Jornais do Brasil nesta sexta-feira 30 de novembro
Por - em 6 anos atrás 453
30 de novembro de 2018
O Globo
Manchete : Acusado de desviar R$ 40 milhões, Pezão é o 4º governador do Rio preso
Acusado de herdar o comando do esquema de corrupção que teria rendido a ele R$ 40 milhões quando era vice de Sérgio Cabral, o governador Luiz Fernando Pezão foi preso ontem no Palácio Laranjeiras.O ministro Felix Fischer,do STJ, expediu nove mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão na Operação Boca de Lobo. A preocupação era prendê-lo antes que houvesse dispersão de documentos e garantir recuperação de valores. Não foram apresentadas, porém, provas da movimentação financeira atribuída a Pezão. Quarto governador do Rio preso nos últimos anos,ele é o primeiro a ser detido no exercício do cargo.
(PÁGINAS 10 a 17)
Pezão nega irregularidades e cita Cabral em sua defesa
Em depoimento, Pezão negou propina e atribuiu a Sérgio Cabral arrecadação de campanha e home theater que ganhou de presente.
(PÁGINA 11)
Propina citada pagaria salário de 22 mil servidores
Em valores atualizados, a propina que Pezão recebeu,segundo o MPF,daria para pagar vencimentos de mais de 22 mil servidores.
(PÁGINA 12)
Com maioria pelo indulto, STF suspende julgamento
Um pedido de vista do ministro Luiz Fux interrompeu o julgamento no STF sobre a legitimidade do indulto a presos concedido pelo presidente Michel Temer no ano passado. Seis dos 11 ministros votaram pela derrubada da liminar do ministro Luís Roberto Barroso que restringe o alcance do indulto, mas ela vale até que o julgamento seja retomado. Além de Fux, ainda não votaram Cármen Lúcia e o presidente do STF, Dias Toffoli. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, comemorou o resultado parcial.
(PÁGINA 4)
Bolsonaro bate continência e serve Danoninho a Bolton
O presidente eleito,Jair Bolsonaro,recebeu ontem o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA,John Bolton.Bolsonaro disse que conversaram sobre Israel, Cuba, Venezuela e comércio, e Bolton tuitou que tiveram uma “produtiva discussão”. Na mesa sem toalha, havia café, bolo,água de coco e Danoninho.
(PÁGINA 25)
CCR relata caixa dois a campanhas de Alckmin e Serra
A concessionária CCR, que fechou um acordo de leniência com o Ministério Público, revelou o pagamento de R$30 milhões em doações ilegais para campanhas em São Paulo. Entre os favorecidos citados pela empresa estão os ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra, do PSDB, que negam as irregularidades.
(PÁGINA 7)
Flávia Oliveira
No fundo do poço, Rio precisa começar de novo
(PÁGINA 3)
Editorial
O COMBATE À CULTURA CRIMINOSA DA POLÍTICA DO RIO
(PÁGINA 2)
Bernardo Mello Franco
Rio, o estado a que chegamos
(PÁGINA 6)
Míriam Leitão
Corrupção no Rio é aberração que resiste a tudo
(PÁGINA 22)
————————————————————————————
O Estado de S. Paulo
Manchete : A política no camburão
Governador do Rio vai para a cadeia, Palocci sai e STF forma maioria para indulto que pode beneficiar presos
A prisão do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), ontem, em pleno exercício do mandato, fechou um ciclo na política do Estado. Além de Pezão e de seu antecessor, Sérgio Cabral (MDB), dez deputados estaduais – entre eles dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa (Alerj) –, cinco conselheiros do Tribunal de Contas (TCE), diversos ex-secretários e um ex-procurador-geral do MPE estão presos. Investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção, Pezão foi preso no Palácio das Laranjeiras. Ele é acusado de ter recebido R$ 39,1 milhões de propina em um esquema que sucedeu ao de Cabral, preso há dois anos. Em Curitiba, o ex-ministro petista Antônio Palocci deixou ontem a prisão usando tornozeleira eletrônica. Condenado a 9 anos e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, ele cumpriu dois anos e três meses e passa ao regime semiaberto domiciliar. O benefício foi concedido pelo TRF-4 em virtude da delação premiada. Também ontem, o STF formou maioria para declarar constitucional o indulto publicado pelo presidente Michel Temer em 2017 e que pode beneficiar condenados por crime de colarinho-branco e pela Lava Jato. A análise da ação foi suspensa por pedido de vista do ministro Luiz Fux. Apesar de a Corte ainda precisar voltar ao tema no futuro, a maioria representa um aval simbólico para que Temer publique o decreto de indulto de 2018 com as mesmas regras do ano passado. Neste cenário, 21 presos da Lava Jato poderão ser beneficiados.
(POLÍTICA / PÁGS. A4, A6, A8 e A10)
CCR relata pagamento via caixa 2 para Serra e Alckmin
Em acordo de leniência com o MP de SP, o Grupo CCR relatou o repasse, via caixa 2, de R$ 30 milhões para campanhas de pelo menos 15 políticos, entre eles Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB, e o deputado estadual Campos Machado (PTB). Também foram citados nomes de PT e MDB. Todos negam.
(POLÍTICA / PÁG. A8)
Atual proposta para Previdência é ‘agressiva’, diz Bolsonaro
Jair Bolsonaro afirmou ontem que a reforma da Previdência em tramitação no Congresso é um “pouco agressiva para o trabalhador”. Ele disse que um novo texto com mudanças feitas por sua equipe econômica será enviado ao Legislativo no início de seu governo. O vice-presidente eleito, general Mourão, disse que a reforma precisa sair no primeiro semestre.
(ECONOMIA / PÁG. B6)
Macron: pacto com Mercosul depende de clima
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou ontem que um pacto comercial entre União Europeia e Mercosul depende do apoio do governo brasileiro ao Acordo de Paris. Jair Bolsonaro é contrário aos termos da política de combate às mudanças climáticas.
(ECONOMIA / PÁG. B1)
Guedes quer fazer desindexação de gastos (Economia / Pág. B7)
Varejo espera 13º, mas prevê Natal ‘morno’ (Economia / Pág. B8)
PCC planejava matar ex-secretário em SP (Metrópole / Pág. A16)
Eliane Cantanhêde
Mais provável que Moro, em vez de virar tudo do avesso, aprofunde o trabalho que vem sendo feito por PF, MP e Justiça.
(POLÍTICA / PÁG. A6)
Fernando Gabeira
Jair Bolsonaro será fiel aos evangélicos. É a melhor escolha de governo nesta quadra complexa?
(ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)
Notas & Informações
Um plano ainda sem Trump
Será uma surpresa se o novo governo aproveitar um esboço de planejamento econômico e social para os doze anos de 2019 a 2031 deixado pela atual administração.
(PÁG. A3)
Situação insustentável
Gasto dos Estados com aposentados cresceu quase dez vezes mais do que com ativos.
(PÁG. A3)
————————————————————————————
Folha de S. Paulo
Manchete : Suspeito de manter esquema de Cabral, Pezão é preso no RJ
Governador é o 4º do estado a ser detido e o 1º no exercício da função; ele nega ter recebido propina
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso preventivamente ontem, em um desdobramento da Operação Lava Jato no estado. Ele é suspeito de ter participado do esquema de corrupção de seu antecessor, Sérgio Cabral. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, há registro de pagamento de R$ 39 milhões a Pezão de 2007 a 2015, quando foi secretário de obras e vice-governador na gestão Cabral. Na sequência, ele teria assumido a liderança do esquema. A procuradora-geral, Raquel Dodge, afirmou que a prática criminosa não terminou e que persiste especialmente na lavagem de dinheiro. Para ela, Pezão poderia dificultar ainda mais a recuperação dos valores caso permanecesse em liberdade. Pezão é o quarto governador do Rio preso nos últimos anos e o primeiro a ser detido no exercício da função. Antes dele, tinham sido alvos Cabral, também no âmbito da Lava Jato, e Anthony e Rosinha Garotinho, em investigações da Justiça Eleitoral. Pezão negou ter recebido mesada de Cabral ou propina. Disse que a única coisa que recebeu do ex-governador foi um sistema de som, como presente. (Poder A4 e A6)
Palocci deixa prisão no PR após dois anos detido (A8)
Ministério da Economia será formado por seis secretarias
O Ministério da Economia terá seis secretarias especiais, que unificarão Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. O futuro ministro, Paulo Guedes, anunciou os secretários Marcos Troyjo (Comércio Exterior), Marcos Cintra (Previdência e Receita Federal) e Salim Mattar (Privatizações). Também ontem, Jair Bolsonaro descartou a privatização do Banco do Brasil e da Caixa. (Mercado A17 e A19)
CCR relata em acordo caixa dois a Alckmin, Serra e Kassab
A CCR, que atua com concessões de transporte, e o Ministério Público de SP assinaram acordo no qual a empresa relata ter doado R$ 44,6 milhões para o caixa dois de políticos do estado de 2009 a 2013. Entre eles estão o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o senador José Serra (PSDB) e o ministro Gilberto Kassab (PSD). Eles negam ter recebido qualquer recurso ilegal em suas campanhas. (Poder A8)
Foto-legenda : Assessor convida Bolsonaro para encontro com Trump nos EUA
Jair Bolsonaro em reunião em sua casa, no Rio, com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton (dir.); o presidente eleito, que prestou continência ao interlocutor, disse que eles falaram sobre Venezuela, Cuba e Jerusalém (Mundo A15)
STF tem maioria para liberar indulto, mas decisão é adiada (Poder A12)
Mais Médicos perde 53% dos brasileiros em até 1 ano e meio
De 2013 a 2017, 53% dos brasileiros que participaram do Mais Médicos não ficaram nem um ano e meio na função. A alta rotatividade dos profissionais preocupa especialistas, especialmente depois que Cuba anunciou a saída do programa. (Cotidiano B1)
Dos 513 deputados eleitos, 12 dizem ter profissões ligadas a cultura e artes (Ilustrada C1)
No G20, Trump e Xi buscam trégua em guerra de modelos
Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, podem declarar trégua na reunião do G20, que começa hoje em Buenos Aires. A guerra comercial e de modelos entre as duas maiores economias, porém, persistirá, relata Clóvis Rossi. (Mundo A13)
Editoriais
Obras minguantes
Sobre barreira à retomada do investimento público (A2)
De volta à Ucrânia
Acerca de novo aumento das tensões com a Rússia (A2).
Redação