Jornais do Brasil neste domingo 24 de setembro
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O Globo
Manchete : Uma em cada quatro balas apreendidas no Rio é de fuzil
Delegacia da Rocinha foi a que menos recolheu armas na cidade em 2017
Nos últimos três anos e meio, 548 mil munições foram tiradas de circulação no estado, sendo 123 mil da arma que pode matar a 1.500 metros de distância
De janeiro de 2014 a junho deste ano, a polícia apreendeu 123 mil balas de fuzil no Estado do Rio — quase um quarto de todas as 548 mil munições apreendidas no período. Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), analisados pela ONG Sou da Paz, dão a dimensão do atual poder de fogo dos bandidos.
Um tiro de fuzil pode acertar uma pessoa a até 1.500 metros de distância, e é letal: 90% das vítimas não sobrevivem. Apesar da intensa guerra de quadrilhas, a 11® DP, na Rocinha, foi a que menos apreendeu armas este ano: apenas cinco, e nenhum fuzil. Só na 38^ DP (Irajá), por exemplo, foram 49 fuzis e 61 outras armas. A polícia alega que os flagrantes da Rocinha vão para a 14a. DP (Leblon), mas lá também não houve registro de apreensão de fuzil. (Págs. 10 e 11)
Através da floresta, conflito se espalha
Até então restrita à parte alta da comunidade e à mata, a guerra da Rocinha se espalhou ontem por outras áreas da cidade. Perseguições policiais a bandidos que tentavam fugir do cerco das Forças Armadas se estenderam por cinco bairros, entre eles, a Tijuca. Três homens foram mortos e um menino de 13 anos foi ferido por bala perdida. Apesar do aparato militar, a polícia acredita que o traficante Rogério 157 tenha voltado de táxi para a favela. Ontem, houve novos tiroteios, e moradores em pânico estão abandonando comunidade. (Págs. 9,12 e 13)
Empresas que só fazem crescer, apesar da crise (Págs. 31A 33)
Alemanha deve dar hoje a Merkel o 4° mandato (Pág. 40)
Miriam Leitão
A paz armada e o medo que ronda a beleza hedonista de um Rio rebelde. (Pág. 9)
Merval Pereira
A falência do poder político no Rio e o desmonte da pacificação. (Pág. 4)
Gustavo H.B. Franco
O efeito borboleta das bobagens praticadas em nível federal. PÁGINA 34
Cacá Diegues
Rio é berço de Nem, mas de Cartola também, de bambas e bombas. (Pág. 21)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Lava Jato amplia cerco a Lula com seis novas investigações
PF e procuradores, a quase um ano da eleição, instauram procedimentos para apurar corrupção e lavagem
A Operação Lava Jato e seus desdobramentos ampliarão o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dificultarão ainda mais seu plano de disputar mais um mandato na eleição presidencial, marcada para outubro de 2018. Condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex do Guarujá, réu em seis ações penais e denunciado em outros dois casos, o petista agora é alvo de mais seis procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que podem resultar em processos por corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução a investigações.
Com o ex-presidente cada vez mais na mira da Justiça, partidos de esquerda já traçam caminhos alternativos para a eleição. (Política / Págs. A4 e A6)
Desgaste generalizado
Pesquisa exclusiva do Ipsos mostra que a imagem das autoridades brasileiras continua se deteriorando com a crise política do País. (Pág. A8)
Ministérios brigam por incentivos a montadoras
Divergências internas no governo travam as discussões sobre o novo regime automotivo e ameaçam atrasar o lançamento do Rota 2030, que substituirá o Inovar-Auto. O governo precisa que as novas regras estejam prontas até 3 de outubro.
Fazenda e Planejamento resistem em manter a renúncia fiscal de R$ 1,5 bilhão. Também há problemas de ordem legal. (Economia / Pág. B1)
Merkel lidera; ultradireita deve voltar ao Parlamento
Mais de 60 milhões de eleitores são esperados hoje numa eleição que se anuncia previsível, mas histórica para a Alemanha. Os eleitores devem consagrar a democrata-cristã Angela Merkel. O ineditismo fica por conta do provável ingresso do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento. Será a primeira vez que a extrema direita e os neonazistas voltam ao Reichstag desde 1945. (Internacional / Pág. A11)
Cerco não inibe tiroteios na Rocinha
Um dia após 950 militares cercarem a Rocinha, no Rio, seis pessoas foram presas. Entre elas, o traficante Luiz Alberto de Moura, o Bob do Caju, acusado de planejar a invasão à comunidade no domingo. Agentes também apreenderam 16 fuzis. Apesar do cerco, intensos tiroteios voltaram a ser registrados ontem no local. (Metrópole / Pág. A17)
Campeã de royalties, Ilhabela vive prosperidade do pré-sal
Município que recebe mais royalties pelo pré-sal em São Paulo, Ilhabela inaugurou neste mês 9 obras, de pontes a quadras esportivas e pavimentação de ruas. Em três anos, a arrecadação cresceu 150% e chegou a R$ 420 milhões. A prefeitura reformou a entrada da cidade e construiu uma sede nova, de R$ 17 milhões. (Economia / Pág. B6)
Macaé enfrenta crise
Antiga capital do petróleo, cidade fluminense sofre com a queda de produção na Bacia de Campos. (Pág. B6)
Gustavo H.B. Franco
O mau exemplo
No estado atual das coisas, não há meias palavras, o Rio é um desastre autoinfligido. (Economia / Pág. B4)
Vera Magalhães
PSDB alimenta Bolsonaro
Partido agoniza em praça pública e não consegue se apresentar como opção viável de poder. (Política / Pág. A8)
Celso Ming
O carro elétrico lá fora e aqui
Recebido com ceticismo há 7 anos, ele veio para ficar e tomar o lugar dos veículos convencionais. (Economia / Pág. B2)
Notas & Informações
Um diagnóstico sensato
Faz falta que cada um cuide do que lhe compete. No caso do cidadão, escolher bem quem terá seu voto. No das autoridades, zelar pelo interesse público. (Pág. A3)
Plano mirabolante (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer privilegia conservadores e empresariado
Maioria das reivindicações da indústria e dos ruralistas avança no atual governo, que nega haver favorecimento
Nos 16 meses do governo Michel Temer (PMDB), demandas do empresariado e de setores que defendem posições conservadoras tiveram avanço significativo no Executivo e no Congresso.
Assim que assumiu, em maio de 2016, Temer recebeu uma pauta de reivindicações dos empresários e dos ruralistas, dois segmentos que apoiaram o impeachment da petista Dilma Rousseff.
A Confederação Nacional da Indústria mandou 36 propostas “para o Brasil sair da crise” — 29 avançaram. Os ruralistas enviaram 17 prioridades, sendo 13 atendidas.
Entre os interesses desses dois setores estão a reforma trabalhista, a regulamentação da terceirização e a lei de regularização fundiária. As bancadas da bala (segurança) e evangélica também elogiam o governo.
Diretor do Diap (que reúne 900 entidades de trabalhadores), Antônio Augusto de Queiroz afirmou que a gestão Temer integra arranjo “em tomo da agenda neo-liberal”, menosprezando a correção de “desigualdades regionais e de renda”. Vinculada à Presidência, a Casa Civil disse que o governo atende em “tempo hábil” às demandas de todos os grupos, sem distinção. (Poder A4)
Vinícius Torres Freire
Desencanto com Doria anima feira de candidaturas. (Mercado Pág. 4)
Mesmo com Exército, Rio tem tiroteios e três mortos
Palco de guerra entre traficantes há uma semana e cercada pelo Exército, a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, teve tiroteios na madrugada e na tarde de sábado.
Confrontos também ocorreram em outros extremos da Floresta da Tijuca, que circunda a Rocinha e serve de esconderijo e rota de fuga aos bandidos. Três pessoas morreram e uma criança de 13 anos foi baleada, (Cotidiano B4)
Jânio de Freitas
A pior arma está fora da Rocinha, é o poder de Brasília (Poder A12)
Empresário quer ‘partido da favela’ com vida própria em 2020 (Poder A12)
Uberpoderosa Angela
A Alemanha vota neste domingo (24) em eleições que devem reeleger a chanceler Angela Merkel para um quarto mandato. Um tique com as mãos, o chamado “diamante de Merkel”, ê a marca da primeira-ministra, que tentará definir seu legado nos próximos quatro anos. (Mundo A14)
Desigualdade é escolha política no Brasil, diz economista
As medidas de ajuste das contas públicas adotadas pelo governo Temer devem elevar ainda mais a desigualdade, diz 0 irlandês Marc Morgan, que estudou a renda dos brasileiros. Ele diz que a contenção de gastos afetará sobretudo os mais pobres.
Para Morgan, houve escolha política pela desigualdade, pois governantes optaram por não limitar a renda do topo, com tributação mais justa. (Mercado Pág. 5)
Brancos usam cota de negros para ingressar em medicina
Brancos usam cotas para negros para ingressar no curso de medicina da Universidade Federal de Minas, um dos melhores do país.
O caso de um estudante loiro e de pele clara ê um dos apontados como fraudulentos. As queixas são endossadas pelo movimento negro. A UFMG diz que vai aperfeiçoar o sistema e que investiga denúncias. (Cotidiano B1)
Editoriais
“Balões para 2018”, sobre ensaios de candidaturas ao Planalto, e “Moralismo e censura”, acerca de ações que afrontam a liberdade de expressão. (Opinião A2).
Redação