Jornais do Brasil nesta terça feira 9 de outubro

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09 de outubro de 2018

O Globo

Manchete: Bolsonaro e Haddad prometem respeitar a Constituição de 1988

Candidato do PSL desautoriza Mourão; petista desiste de Constituinte e rechaça José Dirceu

Em entrevistas ao “Jornal Nacional”, os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se comprometeram a respeitar a Constituição de 1988 e a propor emendas para reformá-la. Haddad disse que “revisou posicionamento” e renunciou à convocação de Constituinte. Ele rechaçou fala de José Dirceu sobre “tomada de poder”. Bolsonaro desautorizou seu vice, o general Mourão, que havia proposto uma Constituinte de notáveis e falado em “autogolpe”. Para ele, faltou tato ao general. Bolsonaro disse que, se eleito, governará “com autoridade e sem autoritarismo”. “Se estamos disputando a eleição é porque acreditamos no voto popular e seremos escravos da Constituição”, disse. (PÁGINA 4)

Câmara tem a maior renovação em 20 anos

Cláusula de barreira ameaça 14 dos 35 partidos

A eleição renovou 243 das 513 cadeiras da Câmara, a maior proporção em 20 anos. A bancada feminina passou de 51 para 77. No Senado, 46 das 54 cadeiras em disputa ganharam novos donos. Projeções indicam que 14 dos 35 partidos não cumprirão a cláusula de barreira e perderão acesso ao fundo partidário e à propaganda na TV em 2019. (PÁGINAS 8 e 9)

Voto ‘Bolsowitzel’ tem maioria em dez municípios

Voto casado em Wilson Witzel (PSC) e Bolsonaro obteve maioria em dez cidades. Paes teve menos votos que para prefeito em 2012. (PÁGINA 11)

Castigados

Diversos políticos investigados pela Lava-Jato não se elegeram, como Lindbergh,Jucá e Beto Richa. (PÁGINA 9)

Vitoriosos

Já candidatos identificados com a operação de combate à corrupção, casos de Kim Kataguiri e Janaína Paschoal,venceram nas urnas. (PÁGINA 9)

Para Boris Fausto, conservadorismo virulento aflorou

O historiador Boris Fausto aponta o forte sentimento antipetista, aliado a uma reação contra a revolução de costumes, à insatisfação com a política, à corrupção e à crise econômica como os motivos que explicam a vitória de Jair Bolsonaro no primeiro turno e a onda de conservadorismo “virulento” que varre o país. (PÁGINA 10)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Voto desmonta partidos tradicionais (PÁGINA 2)

PEDRO DORIA

Os eleitores votaram num pacote de ideias (PÁGINA 10)

BERNARDO MELLO FRANCO

O eleitor apressou a morte do doente (PÁGINA 5)

MÍRIAM LEITÃO

A democracia no centro do segundo turno (PÁGINA 20)

Ações de estatais disparam em dia de movimento recorde na Bolsa

No primeiro dia de pregão após o primeiro turno, a Bolsa bateu recorde de movimentação, comum total de R$ 29 bilhões em negócios. Ações de estatais dispararam. (PÁGINA 19)

Vereador da oposição tem morte suspeita na Venezuela

Oposição acusa governo pela morte de vereador investigado por ligação com o atentado a Maduro. Na versão oficial, ele se atirou do prédio onde era interrogado. (PÁGINA 24)

No Peru, eleitor pune partidos acusados de corrupção

Partidos tradicionais que têm políticos investigados pela “Lava-Jato” peruana foram os grandes perdedores nas eleições regionais no país. (PÁGINA 23)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Bolsa dispara com onda conservadora na Câmara

Novo Congresso e Jair Bolsonaro no segundo turno levam investidores a apostar em reformas econômicas

Em um cenário de fragmentação recorde – 30 legendas elegeram deputados –, partidos mais ligados ao ideário conservador, como PRB, DEM e, principalmente, o PSL, de Jair Bolsonaro, ampliaram a representação na Câmara na próxima legislatura. MDB e PSDB, siglas que antes estavam entre as maiores da Casa, encolheram, respectivamente, 48% e 46%, na comparação com 2014. A taxa de renovação foi de 52%, a maior dos últimos 20 anos. A vantagem que Bolsonaro obteve sobre Fernando Haddad (PT) e a composição mais conservadora do Congresso levaram o Ibovespa a movimentar R$ 28,9 bilhões ontem, o maior volume nominal da história. Para investidores, o novo perfil do Congresso poderá permitir a Bolsonaro encaminhar reformas econômicas, caso seja eleito. A Bolsa fechou em alta de 4,57%, aos 86.083 pontos, nível mais elevado em quase cinco meses. O dólar fechou em baixa de 2,40%, aos R$ 3,76, menor cotação em dois meses. (POLÍTICA / PÁG. A4 e ECONOMIA / PÁG. B1)

Bancadas ganham força

As três principais bancadas da Câmara que defendem temas específicos – da bala, evangélicos e do agronegócio – tendem a se fortalecer, mesmo com o alto índice de renovação. (PÁG. A6)

‘Nova’ Previdência tem resistências

Se quiserem fazer reforma da Previdência, Bolsonaro e Haddad terão de convencer o núcleo político das campanhas. O atual Congresso também não demonstra vontade de abordar o tema. (PÁG. B3)

Bolsonaro e Haddad dizem que não pensam em Constituinte

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad descartaram, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a possibilidade de, se eleitos, convocar Constituinte. “Vamos ser escravos de nossa Constituição”, disse Bolsonaro. Haddad também foi enfático: “Nós revimos nosso posicionamento. Vamos fazer as reformas por emenda constitucional”. (POLÍTICA / PÁG. A10)

‘Eleitor quer governo à direita’

Maior doador individual da campanha, Rubens Ometto, dono do grupo Cosan, declarou voto em Bolsonaro. (PÁG. B5)

Entrevistas

João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) iniciam campanha do 2º turno pelo governo de São Paulo. (PÁG. A13)

PSDB paulistano expulsa Saulo e Goldman

Em meio à crise interna, o diretório municipal do PSDB em SP decidiu expulsar do partido o ex-governador Alberto Goldman, o secretário estadual de Governo, Saulo de Castro, e outros 15 filiados por “infidelidade partidária”. A notícia foi antecipada pela Coluna do Estadão. (PÁG. A13)

Ministros do STF pedem pacto de governabilidade (PÁG. A9)

Colunistas

Eliane Cantanhêde

Num segundo turno totalmente atípico, haverá menos festa e mais irritação, menos apoio e mais crítica do que jamais se viu. (POLÍTICA / PÁG. A)

Ana Carla Abrão

O Brasil gritou que não quer um sistema político para se perpetuar e que não se reconhece nos que aí estão. (ECONOMIA / PÁG. B6)

Notas & Informações

A vitória do cansaço

Se há hoje um partido com ampla penetração nacional é o partido da revolta contra a desfaçatez dos que há tempos se assenhorearam do Estado. (PÁG. A3)

Não faltam bons projetos

Há boas soluções disponíveis para os problemas do País – é só não deixar a ignorância e a altivez imperarem sobre a razão. (PÁG. A3).

Redação