Jornais do Brasil neste domingo 24 de dezembro
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24 de dezembro de 2017
O Globo
Manchete : Moro: rever prisão em 2ª instância é ‘terrível’
Para juiz, decisão do STF de revisar medida seria ‘tremendo retrocesso’
Magistrado critica Executivo e Legislativo pela falta de avanços em medidas contra a corrupção e afirma estar ‘absolutamente tranquilo’ pela decisão que tomou de condenar Lula
O juiz Sergio Moro afirmou que a sua principal preocupação no combate à corrupção é a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal rever a decisão que determinou a prisão imediata dos condenados após a confirmação da sentença pela segunda instância. “Seria um tremendo retrocesso”, disse, em entrevista a CLEIDE CARVALHO. Para o magistrado, a possibilidade de a impunidade voltar a ser a regra seria “terrível”. Moro foi eleito o Personagem do Ano de 2017 na América Latina pelos diretores e editores dos 11 jornais do Grupo de Diários América (GDA), entidade da qual O GLOBO faz parte. O juiz criticou a inércia de Executivo e Legislativo em avançar nas medidas anticorrupção, disse que “o preço da integridade é a eterna vigilância” e afirmou estar “absolutamente tranquilo” em relação à decisão de condenar o ex-presidente Lula.
(Páginas 3 e 4)
O Natal da Lava-Jato
Em São Paulo, Joesley e Wesley Batista passarão a noite trancados em celas individuais. Em Curitiba, haverá ceia. Os que foram soltos tentam ficar com as famílias.
(Página 5)
Embaixador do Brasil é expulso
A Assembleia Constituinte da Venezuela declarou o embaixador do Brasil, Ruy Pereira, persona non grata, o que significa a sua expulsão do país. O governo brasileiro havia criticado a perseguição do regime de Nicolás Maduro à oposição.
(Página 28)
Oi negocia crédito e venderá ativos
Com a aprovação do plano de recuperação, a Oi deve receber crédito de R$ 2 bi do banco chinês CDB. O presidente da Oi, Eurico Teles, disse que venderá ativos para investir.
(Página 25)
Desmatamento flagrado do alto
Imagens de satélite ajudam a identificar desmatamentos no Rio. Equipes em terra já confirmaram 340 casos em um ano e oito meses.
(Página 13
Lauro Jardim
A DELAÇÃO DE BARATA
O rei dos ônibus começou a negociar com o MPF.
(Página 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Benefício a juiz de 1ª instância supera o de tribunal superior
Extra com ‘penduricalhos’ chega a mais que o dobro, em média, para magistrados e desembargadores dos TJs
Juízes de primeira instância recebem mais benefícios como auxílio-moradia e auxílio-livro do que magistrados e ministros de tribunais superiores. Levantamento feito com base em informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o extra no contracheque com os “penduricalhos” chega, em média, a R$ 5 mil para juízes e desembargadores dos Tribunais de Justiça (TJs), ante R$ 2,3 mil para integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Superior Tribunal Militar (STM). O País tem 16 mil juízes e desembargadores e os dois tribunais superiores somam 141 magistrados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) não entraram na conta. O presidente da Associação de Magistrados do Brasil, Jayme de Oliveira, defende a legalidade dos auxílios. “São verbas legítimas e devem permanecer”, diz. Ele argumenta que as instâncias superiores garantem outras vantagens, como carros com motorista. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Análise
Luiz Guilherme A. Conci
A generosidade em causa própria (PÁG. A4)
De olho na eleição, em 2018
Analistas não duvidam dos avanços econômicos conquistados em 2017, mas lembram que ainda há muitos desafios, como a Previdência, que pode ter espaço central no debate eleitoral
J.R. Mendonça de Barros
2018 e além. (PÁG. B1)
Henrique Meirelles
Oportunidade para crescer junto com o Brasil. (PÁG. B3)
Roberto Rodrigues
Paz na Terra. (PÁG. B3)
José Márcio Camargo
Muitos avanços. Mas está faltando um. (PÁG. B4)
José Luis Oreiro
Agenda Brasil 2018. (PÁG.B4)
Zeina Latif
Encontro marcado em 2019. (PÁG. B5)
Luiz Schymura
A economia brasileira em 2018. (PÁG. B6)
Carlos Melo
A hora e a vez da política. (PÁG. B7)
Murillo de Aragão
Sobre incertezas e sangue-frio. (PÁG. B7)
Barry Eichengreen
O ano de se viver perigosamente. (PÁG. B8)
Monica De Bolle
A solidão da América Latina. (PÁG. B8)
‘Há uma avenida aberta para os outsiders’
Cotado para compor como vice uma chapa à sucessão presidencial, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), afirma que o centro político, no qual se insere, ainda não se estruturou para as eleições, o que dá espaço para “outsiders”. Ele diz que o ambiente hoje é péssimo e “empurra a política para os extremos”. “Quem tem espaço num campo desse é bravateiro e vendedor de terreno na Lua.” (POLÍTICA / PÁG. A5)
Venezuelanas vêm ao Brasil para dar à luz
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, 500 venezuelanas deram à luz na única maternidade pública do Estado de janeiro a novembro deste ano, ante 288 em 2016. (INTERNACIONAL / PÁG. A8)
Técnica altera DNA de forma simples e rápida (METRÓPOLE / PÁG. A11)
Colunistas
Vera Magalhães
Qual garantismo?
Apeada Dilma, iniciou-se um movimento de acomodação no establishment. (POLÍTICA / PÁG. A5)
Celso Ming
Boeing & Embraer
O negócio tem de ser visto pelo lado do que é melhor para o Brasil. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Notas & Informações
Voluntarismo no Supremo
O ministro Barroso, do STF, tem pressa. Parece considerar desnecessário respeitar os ritos processuais, os regimentos e estatutos e, no limite, a Constituição. (PÁG. A3)
Investimento, motor principal
Essencial, o investimento produtivo está retornando. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Sobrenome faz diferença em nota de matemática
Análise de desempenho dos estudantes da rede pública mostra que descendentes de japoneses levam vantagem
Crianças descendentes de avós ou bisavós japoneses estão um ano à frente dos de ancestralidade ibérica (portuguesa e espanhola ) no aprendizado de matemática. Pesquisa com metodologia inédita no país identificou a origem de sobrenomes e analisou o desempenho de todos os alunos da rede pública em provas aplicadas no terceiro e no quinto ano do ensino fundamental. Os pesquisadores isolaram outros possíveis impactos, como o índice socioeconômico dos p ais e a capacidade dos professores. A conclusão é que existe um “prêmio de ancestralidade” na performance educacional, de acordo com o especialista em políticas públicas Geraldo Silva Filho. Descendentes de japoneses citaram como possíveis causas para o desempenho superior o medo de decepcionar os pais, a obrigação de ir bem, a possibilidade de melhorar de vida e o interesse natural pelos estudos. Apurar hipóteses é o próximo passo dos pesquisadores. Entre elas está a de que algumas culturas são menos imediatistas —aceitam sacrifício no presente por resultados no futuro. (Cotidiano B1)
Apurações do governo contra corrupção caem 80% em 4 anos
Órgão anticorrupção do governo federal, a Controladoria- Geral da União reduziu o número de apurações. Dados obtidos pela Folha mostram que o número de ações anuais caiu de 11 mil em 2013 para cerca de 2.000 em 2017. A redução não tem relação direta com corte de verbas. A pasta afirma que melhorou seu filtro de órgãos e procedimentos que devem ser investigados. (Poder A4)
Debandada de aliados ameaça o futuro do clã Sarney em 2018 (Poder A7)
Caracas declara embaixador do Brasil ‘persona non grata’
O embaixador brasileiro Ruy Pereira foi declarado “persona non grata” pela Constituinte da Venezuela. A expulsão valerá até que “se restitua a ordem constitucional que o governo Temer rompeu” com a saída de Dilma, disse o órgão. Pereira está no Brasil. Haverá “reciprocidade”, informou em nota o Itamaraty. (Mundo A11)
Para ficar nos EUA, brasileiros ilegais recorrem a casamento falso (Mundo A11)
ONGs criam bancos de currículos para ajudar refugiados
Para ajudar refugiados a se recolocarem no mercado de trabalho, ONGs lançam iniciativas que conectam empresas e profissionais. Uma delas criou banco de currículos on-line e ajuda as companhias a selecionarem os perfis adequados. Segundo o Ministério da Justiça, os pedidos de refúgios no país triplicaram neste ano. (Mercado A13)
Editoriais
Leia “Cada um por si”, sobre decisões de ministros do Supremo, e “Efeito Odebrecht”, acerca de processo que quase derrubou o presidente do Peru. (Opinião A2).
Redação