Jornais do Brasil neste domingo 29 de outubro
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O Globo
Manchete: Congresso já prepara novo ataque à Lava-Jato
Projetos proíbem delações de réus presos e limitam conduções coercitivas
Vitória no STF, que deu aos parlamentares a palavra final sobre a aplicação de medidas cautelares contra eles, incentivou a retomada de outras propostas que inibem a apuração de casos de corrupção
Após a vitória no Supremo Tribunal Federal, que deu ao Congresso a palavra final sobre a aplicação de medidas cautelares contra deputados e senadores, um grupo de parlamentares já se articula para aprovar projetos que ameaçam inviabilizar a Lava-Jato e outras investigações de corrupção. Na lista de propostas há proibição de delação de réus presos, restrição de conduções coercitivas, fixação de limites para investigações sobre escritórios de advocacia e proibição da divulgação de delações. Semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, retomou a discussão do projeto sobre abuso de autoridade. (Pág. 3)
Joalheiros na sala de aula
Donos da H.Stern, que fizeram acordo de delação no caso Cabral, disseram à repórter JULIANA CASTRO que ensinam ética a jovens carentes. (Pág. 4)
Esperança derrotada pela lama
Dois anos após a maior tragédia ambiental do país, vítimas de Mariana não foram indenizadas pelo vazamento da barragem da Samarco, relata a enviada especial ANA LUCIA AZEVEDO. Moradores expulsos pela lama perderam a esperança de voltar. (Págs. 6 e 7)
Colunistas
MERVAL PEREIRA
A aposta dos réus na 2ª instância. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
A política na era da pós-verdade. (Pág. 40)
ANCELMO GOIS
China investe quase US$ 8 bi no Brasil. (Pág. 12)
Ibope: Lula e Bolsonaro lideram
Lula, com 35%, e Jair Bolsonaro (15%) iriam para o segundo turno se as eleições de 2018 fossem hoje. Luciano Huck teria entre 5% e 8%. (Pág. 2)
União pode ter perda de R$ 633 bi
Ações no Supremo Tribunal Federal que questionam a cobrança de tributos poderão fazer a União perder até R$ 632,7 bilhões, dificultando o equilíbrio fiscal. (Pág. 39)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Antes de deixar PGR, Janot deu superpoderes a procuradores
Normas que regulam investigações criminais são contestadas por entidades de magistrados, advogados e policiais
Resolução publicada na reta final da gestão de Rodrigo Janot à frente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) permite a promotores e procuradores realizar vistorias, inspeções e diligências sem autorização judicial. As normas, editadas para regular o procedimento investigatório criminal, vêm sendo contestadas por entidades de representação de magistrados, advogados e policiais federais por conceder “superpoderes” à instituição. Entidades ajuizaram ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade da Resolução 181, de 7 de agosto – Janot deixou o comando do CNMP e da Procuradoria-Geral da República em 17 de setembro. A norma é defendida pelo presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti. As queixas já estão sob análise da procuradora-geral, Raquel Dodge. Janot não respondeu à reportagem. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Sindicatos fazem cláusula para se blindar da reforma
Uma cláusula de proteção contra mudanças propostas pela reforma trabalhista está sendo incluída em acordos de sindicatos cujos trabalhadores têm data-base no fim do ano. Os metalúrgicos do ABC foram os primeiros a adotar a medida. O governo vai esperar a reação do mercado antes de detalhar os temas polêmicos da reforma, que entra em vigor no dia 11. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)
‘O presidente Temer deveria me agradecer’
Rodrigo Maia diz que a relação com o presidente Michel Temer não será a mesma de antes da votação das denúncias se o governo não reorganizar a base, afirma que a reforma da Previdência não será a “dos sonhos” e defende que o DEM tenha candidato próprio em 2018. (POLÍTICA / PÁG. A8)
‘O Congresso não pode esvaziar a Lava Jato’
Para Alexandre de Moraes, parlamentares não podem interferir na operação, que deve ir até o fim, com a condenação rápida dos culpados. Há seis meses na vaga de Teori Zavascki, o ministro defende o uso da delação para “pegar do bagrinho ao tubarão”. (DIRETO DA FONTE / PÁG. C2)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
O filho do Cesar Maia Rodrigo Maia cresceu, encorpou, e agora está cheio de minhocas na cabeça. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Vera Magalhães
O tempo na política A um ano das eleições, a maré parece favorecer quem consolida a imagem aos poucos. (POLÍTICA / PÁG. A10)
Notas & Informações
A responsabilidade do voto
Num Estado Democrático de Direito, quem tem o poder e a responsabilidade de salvar a política é a população, ao exercer conscientemente seus deveres cívicos. (PÁG. A3)
A sensatez do presidente do TST
Sabotar reforma trabalhista seria suicídio institucional. (PÁG. A3).
Redação