Jornais do Brasil nesta terça feira 8 de janeiro
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08 de janeiro de 2019
O Globo
Manchete: Bolsonaro reúne Guedes e Onyx para afinar discurso
Presidente intervém para evitar atritos entre a equipe econômica e a ala política do governo
Para pôr fim ao desencontro de informações entre a equipe econômica e a ala política do governo, o presidente Bolsonaro convocou o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para uma reunião ontem de manhã. Estavam presentes, também, o vice, Hamilton Mourão, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, que afirmou que tudo não passou de um problema de comunicação. “Não teve rusga nem carrinho por trás”, disse. Onyx e Guedes já divergiram sobre a reforma da Previdência. O Planalto avalia que precisa com urgência de um porta-voz que centralize as informações. (PÁGINA 4)
Classe média deve pagar mais juros na casa própria
Presidente da Caixa defende taxas ‘de mercado’
Os juros do financiamento da casa própria deverão subir para a classe média. O novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse, após tomar posse no cargo, que as taxas mais baixas serão reservadas para o Minha Casa Minha Vida. “Classe média tem de pagar mais”,afirmou Guimarães. Os financiamentos imobiliários da Caixa usam recursos da poupança e do FGTS. Analistas dizem que a instituição já pratica juros semelhantes aos do mercado. (PÁGINA 17)
Palocci negocia delação que inclui fundos de pensão
Na tentativa de fechar seu terceiro acordo de delação premiada, o ex-ministro petista Antonio Palocci relatou à Procuradoria da República do Distrito Federal supostas irregularidades envolvendo fundos de pensão ligados a estatais. Para evitar exposição, ele viajou 13 horas de carro de São Paulo a Brasília. (PÁGINA 6)
Maduro resiste à pressão e vai assumir mandato
A tensão entre governo e oposição voltou a aumentar na Venezuela. Enquanto o Tribunal Supremo de Justiça no exílio conclamou a Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, a nomear um governo de emergência, o presidente Nicolás Maduro reafirmou que vai assumir novo mandato na quinta. (PÁGINA 21)
Colunistas
MERVAL PEREIRA
Governo admite a importância da imprensa (PÁGINA 2)
BERNARDO MELLO FRANCO
Por dentro da cabeça de Witzel (PÁGINA 5)
MÍRIAM LEITÃO
Bolsonaro tenta reeditar o ‘nunca antes neste país’ (PÁGINA 18)
Editora suspende autobiografia de Damares Alves (PÁGINA 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Caixa, BB e BNDES vão encolher sob Bolsonaro
Instituições devem vender subsidiárias e devolver R$ 84 bi ao Tesouro; CEF cobrará mais da classe média
O governo Bolsonaro anunciou ontem que o tamanho dos bancos públicos será reduzido, com a venda de subsidiárias e a devolução de R$ 84 bilhões em aportes feitos pelo Tesouro na Caixa, no Banco do Brasil e no BNDES. Durante posse dos novos presidentes dos três bancos públicos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o mercado de crédito foi “estatizado”, sofreu “intervenções danosas” durante os governos anteriores e que os novos chefes das instituições assumem com a responsabilidade de acabar com a “falcatrua”. “Perderam-se os bancos públicos através de uma aliança perversa de piratas privados, democratas corruptos e algumas criaturas do pântano político”, disse. Na mesma cerimônia, o novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que vai encarecer o custo do crédito de financiamentos imobiliários para a classe média. “Quem é classe média tem de pagar mais. Ou vai buscar no Santander, Bradesco, Itaú. E serão juros de mercado.” (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Sob investigação
Dez dos 20 maiores contratos de financiamento assinados pelo BNDES com saldo a receber pelo banco estão ligados a obras sob investigação. Esses grandes contratos somam R$ 60 bilhões. (PÁG. B3)
Presidente pede ‘coesão’ entre Onyx e Guedes
Três dias após virem a público divergências entre os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro pediu que os dois deixassem de lado as disputas internas e cobrou unidade. Bolsonaro disse que o governo precisa mostrar sintonia e baixou uma espécie de “lei do silêncio” na equipe para evitar vazamentos. Ontem, os dois ministros almoçaram juntos no gabinete da Casa Civil. (POLÍTICA / PÁG. A4)
3 de cada 10 mulheres mortas já tinham sido agredidas
Três de cada dez mulheres mortas violentamente no País já eram agredidas com frequência. É o que revela estudo do Ministério da Saúde, feito com base no cruzamento dos registros de óbito e dos atendimentos na rede pública de 2011 a 2016 – não foram incluídas mulheres atendidas na rede privada. Para a coordenadora do trabalho, o resultado mostra a necessidade de reforçar a rede de proteção às vítimas de violência. (METRÓPOLE / PÁG. A12)
Doria cancela convênios feitos por França
O governador João Doria (PSDB) cancelou R$ 143,8 milhões em convênios assinados pelo ex-governador Márcio França (PSB) com prefeituras na reta final do mandato. Entre os cortes, está a base eleitoral de França, São Vicente. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Palocci negocia uma nova delação
O ex-ministro Antônio Palocci negocia delação premiada no âmbito da Operação Greenfield, que apura desvios em fundos de pensão, no FGTS e na Caixa. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Presidente do Ibama antecipa demissão (POLÍTICA / PÁG. A8)
Registro vencido de arma deve ter anistia (METRÓPOLE / PÁG. A13)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
Será que Bolsonaro confundiu o centro de Alcântara (MA) com base militar? Tomara! (POLÍTICA / PÁG. A6)
Ana Carla Abrão
Enquanto sobra Estado para apadrinhar, falta Estado para definir as reais prioridades. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Notas&Informações
Boas intenções, ideias escassas
Belas intenções, com promessas de limpeza e transparência, marcaram os discursos de posse dos novos presidentes de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. (PÁG. A3)
Justiça e responsabilidade
O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe têm tratado de forma um tanto ligeira os atos do governo anterior. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo prepara transição mais curta para a Previdência
Ideia é estabelecer idade mínima para a aposentadoria no prazo de até 12 anos, e não 21, como propôs gestão Temer
A proposta de reforma da Previdência em estudo pela equipe econômica de Jair Bolsonaro (PSL) estipula regra de transição de 10 a 12 anos, com unificação nesse intervalo dos modelos do INSS e dos servidores públicos. Esse período é bem mais curto do que os 21 anos previstos na versão do ex-presidente Michel Temer (MDB). Por atingir a idade mínima mais rápido, essa reforma representaria maior economia de gastos ao governo. Não há ainda um cálculo do impacto financeiro da proposta. A ideia, com a imposição de idade para que o trabalhador possa requerer a aposentadoria, é inibir as aposentadorias precoces, que oneram os cofres públicos. Na transição, a faixa subiria até 65 anos (homens) e 62 ou 63 (mulheres). Hoje, servidores podem se aposentar aos 60 (homens) e 55 (mulheres). No INSS, há a aposentadoria por idade — 65 (homens) e 60 (mulheres), com pelo menos 15 anos de aporte — e a por tempo de contribuição, que permite obter o benefício mais cedo. (Mercado A13)
Governo quer acabar com bonificação publicitária
Projeto de lei visa proibir comissão paga por veículos de comunicação a agências para que elas os escolham como destinatários de verbas de publicidade. Segundo críticos, o mecanismo, legal, garante o domínio da Rede Globo no mercado publicitário. O texto será apresentado em fevereiro, quando o novo Congresso assumir, pelo deputado Alexandre Frota (PSL-SP). (Poder A4)
‘Despetização’ paralisa Comissão de Ética Pública
Exoneração em massa anunciada por Onyx Lorenzoni (DEM) esvaziou a comissão, vinculada à Presidência. Em ofício, presidente do órgão pede retorno dos servidores sob pena de inviabilização do funcionamento. (Poder A6)
Itamaraty disputa com Economia acordos comerciais
Medida provisória abre espaço para o ministério da Economia assumir “negociações com governos e organismos multilaterais”. Descontente, cúpula do Itamaraty estuda criar departamento de negociações comerciais. (Mundo A10)
Presidente do Ibama pede exoneração após postagem de Bolsonaro (B4)
Governo não pensa em interromper negócio da Embraer, diz ministro (A14)
Novos presidentes de bancos estatais assumem e traçam diretrizes
Jair Bolsonaro, entre seu vice, Hamilton Mourão, e o ministro Onyx Lorenzoni na posse de presidentes de bancos públicos; Banco do Brasil e Caixa se comprometeram, via abertura do capital de negócios rentáveis, a devolver ao Tesouro, até 2022, quase R$ 50 bilhões emprestados pela União (Mercado A16)
Maioria defende educação sexual e política na escola
Para 71% da população, assuntos políticos deveriam ser tratados em sala de aula. Quanto à educação sexual, 54% são favoráveis, mostra o Datafolha. Ensino dos temas nas escolas é criticado por conservadores e religiosos. (Cotidiano B1)
Pablo Ortellado
Bolsonaro aposta em trunfo sobre derrotados (Opinião A2)
Editoriais
Fantasmas do ensino
Sobre declarações e atos do ministro da Educação.
Batendo no muro
A respeito de impasse que trava o governo dos EUA. (Opinião A2).
Redação