Jornais do Brasil nesta sexta feira 1º de março
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01 de março de 2019
O Globo
Manchete : Idade mínima pode cair a 60 para mulheres
Bolsonaro admite mudanças na proposta; analistas criticam pressa nas concessões
Após o presidente Bolsonaro afirmar que a idade mínima de aposentadoria das mulheres pode cair para 60 anos, em vez dos 62 previstos na proposta enviada ao Congresso, analistas e parlamentares avaliam que o recuo precoce sinaliza, para grupos de pressão, que mais concessões poderão ser obtidas durante o debate no Parlamento. O presidente disse ainda que as regras para o benefício de prestação continuada (BPC) podem ser menos duras e que os novos parâmetros para pensão por morte podem ser flexibilizados. Os recuos podem fazer com que a economia gerada pela reforma em dez anos seja R$ 30 bilhões menor. (PÁGINA 19)
PIB de 1,1% revela país estagnado
Em 2018, pelo segundo ano consecutivo, a economia brasileira cresceu apenas 1,1% e está no mesmo patamar de seis anos atrás. Previsões apontam para 2,2% este ano se for aprovada a reforma da Previdência. Indústria cresceu após quatro anos em queda. (PÁGINAS 21 e 22)
Mudanças para gerar crescimento
Na primeira edição do “E agora, Brasil?” de 2019, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, destacou que a reforma da Previdência, com economia prevista de R$ 1,16 trilhão, permitirá ao Estado retomar a capacidade de investimento. (PÁGINAS 23 a 26)
Pressionado, Moro afasta Ilona Szabó de Conselho
Por ordem do presidente Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, retirou a indicação da cientista política Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Ela é defensora do Estatuto do Desarmamento e foi criticada nas redes sociais por apoiadores do presidente. (PÁGINA 4)
Diplomacia: Guaidó se reúne com Bolsonaro e acena com anistia a Maduro (PÁGINA 28)
Operador do PSDB paulista, Paulo Preto é condenado a 27 anos (PÁGINA 9)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Bolsonaro admite atenuar reforma; Guedes quer contrapartida
Idade mínima para mulheres deve ser de 60 anos; ministro diz que mudanças na Previdência têm de ser compensadas
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem pelo menos três pontos da reforma da Previdência que podem ser mudados para facilitar a aprovação da proposta na Câmara. O principal é a redução da idade mínima para aposentadoria de mulheres de 62 para 60 anos, mas ele também falou em alterar o valor do benefício assistencial pago a idosos de baixa renda, previsto em R$ 400 a partir dos 60 anos, e em mudar as regras de pensão por morte. Com o movimento, o presidente cede aos apelos de lideranças partidárias, que reagiram negativamente a pontos da reforma. A estratégia, colocada em campo apenas oito dias depois de o texto ser enviado ao Congresso, põe a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma saia-justa, uma vez que as negociações com os deputados ainda nem começaram. Guedes insiste que cada mudança feita no projeto inicial tem de ser compensada com outra para chegar à economia mínima de R$ 1 trilhão prevista com as alterações nas regras da aposentadoria. (ECONOMIA / PÁG. B7)
‘Bônus’ para os novatos
Sem votos suficientes para aprovar a Previdência no Congresso, o governo deve liberar R$ 5 milhões para cada um dos deputados e senadores novatos, que não têm direito às emendas parlamentares, destinar a seus redutos. (POLÍTICA / PÁG. A4)
PIB cresce apenas 1,1% e analistas reveem projeções
No segundo ano após o fim da recessão, a economia brasileira registrou crescimento de 1,1% em 2018, segundo dados do IBGE. O índice é o mesmo de 2017 e frustrou as projeções do início do ano passado que apontavam para um avanço do PIB de 2,8%. Com isso, analistas reveem suas previsões para 2019. Na média, as apostas agora apontam para uma alta de 2,05% – há duas semanas, a média era de 2,4%. O agravamento da crise na Argentina, a greve dos caminhoneiros, as incertezas do período eleitoral e a persistência do desemprego são fatores que contribuíram para o fraco desempenho da economia. Em 2018, o crescimento foi menos concentrado na agropecuária do que no ano anterior. Apesar da situação ainda precária no mercado de trabalho, o consumo das famílias foi o principal motor da economia, com avanço de 1,9%. (ECONOMIA / PÁGS. B1, B2, B4 e B6)
‘Reformas ou recessão’
Para o ex-secretário de Política Econômica José Roberto Mendonça de Barros, as reformas devem definir se o País vai entrar em um ciclo de crescimento sustentável ou voltar à recessão. (PÁG. B4)
Queiroz diz ao MP que ‘gerenciava’ verba de gabinete
Em depoimento por escrito ao MPRJ, Fabrício Queiroz disse ter criado, sem o conhecimento de Flávio Bolsonaro (PSL), mecanismo para ampliar a rede de “colaboradores” do deputado usando parte dos salários dos funcionários. (POLÍTICA / PÁG. A10)
Ex-Dersa é condenado a 27 anos de prisão
Paulo Vieira de Souza foi condenado pelos crimes de cartel e fraude em licitação de obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano. Ele está preso sob suspeita de ser operador financeiro do PSDB e da Odebrecht. (POLÍTICA / PÁG. A10)
PCC mostrou interesse no ataque a Bolsonaro (POLÍTICA / PÁG. A8)
Após pressão, Moro desconvida auxiliar (POLÍTICA / PÁG. A8)
Casos de dengue sobem 605% em SP (METRÓPOLE / PÁG. A16)
Celso Ming
O Brasil é um país desarrumado que não consegue eficácia na administração da economia. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas&Informações
A ordem das coisas
Situação crítica dos Estados não pode servir de pretexto para que governadores condicionem apoio à reforma da Previdência a alguma forma de socorro da União. (PÁG. A3)
Os penduricalhos de sempre
CNJ tomou três decisões conflitantes sobre o tema. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Crescimento de 1,1% no PIB amplia desafio de Bolsonaro
Recuperação desacelera no fim de 2018, e expectativa para este ano não é animadora
A divulgação pelo IBGE do PIB (Produto Interno Bruto) de 2018 agigantou o desafio do governo Jair Bolsonaro de transformar a confiança do brasileiro em crescimento econômico. O PIB cresceu 1,1% em relação a 2017. No começo do ano passado, especialistas tinham a expectativa de alta de 3%. Agora, a percepção geral é que, mesmo com a reforma da Previdência, a economia não deve encontrar energia Houve desaceleração da indústria e do agronegócio em 2018, e a reação econômica continua muito dependente da demanda interna, especialmente do consumo das famílias — o setor externo segurou o crescimento. Já a expansão do transporte por apps foi um fator positivo, com a compra de carros para execução desse tipo de serviço. Contudo o movimento tende a não ter fôlego longo para impulsionar novas aquisições. (Mercado p.4)
Painel
Investidores já apostam em reforma magra (A4)
Análise – Érica Fraga
Fim da crise no emprego depende da indústria (p.4)
Análise – Mauro Zafalon
Agro frustra e deve sofrer mais com conjuntura (p.5)
Análise – Daniel Miraglia e Roberto Dumas
Com cenário global, hora é de preservar patrimônio (p.6)
Nelson Barbosa
Capitalização é cavalo de Troia entre jabutis (p.14)
Fala sobre previdência piora dia ruim no mercado
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que poderá “cortar gordura” e alterar pontos da reforma da Previdência, entre eles reduzir a idade mínima de aposentadoria para mulheres. A fala azedou o clima nos mercados, que já era ruim com dados negativos sobre PIB e emprego. A Bolsa caiu e o dólar subiu. (Mercado p.1)
Pressionado, Moro desiste de colocar Szabó em conselho
Após pressão de apoiadores de Jair Bolsonaro, o ministro Sergio Moro (Justiça) revogou a nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó, contrária a afrouxar as regras de acesso a armas, para suplente do Conselho de Política Criminal. (Cotidiano B1)
Declaração de bens de presidente incluiu van vendida em 2017 (A10)
Gestão prevê corte em patrocínio de estatais e gera tensão na cultura (C1)
Guaidó preso seria um erro terrível, dizem EUA
A prisão de Juan Guaidó em tentativa de voltar à Venezuela “seria erro terrível do regime [Maduro], talvez o último que o regime cometeria”, disse Kimberly Breier, secretária-adjunta de Estado dos EUA, a Patrícia Campos Mello. Para ela, haveria “pronta reação da comunidade internacional”. (Mundo A13)
Paulo Preto é condenado pela 1ª vez na Lava Jato
Tido como operador do PSDB, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi condenado a 27 anos no âmbito da Lava Jato de SP. Ele foi acusado de fraude em licitações e formação de cartel em obras. Sua defesa não de manifestou. (Poder a5)
Editoriais
Sem boas notícias
Sobre PIB de 2018 e perspectivas para a economia (A2)
Cerco ao Ibama
Acerca de medida em estudo para revisão de multas (A2).
Redação