Jornais do Brasil neste sábado 10 de novembro

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10 de novembro de 2018

O Globo

Manchete : Deputados lotearam postos do Detran em 20 cidades

Divisão era de acordo com área de influência; maior parcela cabia a Picciani

Os dez deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça lotearam entre si postos do Detran em 20 cidades do Estado do Rio, incluindo a capital, Niterói e municípios da Baixada e das regiões dos Lagos e Serrana. Segundo os procuradores envolvidos na investigação, os cargos eram oferecidos em troca de apoio político, de acordo com a aérea de influência do parlamentar.

A maior parcela cabia ao ex-presidente da [ Alerj Jorge Picciani (MDB), que fazia indicações em seis cidades. Planilhas guardadas em notebook do deputado Edson Albertassi (MDB) mostram o número de indicações de cada parlamentar: Luiz Martins (PDT) tinha 137, e Chiquinho da Mangueira(PSC),74. (Página 10)
Suspeita de propina leva Joesley à prisão

O empresário Joesley Batista foi um dos presos em operação da Polícia Federal que investiga esquema de propina no Ministério da Agricultura. Para a PF, dono da J&F omitiu prática de corrupção no depoimento que lhe valeu benefícios da Justiça. Ex-titular da pasta, o vice-governador de Minas, Antonio Andrade, também foi preso. (Página 4)
Juízes querem adicional se cair auxílio-moradia

Associações de juízes querem a volta do adicional por tempo de serviço para cumprir o acordo que o presidente do STF, Dias Toffoli, fez com o presidente Temer, de abdicar do auxílio-moradia para compensar o aumento aprovado pelo Senado. Na internet, Bolsonaro queixou-se do reajuste: “Estão jogando na minha conta”. (Página 7)
Magno Malta declara ao TSE despesa contestada

Senador do Espírito Santo declarou gasto de R$ 120 mil com trio elétrico na campanha, mas dono do carro nega o aluguel. (Página 8)
Subsídios tributários ajudam indústria, mas prejudicam inovação

O setor industrial pretende negociar com Bolsonaro para manter os subsídios do governo federal, que em dez anos foram de R$ 23,1 bilhões para R$ 51,6 bilhões. Para especialistas, o benefício afeta o investimento em inovação. (Página 17)
Miriam Leitão

Mudança acanhada na Previdência não resolve os desequilíbrios (Página 18)
Merval Pereira

Dissidência do PSDB será ponto de partida para outra legenda (Página 2)
Zuenir Ventura

Deus não governa, mas é um álibi para justificar fracassos (Segundo Caderno / Página 3)
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O Estado de S. Paulo

Manchete : Equipe de Bolsonaro quer cortar tarifa para facilitar importação

Nos três projetos em avaliação, abertura comercial ocorreria sem contrapartidas; CNI diz não ser contra iniciativa, desde que negociada em acordos internacionais

A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, analisa três propostas de abertura comercial para o País. Os estudos propõem a redução de tarifas de importação de forma unilateral para diversos produtos, ou seja, sem exigência de contrapartidas. A redução seria feita em conjunto com uma reforma tributária, o que se avalia que ajudaria a melhorar o ambiente de negócios. O argumento para o corte de tarifas – principalmente de bens de capital, bens de informática e de algumas matérias-primas – é melhorar a competitividade brasileira. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende que a redução de tarifas ocorra em meio a negociações comerciais, garantindo alguma contrapartida ao País. “Abertura unilateral. Que benefício tem?”, pergunta o presidente da CNI, Robson Andrade. Ele defende que o Brasil receba algo em troca pelo acesso a seu mercado. A CNI, porém, concorda com a ideia, presente em um dos estudos, de acabar com a regra pela qual todos os países do Mercosul cobram a mesma tarifa quando importam de fora do bloco. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)

Ruralistas tentam novo Refis

Parlamentares se articularam para tentar mudar proposta da equipe econômica do governo Temer. Medida, que teria impacto de R$ 3,8 bilhões nos cofres públicos, foi barrada. (PÁG. B7)

Joesley volta à prisão acusado de ‘ocultar fatos’

Polícia Federal também prendeu vice-governador de Minas

A Polícia Federal prendeu o empresário Joesley Batista e o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB). Eles são acusados de participar de um esquema de pagamento de propinas na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura. Segundo a PF, “houve clara comprovação” de que Joesley e funcionários da J&F mentiram em suas delações para obstruir a Justiça. A defesa dos acusados nega. (POLÍTICA / PÁG. A4)

‘Brasil tem direito para tudo’, diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil tem muitos direitos trabalhistas e que é preciso destravar a economia. “O Brasil tem direito para tudo, mas não tem emprego”, disse. O presidente eleito falou, porém, que “o Brasil é um País dos direitos”, todos previstos na Constituição, e que não vai tirá-los. Ele afirmou que Sérgio Moro vai “pescar” corruptos com “rede de arrastão”. (POLÍTICA / PÁG. A10)

Doria avalia extinção ou fusão da estatal Dersa

Uma das propostas analisadas pela equipe de transição do governador eleito João Doria (PSDB) é incorporar a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), que executa grandes obras viárias em São Paulo, ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A mudança acabaria com a marca que foi foco de denúncias de corrupção nos governos tucanos do Estado. (POLÍTICA / PÁG. A12)

Polícia de SP monitora internet para evitar crimes

A Polícia Civil de São Paulo tem feito o monitoramento de redes sociais para prevenir e investigar crimes. A técnica, chamada de “cerca eletrônica”, permite acompanhar, em tempo real, publicações no Facebook, Instagram e Twitter. O método já obteve indícios usados em inquéritos no Estado. Para especialistas, uso desses dados é tendência “irreversível”. (METRÓPOLE / PÁG. 19)

Trump veta pedido de refúgio para imigrante ilegal

Com o avanço das caravanas de imigrantes da América Central que seguem para os EUA, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que proíbe, por 90 dias, a solicitação de refúgio de pessoas que tenham entrado ilegalmente no país pelo México. A medida, assinada com base na Lei de Segurança Nacional, passa a valer hoje e pode afetar mais de 10 mil pessoas por mês que se entregam a agentes de fronteira na esperança de serem protegidas da violência em seus países de origem. Os pedidos de refúgio no país aumentaram quatro vezes desde 2014, com 750 mil casos esperando julgamento nos tribunais americanos. (INTERNACIONAL / PÁG. A14)

Multa por desrespeito a frete chega a R$ 10,5 mil (ECONOMIA / PÁG. B10)

Lula agia como dono do sítio, diz Léo Pinheiro (POLÍTICA / PÁG. A10)

Adriana Fernandes

O presidente eleito teve um encontro nada fácil com a capital. É o “efeito Brasília”. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Notas&Informações

Fim da mordaça

Mais do que lutar pelo direito de informar, usando todos os meios legais para tal, o Estado lutou, antes de tudo, pela liberdade e pelo direito que tem a sociedade de ser informada. (PÁG. A3)

As urgências do agronegócio

A futura ministra terá de deixar de lado os interesses de sua bancada parlamentar. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Polícia Federal prende Joesley, vice de Minas e políticos de PP e MDB

Operação investiga suposto esquema de corrupção em 2014 e 2015 no Ministério da Agricultura, na gestão Dilma

A Polícia Federal prendeu ontem Joesley Batista, um dos donos da JBS, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), o ex-ministro Neri Geller (PP-MT) e o deputado estadual João Magalhães (MDB-MG), em operação que apura corrupção no Ministério da Agricultura em 2014 e 2015.

Houve outros 15 pedidos de prisão temporária — de no máximo cinco dias —, incluindo três para delatores do grupo J&F, que controla a JBS. A PF diz que as prisões dos executivos foram necessárias porque houve omissão de dados à Justiça nas colaborações. A defesa nega que isso tenha ocorrido.

Um dos presos, tido como operador do vice-governador, tentou esconder R$ 3.000 em vaso sanitário para evitar a apreensão do dinheiro. Andrade, que não se manifestou, e Geller, que não foi encontrado, foram ministros de Dilma Rousseff (PT). Magalhães também não foi localizado. (Poder / Pág. A4)

Bolsonaro vai receber rombo de R$ 259 bi do Congresso

No último ano de mandato, deputados e senadores armaram para o governo Bolsonaro bomba fiscal de ao menos R$ 259 bilhões, mostra levantamento da Folha.

O valor se refere ao impacto nas contas públicas, em quatro anos, causado por dez projetos aprovados ou que avançaram no Congresso, a despeito do teto de gastos. (Mercado / Pág. l)

Julianna Sofia

Após reajuste, STF não mostra pressa para contrapartida (Opinião / Pág. A2)

Presidente eleito quer ver antes as questões do Enem

Em vídeo publicado na internet, Jair Bolsonaro disse que quer “tomar conhecimento da prova” do Enem antes da realização do exame, o que contraria aspectos técnicos e de segurança. O objetivo é evitar questões sobre LGBTs, por exemplo. (Cotidiano / Pág. B6)

Covas tentará votar nova previdência de SP ainda neste ano (Cotidiano / Pág. 11)

EUA suspendem asilo de ilegais vindos do México

Para conter imigrantes em caravana, Donald Trump assinou ordem que bloqueia, por 90 dias, pedidos de asilo de quem entrar ilegalmente pelo México. Solicitações ficam restritas a portões oficiais. (Mundo / Pág. A14)

Editorial

Nova CLT, 1o ano

Acerca de resultados parciais da reforma trabalhista.

Lacuna na lama

Sobre papel do setor público na tragédia de Mariana. (Opinião / Pág. A2).

Redação