Jornais do Brasil nesta terça feira 26 de setembro
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O Globo
Manchete: Fuga de traficantes pela mata alarma 14 bairros
Escolas mantêm aulas suspensas por causa do clima de medo
Moradores abandonaram casas que ficam em ruas usadas pelos bandidos para escapar do cerco militar; chefe de quadrilha tentou negociar rendição com Polícia Federal, mas recuou
O uso da Floresta da Tijuca como rota de fuga por traficantes em guerra na Rocinha levou medo a moradores de pelo menos 14 bairros que ficam no entorno da mata. No Horto e no Alto da Boa Vista, famílias abandonaram suas casas. Na Estrada do Sumaré, um confronto no sábado entre bandidos e policiais deixou marcas de tiros no muro da residência do arcebispo do Rio, cardeal dom Orani Tempesta. Escolas da Rocinha e de bairros próximos continuam com as aulas suspensas. A família do bandido que comanda o tráfico no morro tentou acordo com a PF para que ele se entregasse. (Págs. 8, 9 e Merval Pereira)
EDITORIAL
‘Força-tarefa é importante no combate ao crime no Rio’ (Pág. 16)
Sob pressão, Temer recua sobre reserva
Diante da repercussão negativa, o governo revogou ontem o decreto que extinguia a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), entre o Pará e o Amapá, voltando a proibir a exploração mineral da área. Mas o Ministério de Minas e Energia afirmou que os motivos que levaram à extinção da Renca “permanecem presentes”: criar empregos e atrair investimentos para o setor mineral. Segundo o ministério, o debate em torno do assunto deve ser retomado “da forma mais democrática possível”, mas em outra oportunidade, “mais à frente”. (Pág. 20 e Míriam Leitão)
Governo começa a abrir cofre
Pressionado pela nova denúncia contra o presidente Temer, o governo fará novas concessões aos deputados. Contra a vontade da equipe econômica, devem ser aceitas mudanças no projeto do Refis, com regras mais flexíveis para refinanciar dívidas. Por falta de quorum, a denúncia não foi lida ontem no plenário. (Pág. 3)
Leilões podem render R$ 13,7 bi
Nos primeiros leilões após as denúncias contra Temer, o governo prevê obter amanhã R$ 13,7 bilhões com a venda de usinas e licitações de petróleo. Analistas veem forte interesse de investidores. (Pág. 19)
Defesa de Lula entrega recibos
Apesar de versão contrária do proprietário do imóvel, Glaucos da Costamarques, a defesa do ex-presidente Lula apresentou à Justiça 26 recibos de aluguel da cobertura vizinha à do petista. (Pág. 6)
Horário de verão começa dia 15
Após cogitar acabar com o horário de verão, o governo decidiu manter o programa. Moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão de adiantar relógios em uma hora no dia 15 de outubro. (Pág. 20)
Prefeitura do Rio faz censo religioso
Questionário aplicado pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos inclui perguntas sobre cor e religião dos participantes de programa de atividades físicas nas praças do Rio. (Pág. 13)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Em e-mail, Odebrecht fala em doação de R$ 4 milhões a Lula
Valor teria sido transferido para instituto de ex-presidente por meio de Okamotto, identificado como ‘japonês’
O empresário Marcelo Odebrecht entregou à Polícia Federal documentos para comprovar que uma doação oficial de R$ 4 milhões ao Instituto Lula saiu do Setor de Operações Estruturadas, nome do departamento de propinas da empreiteira. E-mails enviados por Odebrecht a executivos do setor informam que os repasses seriam feitos por via legal, mas que seriam debitados dos R$ 15 milhões do “Amigo”, suposto codinome do ex-presidente Lula, da planilha do “Italiano”, que era a “conta corrente” gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. “Italiano disse que o Japonês (Paulo Okamotto, presidente do instituto) vai lhe procurar para um apoio formal ao inst de 4m”, diz ele em um dos e-mails. O empreiteiro entregou quatro recibos de R$ 1 milhão cada, referentes à doação. A defesa de Lula diz que as doações foram legais. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Fundo ameaça ‘economia’ com emendas
O Senado deve votar hoje a criação de um fundo eleitoral que terá como fonte principal recursos do Orçamento com baixo índice de execução. A proposta prevê uso nas candidaturas de metade do valor das chamadas emendas de bancadas, estimado em R$ 4,4 bilhões no próximo ano. Com a transferência dos recursos dessas emendas para as campanhas, o governo deve perder margem de manobra para desafogar as contas. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Relator de CPI da JBS é acusado de improbidade
O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPI mista da JBS, está sendo processado por improbidade administrativa quando era presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul, informa Luiz Maklouf Carvalho. O peemedebista e outras 13 pessoas são alvo de denúncia do Ministério Público Estadual por desvios da ordem de R$ 16,6 milhões. O parlamentar nega as irregularidades. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Centro-Oeste puxa emprego, mas Nordeste perde vagas
O emprego dá sinais de reação, mas de maneira desigual. No Centro-Oeste, a supersafra aumentou a população ocupada em 17 mil, entre o 1.º trimestre de 2015 e o último mês de junho. O total de empregados recuperou o nível pré-crise. No Nordeste, a crise da indústria causou redução de 1,9 milhão de empregos, informa Douglas Gavras. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Sem acordo, MP do Refis pode perder validade
Deputados tentam um acordo com a equipe econômica para votar o texto da medida provisória que cria o Refis, programa de parcelamento tributário de devedores da União. Parlamentares precisam aprovar as mudanças nas regras originais do Refis antes de sexta-feira, quando o prazo de adesão ao programa em vigor se encerra. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Sob pressão, Temer revoga extinção de reserva
O presidente Michel Temer revogou o decreto que extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), uma área de floresta entre o Amapá e o Pará. Diante de novas pressões, Temer decidiu abrir o tema para debate. No dia 14 deste mês, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara pediu a revogação definitiva do decreto. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
No Rio, ação na Rocinha mira 59 suspeitos (Metropóle / Pág. A15)
Governo decide manter horário de verão (Economia / Pág. B5)
Notas & Informações
A fidelidade ao eleitor
Sempre que a fidelidade partidária é desrespeitada, comete- se uma violência contra a vontade do eleitor, como se a sua escolha na urna tivesse pouca importância. (PÁG. A3)
Sem mágicas contra a dívida
O Brasil é um dos campeões da dívida pública e o endividamento crescerá por vários anos. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Em ano de eleição, Doria vai dobrar o investimento
Tucano elevará gasto da Prefeitura de São Paulo com obras e equipamentos
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende dobrar os gastos com investimentos (obras e compra de equipamentos) em 2018, ano de eleição presidencial e para o governo do Estado.
Doria, que trava com o governador de SP, Geraldo Alckmin, disputa pela candidatura tucana à sucessão de Michel Temer (PMDB), planeja aplicar R$ 2,62 bilhões em investimentos.
Em 2017, de acordo com a administração municipal, o gasto deve ser de R$ 1,32 bilhão, aproximadamente. O valor previsto para 2018 ê maior do que o planejado pela prefeitura para gastar em investimentos no ano seguinte (R$ 2,4 bilhões), quando não haverá eleição. Ao ampliar o gasto público em ano de disputa nas urnas, Doria repete tendência comum na política brasileira.
Em 2011, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou estudo mostrando que os investimentos públicos são influenciados pelo calendário eleitoral. O Ipea comprovou alta de gastos das três esferas de governo em ano de eleição e queda no ano posterior. Nos municípios, há variação mesmo quando o pleito ê para presidente e governador.
Para gastar mais, Doria conta com o sucesso do seu plano de desestatização, com o qual pretende arrecadar R$ 1 bilhão. Ele prevê privatizar, por exemplo, a gestão do Pacaembu. (Cotidiano B1)
Sob pressão, Temer revoga fim de reserva amazônica
Sob críticas, o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu revogar o decreto que extinguia a reserva na região amazônica conhecida como Renca (Reserva Nacional do Cobre Associados).
A informação foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia por meio de nota. A pasta afirma que o debate deve ser retomado em outra oportunidade. Ainda de acordo com o ministério, as razões para a extinção da reserva permanecem presentes. “O país necessita crescer e gerar empregos”, diz no texto.
O decreto extinguia área de 46.450 km2 na divisa entre Pará e Amapá, que possui reservas minerais de ouro, ferro e cobre. O recuo ocorreu após pressão de ambientalistas. (Ciência B6)
Mantido, horário de verão ocorrerá de 15 de outubro a 18 de fevereiro (Cotidiano B2)
Uber, Cabify e 99 fazem campanha contra projeto de regulamentação (Cotidiano B3)
Helio Schwartsman
Critério nebuloso para cotas raciais multiplica conflitos
O problema de fundo em relação à política de cotas raciais é não haver uma definição de negro ou pardo que tenha base técnica e que satisfaça os pendores essencialistas do movimento negro. Trocando em miúdos, não sabemos dizei’, com um mínimo de objetividade e replicabilidade, quem é negro. (Opinião A2)
Com seu plenário quase vazio ontem, a Câmara adiou para esta terça a leitura da segunda denúncia da Procuradoria contra o presidente Michel Temer, por obstrução da Justiça e participação em organização criminosa (Poder A8)
Congresso quer votar benefícios a partidos para pleito de 2018
A reforma política chega à reta final com o debate de pacote de pequenas alterações eleitorais que serão benéficas a partidos e candidatos. Os plenários de Câmara e Senado podem votar a criação de mais um fundo público para campanhas e modificar a lei para abrandar punições a siglas e políticos.
Para valerem em 2018, mudanças têm de ser feitas atê a próxima semana. (Poder A4)
Lula envia a Moro recibos de aluguel de apartamento
A defesa de Lula enviou ao juiz Sergio Moro cópias de recibos que comprovariam o pagamento de aluguel do apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo. O Ministério Público diz que o petista não pagou pela locação e ligou o caso a repasse de propina pela Odebrecht. (Poder A8)
EUA declararam guerra, afirma Coreia do Norte
Após bombardeiros dos EUA sobrevoarem área próxima à Coreia do Norte, o chanceler Ri Yong-ho disse que o país pode derrubar aviões hostis fora de seu espaço aéreo. “O mundo deve lembrar que foram os EUA que primeiro declararam guerra.” Washington considerou a acusação absurda. (Mundo A16)
Editorial
“Teste de ‘realpolitik’”, sobre eleição parlamentar na Alemanha, e “Rocinha cercada”, acerca de nova intervenção do Exército no Rio de Janeiro. (Opinião A2).
Redação