoli no STF, a eleição de Haddad seria a porta aberta para que Lula deixe a prisão em 2019 e volte ao poder. (POLÍTICA / PÁG. A6)

Elena Landau

É fundamental que indicações para as agências reguladoras tenham a mesma seriedade das escolhas do BC e da CVM. (ECONOMIA / PÁG. B5)

Notas&Informações

O desastre antecipado

O risco de eleição de um candidato sem compromisso com reformas amplifica os efeitos dos conflitos no comércio internacional e da alta dos juros nos EUA. (PÁG. A3)

Respeito ao Legislativo

Ao rejeitar recurso sobre o reconhecimento oficial do ensino domiciliar, o STF respeitou competências do Legislativo. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Despesa do Judiciário com salários sobe na crise

De 2014 a 2017, intervalo em que a economia do país encolheu 5,6%, folha de pagamento do Poder cresceu 11%

O gasto do Poder Judiciário do país com a folha de pagamento cresceu 11% (ou R$ 8,1 bilhões) de 2014, ano do início da crise econômica, a 2017. No mesmo período, a economia se retraiu 5,6%. A despesa com salários, benefícios e penduricalhos subiu acima da inflação, mostra relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O documento reúne informações das Justiças Estaduais, Federal, do Trabalho e Militar e dos tribunais estaduais, regionais e superiores, excluindo somente o Supremo Tribunal Federal. Em 2017, a remuneração custou R$ 82,2 bilhões ao erário, um recorde. Há quatro anos, as despesas foram de R$ 74,1 bilhões, em valor atualizado pela inflação. “Se isso já é bastante difícil de conceber em tempos de normalidade, em momentos de crise chega a ser uma afronta ao interesse público”, diz Luciana Zaffalon, doutora em administração pela FGV, que estuda o tema. CNJ, Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) não se pronunciaram. (Mercado A19)

Vice de Bolsonaro quer Constituição sem Congresso

O agravamento do quadro de Jair Bolsonaro (PSL) praticamente descarta sua atuação física na campanha. Assim, cresce a disputa entre núcleos da candidatura. Seu vice, o general Hamilton Mourão defendeu que o país faça uma nova Constituição, não necessariamente em Assembleia Constituinte. (Eleições 2018 A4)

Foto-legenda : Relação comercial entre Brasil e China depende de abertura

Navio é carregado com soja no porto de Paranaguá (PR); o país asiático precisa de alimentos produzidos no Brasil, mas impõe taxas de importação para proteger seu mercado local e impedir a entrada de mais produtos estrangeiros (Caderno especial)

Campanha de vacinação com Xuxa não é exibida pela Globo

A Globo se recusou a veicular comerciais de campanha de vacinação com presença de Xuxa e da Galinha Pintadinha, ligadas a concorrentes. Segundo a emissora, a restrição se deve a menção ao governo em período eleitoral. (Cotidiano B1)

Tensão antes de nova pesquisa eleitoral eleva dólar a R$ 4,20

Na véspera da primeira pesquisa Datafolha após a oficialização da candidatura de Fernando Haddad (PT), o dólar subiu e fechou ontem a R$ 4,20. Sem considerar a inflação, é o maior valor nominal desde o Plano Real. (Mercado A26)

Lupi mantém cargo no Rio e coordena campanha de Ciro

Coordenador na campanha de Ciro Gomes, o presidente do PDT, Carlos Lupi, mantém emprego na Câmara do Rio. Para Lupi, em quem Ciro diz ter “confiança cega”, o cargo tem flexibilidade e não exige presença física. (Eleições 2018 A10)

Meirelles afirma ser o verdadeiro candidato do centro

Em sabatina da Folha em parceria com UOL e SBT, o candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, declarou que “o verdadeiro candidato do centro para ganhar a eleição” é ele, e não o tucano Geraldo Alckmin. (Eleições 2018 A12)

Reinaldo Azevedo

A democracia no país está cercada por tanques e togas

Tanques e togas tentam cercar a democracia brasileira. Há esforço para tratar o eleitor como débil mental. Generais, juízes e procuradores se arvoram em consciência crítica da brasileirada incapaz. Odeio invernos. Este também passará. (Eleições 2018 A8)

Editoriais

Sem mordaça

Acerca de questionamento a ações contra candidatos (A2)

Debate irremediável

Sobre disputa entre o SUS e farmacêutica dos EUA (A2).

Redação