Jornais do Brasil neste domingo 11 de novembro
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O Globo
Manchete : Os desafios de Moro
ORGANIZADAS EM PRESÍDIOS, FACÇÕES ESTÃO EM GUERRA EM 14 ESTADOS
A crise que Sergio Moro terá pela frente ao assumir o futuro Ministério da Justiça e Segurança Pública tem raízes nos presídios em que se organizam as 70 facções que controlam o crime nas ruas das cidades. Em 14 estados, grupos em guerra aterrorizam a população. Somam-se a isso as fronteiras vulneráveis, por onde passam armas e drogas, e mais de 63 mil homicídios em 2017, a esmagadora maioria sem solução. (PÁGINAS 10 e 11)
Senado se articula para conter pautas mais polêmicas
Senadores de diversos partidos já se articulam para tentar barrar propostas do próximo governo que consideram mais polêmicas, como a liberação do porte de armas. A negociação passa pela escolha do próximo presidente do Senado, que deve ter perfil moderado, sem alinhamento automático com Jair Bolsonaro. (PÁGINA 4)
Mudanças no ensino à base só de uma ‘canetada’
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, que defende mudanças no sistema de ensino, terá ao alcance várias medidas para a área que não precisam passar pelo Congresso. Entre outras prerrogativas, ele poderá orientar conteúdo de livros didáticos e do Enem e alterar critério de distribuição de recursos às universidades. (PÁGINA 47)
Fiscalização falha põe fundos de servidores em risco
Os fundos constituídos para pagar as aposentadorias de servidores públicos, em estados e municípios, já acumulam R$ 148 bilhões. São cerca de duas mil entidades sob fiscalização precária, e mais de 25% delas operam com liminares, por não prestarem contas. Mas há exemplos de boa gestão. (PÁGINA 39)
TRAGÉDIA – DESLIZAMENTO MATA 10
Uma rocha deslizou e destruiu oito casas no Morro da Boa Esperança, em Piratininga, Niterói, deixando ao menos dez mortos, entre eles idosos e duas crianças, uma de 9 anos e outra de 8 meses. O irmão da bebê tinha comemorado 3 anos horas antes e é um dos feridos em estado grave. (PÁGINA 31)
Colunistas
Merval Pereira
PSDB vê a ‘maior derrota’ e risco de ser dizimado (PÁGINA 2)
Lauro Jardim
Más notícias da Lava-Jato aguardam Pezão (PÁGINA 6)
Ascânio Seleme
Bolsonaro precisa aprender a perder (PÁGINA 16)
Míriam Leitão
Urnas nos EUA deram o recado: este é o século da diversidade (PÁGINA 40)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Equipe de Temer pede reforma da Previdência para socorrer Estados
Estratégia a ser sugerida a Bolsonaro é argumentar que ajuda financeira aos novos governadores só terá efeito se contas estaduais ficarem equilibradas
Com o agravamento da crise financeira dos Estados, a concessão de uma nova ajuda financeira já é considerada inevitável pela atual equipe econômica. Pelo menos sete governadores informaram à União que vão extrapolar o teto de gastos neste ano, descumprindo uma das exigências legais para ter direito ao refinanciamento. A crise dos Estados é agravada pelo rápido avanço das despesas com salários e aposentadorias. No ano passado, o dispêndio com aposentadorias e pensões foi de R$ 162,9 bilhões. O cálculo é de que o déficit ficou em R$ 106 bilhões. A estratégia que será sugerida pela área econômica de Michel Temer ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, é a concessão de socorro em troca de apoio à reforma da Previdência. A avaliação é de que essa reforma vai ajudar a equilibrar as contas federais e dará instrumentos aos novos governadores para fazer o ajuste fiscal ao alterar as regras de aposentadoria no setor público. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)
Centro tenta se agrupar após derrota nas urnas
Depois da expressiva derrota nas eleições presidenciais deste ano, nomes importantes do espectro político de centro buscam uma alternativa para se manterem como alternativa ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, e ao PT com vistas às disputas de 2020 e 2022. (POLÍTICA / PÁG. A4)
‘Sempre gostei de estudar e tinha dificuldade em Português’
Bolsonaro relembra tempo em que enviava palavras cruzadas ao ‘Estado’ (POLÍTICA/ PÁG. A9)
SIRIUS, UM PROJETO QUE COLOCA O BRASIL NO CENTRO DO MUNDO
Em fase final de montagem em Campinas (SP), o Sirius, acelerador de elétrons de quarta geração, deve entrar em funcionamento em 2019 e será uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron no mundo, informa Herton Escobar. A máquina, na prática, funcionará como um grande microscópio para estudar a estrutura molecular e o funcionamento de todo tipo de material. (METRÓPOLE / PÁG. A18)
‘DECISÃO DO STF É ALERTA PARA OS TIRÂNICOS’
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou censura imposta ao Estado deve “servir de alerta para aqueles que têm pendores tirânicos”, afirmou o advogado do Grupo Estado, Manuel Alceu Affonso Ferreira. O jornal estava proibido de publicar informações da Operação Boi Barrica envolvendo Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney (MDB), desde 2009. “Foi um processo cheio de incidentes, que talvez justifique um tempo a mais. Mas houve exagero”, disse Ferreira. Para ele, a decisão é fundamental para toda a imprensa. (POLÍTICA / PÁG. A12)
Comércio economiza R$ 1 bi com reforma (ECONOMIA / PÁG. B8)
Enem terá Matemática e Ciências no 2º dia (METRÓPOLE / PÁG. A19)
Vera Magalhães
A transição está se encarregando de dar a Jair Bolsonaro e sua equipe um choque de realidade. (POLÍTICA / PÁG. A9)
Eliane Cantanhêde
Com a troca de poder, do PT para Jair Bolsonaro, muda a situação do italiano Battisti. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Notas&Informações
As razões para o veto
Além do descaso com as finanças públicas, o reajuste de 16,38% para os ministros do STF fere a Constituição. Há, assim, motivo técnico cristalino para que o presidente Temer vete o imoral reajuste. (PÁG. A3)
Os frutos do saneamento
Estudo mostra como os serviços de água e esgoto produzem ganhos econômicos e sociais. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Bolsonaro não é a volta dos militares, afirma Villas Bôas
Segundo chefe do Exército, eleito é ‘muito mais um político’ mas influência sobre quartéis preocupa
A chegada do capitão reformado Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência não representa a volta dos militares ao comando do país, afirma o general Eduardo Villas Bôas, 67, comandante do Exército, em entrevista a Igor Gielow.
“A imagem dele como militar vem de fora. Ele é muito mais um político”, diz. “Estamos tratando com muito cuidado essa interpretação de que a eleição representa a volta dos militares ao poder. Absolutamente não é.”
Para ele, o Exército se preocupa, contudo, com o risco de politização dos quartéis. Por isso, pretende estabelecer uma linha divisória entre instituição e governo.
“Militares foram eleitos, outros fazem parte da equipe dele [Bolsonaro], mas institucionalmente há a separação. Estamos trabalhando para caracterizar isso, evitar que a política entre novamente nos quartéis.”
Sobre texto na véspera do julgamento de habeas corpus do ex-presidente Lula no STF, na qual repudiava a impunidade, diz que agiu “no limite”. “A coisa poderia fugir ao nosso controle se não me expressasse.” (Poder A5)
Carteira verde e amarela de Guedes reduz direitos de novos trabalhadores
Com a extinção do Ministério do Trabalho, o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes,deve dar curso ao processo de troca da carteira de trabalho azul pela verde e amarela, uma promessa de campanha. O governo eleito pretende flexibilizar os contratos, com a tese de que o menor engessamento vai ampliar a geração de empregos.
Críticos,no entanto,preveem esvaziamento da CLT. Na carteira verde e amarela, o trabalhador teria acesso apenas a direitos previstos na Constituição, como férias remuneradas, 13ºsalário e FGTS. Ela também seria porta de entrada para o regime de previdência em que a aposentadoria é resultado do que o trabalhador poupou. (Mercado A21)
Enquanto se debate idade penal, morte de jovens é recorde
O debate sobre redução da maioridade penal, que deve se ampliar no governo Bolsonaro, ocorre em momento de recorde de jovens de 10 a 19 anos vítimas da violência. Em 2016, a taxa dos que morreram assassinados foi de 32,2 para cada 100 mil. (Cotidiano B1)
Deslizamento em Niterói deixa pelo menos 10 mortos
Ao menos dez pessoas morreram após deslizamento no morro da Boa Esperança, em Niterói (RJ). Uma pedra atingiu de cinco a sete casas, informaram os bombeiros. Segundo a prefeitura, não havia “alto risco geológico” na região. (Cotidiano B4)
Elio Gaspari
Oportunistas, livreiros querem tungar os leitores (Poder A14)
Desmatamento na região amazônica explode durante período eleitoral (Ambiente B5)
Entidades tentam aprovar projetos ainda sob Temer (Mercado Aberto A22)
Editorial
De juiz a ministro
Acerca de poderes de Moro no combate à corrupção.
Astronauta na Esplanada
Sobre futuro titular da pasta da Ciência e Tecnologia. (Opinião A2).
Redação