Jornais do Brasil nesta terça feira 17 de outubro
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O Globo
‘Alô, presidente?’
Número de celular do presidente foi divulgado junto com a delação de Funaro. Repórter ligou, e Temer atendeu. (Pág. 3)
MÍRIAM LEITÃO
Temer se afunda em seus erros. (Pág. 16)
JOSÉ CASADO
Bonifácio e Aécio, poder a todo custo. (Pág. 13)
PF acha digitais de irmão de Geddel em ‘bunker’ (Pág. 4)
Joesley e Wesley se tornam réus
O juiz federal João Batista Gonçalves aceitou denúncia contra Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, por uso de informação privilegiada e manipulação do mercado. Os dois, que estão presos, são acusados de negociar ações para lucrar com os efeitos que a delação deles provocaria no mercado. A pena de Wesley pode chegar a 18 anos e a de Joesley, a 13, além de multa total de R$ 714 milhões. (Pág. 17)
Saúde sob ameça do crime no Rio
Dois postos médicos do Rio interrompem o atendimento diariamente por causa da violência, segundo a Secretaria de Saúde. Ontem, cirurgião sequestrado em UPA na Maré para atender bandido prestou depoimento. (Pág. 10 e editorial ‘Sem controle, violência impõe mudança de hábitos’)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Em carta a parlamentares, Temer diz ver ‘conspiração’
Embora afirme que mensagem é também um ‘desabafo’, presidente aponta suposta trama para derrubá-lo do cargo
O presidente Michel Temer encaminhou carta a deputados e senadores na qual afirma ser vítima de “conspiração” para derrubá-lo da Presidência. No texto, Temer deixa claro o clima de tensão dias antes da votação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, da segunda denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República. Embora afirme que a carta é também um “desabafo” – com críticas dirigidas ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e aos delatores Joesley Batista, da J&F, e Lúcio Funaro, operador do PMDB –, a ofensiva de Temer contra a suposta conspiração ocorreu em meio a uma crise entre o Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis”, escreveu. (POLÍTICA / PÁGS. A4 e A6)
Coluna do Estadão
As tratativas de Rodrigo Maia com o Planalto em torno de um acordo de paz passam pela aprovação em regime de urgência de projeto de lei que autoriza o Banco Central e a CVM a firmarem acordo de leniência com bancos. (PÁG. A4)
Governo dificulta pena por trabalho escravo
O governo baixou portaria que dificulta a punição de empresas que submetem trabalhadores a condições degradantes e análogas à escravidão. Agora, só o ministro do Trabalho pode incluir empregadores na Lista Suja do Trabalho Escravo, esvaziando a área técnica responsável pela relação. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou que a norma vem ao “encontro” de pautas da bancada. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Aécio teme ausências e votação pode ser adiada
O Senado pode adiar a votação do caso Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de medidas restritivas impostas pela 1.ª Turma do STF. Os motivos são a ausência de pelo menos 11 senadores e a dificuldade de o tucano conseguir os 41 votos necessários para reverter a decisão do Supremo. Aécio está afastado do Senado desde 26 de setembro e é obrigado a se recolher em seu domicílio no período noturno. (POLÍTICA / PÁG. A10)
Irmão de Geddel na mira
A PF realizou buscas em endereços ligados ao deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso. (PÁG. A8)
Joesley e Wesley Batista viram réus
Joesley e Wesley Batista, principais acionistas do grupo J&F, são acusados de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado em transações feitas em abril e maio, antes de as delações virem à tona. Eles teriam lucrado R$ 100 milhões e deixado de perder R$ 138 milhões, segundo procuradores. ECONOMIA / (PÁG. B10)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
Confronto entre Temer e Maia virou guerra quando PMDB sabotou articulações do DEM. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Affonso Celso Pastore
Ao eleger novo governo é importante que nos protejamos das promessas do populismo. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Notas & Informações
Pobres saem do sufoco
A economia voltou a crescer e o desemprego, embora em queda, ainda é alto. Com realismo e sem jogadas eleitoreiras, mudanças positivas poderão acelerar-se. (PÁG. A3)
Mais que um descuido
Não há dúvida de que a revelação das gravações de Lúcio Funaro causa sério dano ao País. (PÁG. A3)
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O Globo
Manchete: Governo dificulta combate ao trabalho escravo
Para agradar a ruralistas, medida restringe atuação da fiscalização
Em carta a parlamentares, que analisam denúncia contra ele, Temer se diz vítima de conspiração para tirá-lo do cargo
Para agradar à bancada ruralista em meio à análise da denúncia de organização criminosa contra o presidente Temer, o governo mudou as regras para a fiscalização do trabalho escravo. Jornadas extenuantes e condições degradantes, a partir de agora, só serão consideradas trabalho análogo à escravidão se houver restrição de locomoção do trabalhador. A lista suja de empregadores será divulgada pelo ministro do Trabalho, e não mais pelo corpo técnico do ministério. E a fiscalização só poderá ser feita com a presença de policiais. OIT, Comissão Pastoral da Terra e especialistas criticaram a decisão. Ontem, Temer enviou a parlamentares carta em que considera “incontestável” a existência de conspiração contra ele. (Págs. 3, 15 e 16).
Redação