Jornais do Brasil neste sábado 05 de janeiro.

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05 de janeiro de 2019

O Globo

Manchete: Assessores negam anúncio de Bolsonaro sobre impostos

Afirmação sobre reforma da Previdência mais branda também foi corrigida

Declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre aumento do IOF, redução de alíquotas de Imposto de Renda e idade mínima para aposentadoria provocaram tensão no governo e levaram assessores a desmentirem as informações. O secretário da Receita, Marcos Cintra, afirmou que não houve decreto acerca do IOF e do IR. Já o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que Bolsonaro se equivocou. Anteontem, antes da entrevista em que falou sobre Previdência, o presidente discordou do ministro Paulo Guedes sobre a extensão da reforma em reunião. (PÁGINAS 21 a 23)

Fusão da Embraer

Ações caem após fala do presidente

Depois de cerimônia na Base Aérea de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro criticou o acordo final de fusão da Embraer com a Boeing. As ações da empresa brasileira caíram 5%. (PÁGINA 24)

Governadores já exoneraram 22 mil funcionários comissionados (PÁGINA 9)

Moro decide mandar 300 homens da Força Nacional ao Ceará (PÁGINA 10)

Ao apagar das luzes, Alerj aprova pautas-bomba

Em dezembro, a Assembleia do Rio aprovou leis que podem impactar finanças do estado, como a desativação de pardais em rodovias e a ampliação da faixa de renda com direito ao Bilhete Único. Governador Witzel pode vetá-las. (PÁGINA 12)

Grupo de Lima quer nova eleição na Venezuela

Em declaração conjunta, com ameaça de sanções, grupo que reúne 14 países das Américas pressiona Nicolás Maduro a não tomar posse na semana que vem e propõe nova eleição presidencial, pois a última foi “ilegítima”. (PÁGINA 26)

Witzel inova ao usar faixa até em reunião com o secretariado (PÁGINA 13)

Colunistas

MERVAL PEREIRA

Bolsonaro é parte da ascensão de direita forte no mundo (PÁGINA 2)

MÍRIAM LEITÃO

Já passou da hora de o governo ter clareza na Previdência (PÁGINA 22)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Fala de Bolsonaro expõe falta de sintonia no governo

Declarações sobre Previdência e impostos causam confusão e levam chefe da Casa Civil a explicar ‘equívocos’

A primeira semana de Jair Bolsonaro na Presidência terminou com desencontros sobre as principais medidas econômicas do governo. A declaração do presidente sobre reforma da Previdência, na quinta-feira, provocou dúvidas que seus assessores não conseguiram explicar. Ontem, Bolsonaro anunciou mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do Imposto de Renda (IR), que também foram negadas por sua equipe. No meio do dia, Bolsonaro disse que havia assinado decreto elevando o IOF para operações externas, sem dar detalhes. A declaração foi mal recebida pelos agentes econômicos. À tarde, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que Bolsonaro havia se “equivocado” e que não haveria aumento de IOF. Além disso, a mudança na tabela do IR, segundo o secretário, só seria feita em momento “oportuno”. No fim do dia, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, convocou entrevista coletiva e disse que “não tem aumento de impostos”.
(ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)

Disputa interna

Idas e vindas revelam disputa entre o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. A elevação do IOF foi cogitada por Guedes, mas acabou derrubada por Onyx.
(PÁG. B4)

Moro manda tropas ao Ceará após novos ataques

O ministro Sérgio Moro (Justiça) autorizou o envio de 300 homens da Força Nacional ao Ceará, depois de nova onda de ataques a veículos, prédios públicos e bancos. Anteontem, ele havia negado o deslocamento imediato da tropa. Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, não houve recuo nem demora do governo em agir. Um homem foi morto em confronto com a polícia. Ontem, o Pará também pediu o auxílio da Força Nacional.
(METRÓPOLE / PÁG. A12)

Maia adianta pagamento de R$ 17 mi para mudanças

Em campanha pela reeleição à presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) antecipou o pagamento de auxílio-mudança aos deputados. O benefício, de R$ 33,7 mil, equivale a um salário e é tradicionalmente pago ao fim do mandato, em 31 de janeiro, mas foi depositado no dia 28 de dezembro. Ao todo, 505 deputados receberam a verba, num total de R$ 17 milhões. Maia não se pronunciou. POLÍTICA /
(PÁG. A4)

Grupo de Lima quer sanções a Maduro

O Grupo de Lima, formado por países latino-americanos, anunciou que não reconhecerá o novo mandato de Nicolás Maduro e prometeu sanções contra membros do governo venezuelano.
(INTERNACIONAL / PÁG. A11)

Concessão do Parque Olímpico é suspensa

O Ministério do Esporte – convertido por Bolsonaro em secretaria – suspendeu a concessão do Parque Olímpico, no Rio, à iniciativa privada após o Ministério Público apontar irregularidades, informa Raphael Ramos. O principal problema é a contratação do BNDES para fazer estudos de viabilidade de concessão que são de responsabilidade de autarquia criada para esse fim.
(PÁG. A14)

Presidente questiona fusão e Embraer cai 5% (Economia/B8)

País pode ter base dos EUA, diz chanceler (Política / Pág. A8)

Paralisia no PSDB abre espaço para Doria (Política / Pág. A6)

Adriana Fernandes

Menos de 48 horas depois do discurso de Paulo Guedes, a realidade revelou divergências sobre medidas econômicas.
(ECONOMIA / PÁG. B5)

Notas & Informações

Confusão

A disposição do presidente de se comunicar com o público é muito bem-vinda, mas é um ato funcional. Deve ser destinado a explicar, jamais a confundir.
(PÁG. A3)

A crise dos municípios

Em lugar de conter a deterioração financeira, o que se ouve da maioria dos prefeitos é o clamor para abrandar a lei fiscal.
(PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Bolsonaro diz que IOF vai subir e seu governo desmente

Medida, disse presidente, compensaria incentivos ao Norte e ao Nordeste; Receita vê confusão, e Casa Civil, equívoco

Em seu quarto dia como presidente, Jair Bolsonaro (PSL) teve um anúncio seu, sobre aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), desmentido por dois integrantes de sua equipe. De manhã, Bolsonaro afirmou que assinara um decreto elevando a alíquota do IOF para compensar a prorrogação de incentivos fiscais ao Norte e ao Nordeste. À tarde, a afirmação foi desmentida pelo Secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Não, não. Deve ter sido alguma confusão. Ele não assinou nada”, declarou Cintra, que informou não haver necessidade de o governo apontar fonte de compensação de receita para o prolongamento dos incentivos. Onyx negou que o governo aumentará impostos e disse que Bolsonaro “se equivocou”. “Ele assinou a continuidade do projeto da Sudam e da Sudene. Foi isso.” Segundo ele, cogitou-se a alta do IOF, mas o governo mudou de ideia e decidiu editar um decreto que limita os benefícios aos recursos disponíveis no Orçamento de 2019. (Mercado A13)

Moro autoriza ação da Força Nacional por 1 mês no Ceará

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, autorizou que a Força Nacional de Segurança atue por 30 dias no Ceará para ajudar a conte r a onda de violência no estado. Fortaleza e região tiveram duas noites seguidas de ataques contra prédios públicos, b ancos e ônibus. Jair Bolsonaro disse que ajudaria o estado apesar de o governo local ser do PT. (Cotidiano B1)

Pátria amada, Brasil

Jair Bolsonaro em evento da Força Aérea Brasileira; governo lançou trecho do Hino Nacional como slogan, na noite de ontem, apenas nas redes sociais (Poder A4)

Países pedem que Maduro deixe de assumir mandato

O Grupo de Lima decidiu que não reconhecerá o novo mandato de Nicolás Maduro, por considerar as últimas eleições ilegítimas. Eles pedem que o ditador venezuelano transfira o poder à Assembleia Nacional, para a convocação de um novo pleito. (Mundo A10)

PF rastreia R$ 23 mi da JBS em empresas ligadas a Kassab

A Polícia Federal rastreou pagamentos de R$ 23 milhões da JBS a empresas ligadas a Gilberto Kassab (PSD), secretário licenciado da Casa Civil do governo João Doria (PSDB-SP). Kassab, que se afastou para se defender, nega irregularidades. (Cotidiano B2)

Bolsonaro levanta dúvida sobre fusão Boeing-Embraer

Presidente expressou preocupação com a possibilidade de a nova empresa a ser formada pelas duas fabricantes não ter participação brasileira no futuro. Negócio precisa do aval do governo para ser fechado. Ações da Embraer despencaram 5,02%. (Mercado A16)

Demétrio Magnoli

Nenhuma autoridade cita Deus em vão

O presidente Jair Bolsonaro mencionou Deus abundantemente nos seus dois discursos de posse. Nenhuma autoridade menciona Deus em vão. O nome é usado para iludir, enganar, trapacear. (Poder A8)

Editoriais

Planos privatistas

Sobre sinais de ministros ligados à infraestrutura.

Funai esvaziada

A respeito de demarcação de terras sob Bolsonaro. (Opinião A2).

Redação