Jornais do Brasil nesta terça feira 7 de novembro
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07 de novembro de 2017
O Globo
Manchete: Venda da Eletrobras deve frear alta na conta de luz
Um terço do valor será usado para compensar energia mais cara
Objetivo é convencer congressistas a aprovar projeto que autoriza a privatização, a ser enviado em regime de urgência. Verba também deve ser usada para abater déficit e revitalizar o Rio São Francisco
Para vencer as resistências no Congresso à privatização da Eletrobras, o governo incluiu no projeto de lei para autorizar a venda da empresa, que será enviado em regime de urgência, a previsão de que um terço do valor arrecadado seja utilizado para conter os reajustes na conta de luz a partir de 2019. O dinheiro será destinado a um fundo que compensa o custo elevado da energia em momentos de estiagem, quando as usinas termelétricas, que geram eletricidade mais cara, são acionadas. Além disso, numa tentativa de agradar às bancadas do Nordeste e de Minas Gerais, o projeto vai prever que R$ 5 bilhões serão usados na revitalização do Rio São Francisco. O governo estima arrecadar R$ 30 bilhões com a venda da Eletrobras. No Orçamento de 2018, a previsão é que R$ 12,2 bilhões da privatização sejam usados para ajudar a reduzir o déficit fiscal do país. (Pág. 17)
Temer já cogita derrota na Previdência
O presidente Temer admitiu ontem, pela primeira vez, que a reforma da Previdência pode ser rejeitada no Congresso. Em discurso a líderes de partidos, disse que o governo não será inviabilizado pela derrota: “Pretendem derrotá-la supondo que derrotam o governo. Não é verdade. Derrotam o Brasil”, afirmou. Temer cogitou fazer concessões no texto. (Pág. 17)
Cunha ataca Moreira Franco
À Justiça, o ex-deputado Eduardo Cunha disse que o ministro Moreira Franco mentiu ao negar ter negociado doações para o PMDB junto à Odebrecht e à OAS. (Pág. 3)
Metade dos guias está irregular
TurisRio estima que pelo menos metade das 5 mil agências e dos 12 mil guias que operam no estado esteja irregular. (Pág. 8)
Foto-legenda: Réu em Nova York
José Maria Marin, ex-presidente da CBF, deixa o prédio do Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York, após o primeiro dia de seu julgamento por corrupção. Se condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão. (Pág. 26)
Conferência dos ameaçados
A COP-23, do clima, é presidida por Fiji, país ameaçado pela alta do nível do mar. (Pág. 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Parlamentares agem para manter reajuste de servidores
Propostas de alteração na MP do governo que adia aumento do funcionalismo beneficiam ao menos 17 categorias]
Uma semana após o governo enviar ao Congresso medida provisória que adia para 2019 o reajuste do funcionalismo, parlamentares apresentaram pelo menos 236 emendas para mudar a proposta original. As alterações, encaminhadas à comissão especial mista (Câmara e Senado) que vai analisar a medida, deixam 17 categorias fora do congelamento de salários. O prazo para apresentação de emendas à MP 805 se encerrou no fim da noite de ontem. Deputados e senadores propuseram manter o aumento salarial para categorias como policiais federais, professores, diplomatas, auditores da Receita Federal e médicos peritos. Há emenda que cancela o adiamento do aumento para todos os servidores. A MP 805 também estipulou a elevação, de 11% para 14%, da contribuição previdenciária dos servidores que ganham mais de R$ 5,5 mil. Várias emendas protocoladas cancelam essa medida. Ainda não foi definido quem será o relator na comissão. É ele quem vai decidir o que será acolhido no relatório final. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Confiança e queda dos juros elevam vendas de imóveis
A queda nas taxas de juros e os sinais de retomada da economia, que elevam a confiança do consumidor, já têm impacto nas vendas de imóveis. Na cidade de São Paulo, de janeiro a agosto, foram vendidas 10.991 unidades, 20,8% mais que no mesmo período de 2016. Em todo o País, as vendas cresceram 25,5% de janeiro até agosto em relação ao ano passado. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Sem delação, Cunha muda estratégia e ataca Funaro
Preso pela Lava Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou em interrogatório ter recebido dinheiro do empresário Joesley Batista para não fazer delação e disse que a suposta compra do seu silêncio foi “forjada para derrubar” Michel Temer. Ele também atacou Lúcio Funaro. As declarações revelam nova estratégia de Cunha após o encerramento da negociação de seu acordo de delação. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Temer admite risco de derrota na reforma da Previdência
Michel Temer reconheceu ontem, pela primeira vez, a possibilidade de uma derrota do governo ao tentar aprovar a reforma da Previdência, mas fez um apelo, em reunião com ministros e deputados, para que seja aprovado pelo menos um projeto mínimo. “Se num dado momento a sociedade não quer a reforma, a mídia não quer, e o Parlamento também não quiser aprová-la, paciência”, afirmou. (ECONOMIA / PÁG. B3)
Jovem surdo expõe falha no Enem
Bernardo Manfredi, de 20 anos, sofreu na prática durante a prova do Enem o que deveria escrever nas 30 linhas da Redação, cujo tema era “Os desafios para a formação de surdos no Brasil”. Com surdez severa e transtorno psicomotor, ele só conseguiu auxílio de um transcritor nos 30 minutos finais. O Inep, responsável pelo exame, informou que não teve resposta do consórcio que fornece profissionais de apoio. (METRÓPOLE / PÁG. A17)
BRF tenta reverter crise e perda de R$ 1 bilhão (Economia / Pág. B10)
Eliane Cantanhêde
Ao defender desembarque tucano, FHC enfraquece Temer e fortalece racha no PSDB. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
Investimento e seriedade
Ainda por um ano, ou pouco mais, a expansão econômica brasileira poderá ser puxada pelo aumento do consumo, sem risco de grande pressão inflacionária. (PÁG. A3)
Sindicalismo preguiçoso
A realidade mudará quando sindicatos passarem a olhar para aqueles que devem representar. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Mercado prevê nova onda de investimento da China em 18
Aquisições cresceram neste ano e já movimentaram R$ 35,3 bilhões
O Brasil deverá viver uma segunda onda de investimentos chineses a partir do próximo ano. Analistas pre-veem a chegada de novas companhias de grande porte e mais diversificação.
Ao menos dez empresas estão em estágio avançado para entrar no país, em áreas como energias renováveis, ferrovias, portos, mineração e papel e celulose. Leilões do Programa de Parcerias de Investimentos do governo podem atrair interessados já no primeiro semestre. As aquisições chinesas começaram a crescer nos últimos meses. De 6, no ano passado, passaram para 17 neste ano. As operações movimentaram pelo menos R$ 35,3 bilhões atê outubro. Investimentos de menor porte, em setores como saúde, logística, agronegócio e telecomunicações também vão se acelerar, diz Eduardo Centola, do banco Modal. Para ele, aportes nos últimos anos deram segurança e a incerteza eleitoral não afetará O processo. (Mercado A13)
Temer admite que nova Previdência pode ser derrotada
Com dificuldades para reunir apoio no Congresso, o presidente reconheceu que a reforma da Previdência pode não ser votada. Afirmou, porém, que isso não inviabiliza o governo, que “já se fez, já foi feito e continuará a ser feito”.
Ontem, Temer decidiu que a privatização da Eletrobras será enviada aos parlamentares via projeto de lei. A ação é vista como aceno ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). (Mercado A15)
Governo quer grupo de crise na comunicação (Poder A4)
Houve interesse internacional em minha prisão
Acusado de receber propina de R$ 4,5 milhões de empreiteiras, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva ficou preso por dois anos. Em entrevista à Folha, o militar, que se recupera de um câncer, alega inocência e diz que sua prisão foi feita sob os auspícios de “interesses internacionais”. (Poder A8)
Cunha afirma que Procuradoria forjou prova contra Temer
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) negou à Justiça que teve o silêncio comprado por Joesley Batista, da JBS, para não prejudicar Michel Temer. Segundo ele, houve uma trama da Procuradoria-Geral da República para derrubar o presidente. “O senhor Joesley foi o cúmplice dessa forjada”, disse. (Poder A6)
Redação do Enem traz tema ignorado até pelo governo
Com o tema da formação educacional de surdos, o Enem apresentou aos candidatos informações para as quais nem gestores públicos têm explicações claras. A prova, que pedia texto argumentativo sobre a questão, trazia gráfico que mostra queda nas matrículas de alunos com surdez. Os dados surpreenderam especialistas. (Cotidiano B1)
Hélio Schwartsman
Zerar prova que negue direitos não é coisa de educador
A atitude de dar nota zero a qualquer redação do Enem que “desrespeite os direitos humanos”, sem nem sequer considerar os argumentos que lá estejam é coisa de quem nutre o pensamento religioso, não de educadores preocupados em ensinar pela via do convencimento. (Opinião A2)
Editoriais
Leia “Desinformação em rede”, sobre a propagação de notícias falsas pelas mídias sociais, e “O Enem e a surdez”, acerca de polêmicas em tomo do exame. (Opinião A2).
Redação