Jornais do Brasil neste sábado 13 de janeiro
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13 de janeiro de 2018
O Globo
Manchete : Rio tem primeira morte por febre amarela em 2018
Vítima residia na área rural de Teresópolis
Morador de Valença é internado com a doença; ministro descarta antecipar campanha de vacinação, e SP registra longas filas em postos
O Estado do Rio registrou a primeira morte por febre amarela do ano, no mesmo dia em que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, descartou antecipar o início da campanha de vacinação, alegando que precisa treinar os agentes de saúde para fracionar as doses de vacina disponíveis. A vítima, um homem de 48 anos, morava na área rural de Teresópolis, município que não está incluído no programa emergencial de vacinação — assim como Valença, onde um paciente está internado com a doença. O país registra 175 mortes por febre amarela desde dezembro de 2016, com 523 casos confirmados. Em SP, onde o número de mortes subiu para 21 a partir do início de 2017, longas filas se formaram em dezenas de postos de saúde, e a vacina sumiu das clínicas particulares. (PÁGINA 23)
Uma sexta-feira violenta, do Jacarezinho à Gávea
Dia foi marcado por execução, tiroteios e fila de suspeitos
Casos de violência marcaram a sexta-feira no Rio. No Jacarezinho, a execução de um delegado resultou numa operação policial em que um homem foi morto e 40 pessoas foram detidas. No Complexo do Lins, também na Zona Norte, um helicóptero da TV Globo flagrou bandidos descarregando carga de aparelhos eletrônicos roubada, um dos crimes cuja incidência mais aumenta no estado. Na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, um segurança foi baleado ao trocar tiros com assaltantes. E na PUC, na Gávea, uma faxineira foi ferida por bala perdida disparada da Rocinha. (PÁGINA 8)
Enquanto isso…
Reunião de autoridades nada decide
Mais uma reunião de Pezão com os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Torquato Jardim (Justiça) para discutir o Plano Integrado de Segurança terminou sem o anúncio de medidas concretas. (PÁGINA 8)
Chegada de Bolsonaro implode PSL
O PSL, novo partido do presidenciável Jair Bolsonaro, está em crise desde que ele se filiou. O Livres, corrente de viés liberal do partido, debandou no mesmo dia, alegando incompatibilidade ideológica. Seis deputados que planejavam entrar no PSL desistiram. (PÁGINA 6)
Meirelles minimiza rebaixamento do país
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que mercado já esperava redução de nota e cobrou apoio do Congresso para a Previdência. (PÁGINA 17)
Xingamento de Trump causa revolta
Ao chamar de “países de merda” Haiti, El Salvador e nações africanas, Trump provocou reações indignadas de representantes da ONU, dos países citados e até de líderes republicanos. O embaixador dos EUA no Panamá renunciou. (PÁGINA 21)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Planalto teme que tensão eleitoral atrapalhe economia
Presidente busca evitar que disputa política divida sua base de apoio e prejudique reforma da Previdência
A crescente tensão eleitoral na base de apoio ao presidente Michel Temer preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro da economia. Segundo os estrategistas do governo, as pretensões políticas de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e de Henrique Meirelles (PSD), ministro da Fazenda, poderão atrapalhar as costuras para a aprovação da reforma da Previdência, considerada neste momento vital para a continuidade da recuperação econômica. Maia e Meirelles têm, ainda que não admitam publicamente, o desejo de concorrer à sucessão de Temer em outubro. O elogio feito pelo presidente ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em entrevista ao Estado nesta semana, teve como principal objetivo, segundo fontes do Palácio do Planalto, brecar, ainda no início, o atrito entre Maia e Meirelles, já que Alckmin também é presidenciável e espera contar com o apoio de Temer nas eleições. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Dólar e Bolsa não sentem reflexo
Um dia após o rebaixamento do rating do País, moeda americana caiu para R$ 3,20, menor nível em três meses. Ibovespa manteve 79 mil pontos. (PÁG. B3)
Rebaixamento pode impulsionar reforma
O governo quer usar a decisão da S&P de rebaixar o rating do País para obter os 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência, em fevereiro. (ECONOMIA / PÁG. B1)
BNDES deve devolver este ano R$ 130 bi ao Tesouro
O BNDES propôs ao governo devolver, ainda no primeiro semestre, R$ 30 bilhões emprestados pelo Tesouro Nacional. Os outros R$ 100 bilhões em negociação seriam repassados no segundo semestre. Depois da polêmica entre o banco e a equipe econômica em torno da devolução antecipada dos empréstimos, a relação começou a se normalizar no final de 2017, quando ficou em evidência a necessidade de recursos para que o governo cumpra seus compromissos. (ECONOMIA / PÁG. B5)
Lava Jato volta a questionar recibos de Lula
Em suas alegações finais, a força-tarefa da Lava Jato no MPF pediu ao juiz Sérgio Moro que reconheça que os recibos assinados por Glaucos da Costamarques e entregues pela defesa do ex-presidente Lula para comprovar pagamento do aluguel de imóvel em São Bernardo são ideologicamente falsos. (POLÍTICA / PÁG. A8)
CVM proíbe fundo de investir em bitcoin (ECONOMIA / PÁG. B8)
SP faz concessão de transportes
Governo do Estado quer facilitar deslocamentos para centros regionais, mas modelo de concessão dos transportes deve alterar itinerários e reduzir a frota. (METRÓPOLE / PÁG. A12)
Delegado é executado no Rio
Policiais fazem operação na favela do Jacarezinho, a cerca de 800 metros da Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, horas depois de o delegado Fábio Monteiro, de 39 anos, ter sido encontrado morto a tiros. O corpo estava no porta-malas de um carro. Testemunhas disseram que quatro homens participaram do assassinato. Pelo menos 40 suspeitos foram detidos para prestar depoimento, mas até o início da noite o crime não havia sido esclarecido. (METRÓPOLE / PÁG. A12)
Estado tem 21 mortes por febre amarela
Chega a 21 o número de mortes por febre amarela no Estado de São Paulo desde janeiro do ano passado – foram relatados dez casos em 2017. Também houve aumento, de 29 para 40, nos casos autóctones (transmissão interna) da doença. Na capital, a procura por vacina é grande até mesmo nos bairros fora das áreas de risco. (METRÓPOLE / PÁG. A13)
Venezuelano consome comida de cão, diz ONG (INTERNACIONAL / PÁG. A11)
Affonso Celso Pastore
Criptomoedas geram oscilações de preços, razão pela qual BCs advertem sobre seus males. (ECONOMIA / PÁG. B8)
João Domingos
Jair Bolsonaro é um candidato reativo. Depende de Lula para se firmar entre os eleitores. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas&Informações
O Brasil reprovado de novo
O novo rebaixamento do País poderá, segundo analistas, mobilizar os políticos para a reforma previdenciária. Se isso acontecer, será a única surpresa real. (PÁG. A3)
Corporações encasteladas
Manifestações como as da Ajufe revelam corporações que defendem interesses próprios. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Rebaixamento causa atrito entre Meirelles e Rodrigo Maia
Mudança na nota do país pela S&P faz cotados ao Planalto trocarem acusações
O debate sobre o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard& Poor’s foi afetado pela disputa entre o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ambos disputam o posto de candidato governista nas eleições de outubro. Inicialmente, Meirelles responsabilizou o Congresso pelo atraso na aprovação de medidas do ajuste. A demora para votar a reforma da Previdência está entre os fatores que pesaram na decisão da S&P. Maia se irritou com o discurso e disse ao presidente Michel Temer que Meirelles “errou o tom”. Ontem, o ministro afirmou em entrevista que a redução da nota não pode ser transformada em uma “grande questão política”. Em afago aos parlamentares, declarou que a decisão não é responsabilidade “deste ou daquele” e que eles têm aprovado reformas “fundamentais para o país”. Até agora, Meirelles e Maia aparecem nas pesquisas de intenção de voto com, no máximo, 2%. (Mercado a15)
Rocha Loures e empresa têm divergência em depoimento
O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), ex-assessor de Michel Temer, integrou grupo criado pelo governo para discutir as novas normas que foram benéficas para o setor dos portos. É o que relatou à Folha a empresa Rodrimar, investigada sob suspeita de ter sido favorecida pelo decreto dos portos do presidente, que foi editado em maio de 2017. Rocha Loures nega. Disse à PF que empresas “imaginavam” nele interlocutor do Planalto para o tema, o que “não era verdadeiro”. (Poder a4)
Pastor e delegado podem disputar eleição pelo PSOL
Em busca de aproximação com eleitores inclinados à direita, o PSOL do Rio articula lançar ao Legislativo candidatos como o pastor batista Henrique Vieira, 30. Em vídeo divulgado na internet ele diz que “nem todo evangélico é fundamentalista”. O delegado Orlando Zaccone, 53, que ganhou projeção ao atuar no caso Amaril do, também pode concorrer pela legenda. (Poder a8)
CVM decide que fundos não podem investir em bitcoin
A Comissão de Valores Mobiliários proibiu gestores e administradores de fundos de investirem em bitcoins e outras criptomoedas. Para a Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM, o debate sobre o investimento ainda é “bastante incipiente” e envolve riscos. (Mercado a21)
Rodrigo Zeidan
Mobilidade social e violência são o que temos de pior
Um novo colunista deve se apresentar, e aqui vai minha declaração de princípios: um economista que vê na injustiça social o maior entrave a sairmos da armadilha da classe média. (Mercado a22)
Editoriais
Leia “Sucessão de erros”, sobre polêmica em torno do indulto de Natal de Temer, e “Roteiro do absurdo”, a respeito de sucessão política na Catalunha. (Opinião a2).
Redação