Jornais do Brasil neste sábado 30 de setembro
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O Globo
Manchete : Alteração feita pela Câmara no Refis beneficiará corruptos
Investigados também poderão ter descontos e parcelar dívidas
Emenda foi incluída no primeiro artigo da lei, o que dificulta o veto
A medida provisória que criou um novo Refis, programa para parcelar dívidas com a União, permitirá que corruptos tenham descontos ao devolver dinheiro desviado aos cofres públicos. A MP incluiu as dívidas com a Procuradoria-Geral da União no programa, beneficiando investigados, revela Gabriela Valente. Como a menção está no primeiro artigo da lei, só pode ser derrubada se o presidente Temer vetar o texto por completo. O Congresso ainda terá que votar destaques da medida. (Pág. 21)
Editorial
‘Ficha Limpa não pode ter eficacia limitada’ (Pág. 18)
Merval Pereira
Mais um capítulo na disputa do Senado com o STF. (Pág.4)
Ana Maria Machado
Retrocessos levam país a um passado inaceitável. (Pág. 18)
‘Sou um criminoso’, diz Joesley em áudio
Em áudios entregues pela defesa da JBS à Polícia Federal, Joesley Batista, dono da empresa e que hoje está preso, reclama da lei contra organizações criminosas, de 2013, que regulou a delação premiada. Em conversa com um interlocutor identificado como Gabriel, ele comenta a sensação que teve ao ler o texto da lei: “Falei: eu sou um criminoso e eu faço parte de várias organizações criminosas”, diz. (Pág. 3)
TRUMP esvazia embaixada em Cuba
A embaixada americana em Cuba foi fechada após o governo dos EUA reduzir em 60% sua representação diplomática na ilha. O motivo foi um suposto ataque que deixou 21 diplomatas com dificuldades de audição e danos leves. Cuba nega envolvimento no caso. (Pág. 25)
Presídios do Rio não inibem os criminosos
Varredura do Ministério Público revelou que os presídios do Rio, para onde a Defensoria da União quer devolver 55 chefes do tráfico, continuam sendo “escritórios do crime”, revela Antônio Werneck. Nas celas havia celulares e drogas. (Pág. 8)
Tentativa de devolver presos ao Rio é criticada
Ministros do STF, o ministro da Defesa, o presidente da Câmara e o governador reagiram ao pedido da Defensoria. (Pág. 10)
Empregos com carteira crescem
O desemprego voltou a cair, para 12,6%, e pela primeira vez houve abertura de vagas também no mercado formal. Economistas dizem que a recuperação está sendo mais rápida que o previsto. (Pág. 23)
Ancelmo Gois
“Saímos da crise trabalhista”, diz Marcelo Neri. (Pág. 14)
Luz terá bandeira vermelha nível 2
A luz vai ficar mais cara em outubro por causa da falta de chuvas. Pela primeira vez, o governo acionou o segundo nível da bandeira vermelha, e será cobrada taxa extra de R$ 3,50 a cada 100 kWh. (Pág. 22)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Indícios complicam defesa de Lula no caso do apartamento
Planilha apreendida pela PF relativa a gastos do imóvel de São Bernardo não registra pagamentos de aluguel
Os investigadores da força-tarefa da Operação Lava Jato têm indícios de que a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez pagamentos do aluguel de apartamento em São Bernardo do Campo. Entre os documentos da família apreendidos pela Polícia Federal, há uma planilha na qual não consta essa despesa. O documento, intitulado “Contas Mensais 2.º Sem. 2011”, traz desembolsos com condomínio, energia elétrica e IPTU de 2011 do apartamento onde Lula mora e o do imóvel vizinho, apontado pela Lava Jato como sendo do petista, mas não o aluguel de R$ 3.500,00 que aparece em recibos entregues pela defesa como prova de que o petista é locatário. Nesses mesmos arquivos da família Lula da Silva, a defesa do ex-presidente afirmou ter localizado os 26 recibos de aluguel. A força-tarefa acusa Lula de ter recebido o imóvel como parte de propina paga a ele pela Odebrecht. (Política A4 e A6)
Ex-dona diz que vendeu ‘para o Lula’
“Pra mim, ele era o dono. Se perguntarem à minha família, todos vão dizer que vendi para o Lula”, disse a ex-dona do apartamento, Tatiana Campos, à Receita Federal. (A6)
STF se reunirá para julgar afastamento de parlamentares
A presidente do STF, Cármen Lúcia, marcou para o próximo dia 11 o julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade sobre a necessidade de aval do Congresso para o afastamento de parlamentares. O objetivo é evitar o enfrentamento com o Senado no caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O Senado deve aguardar decisão do Supremo antes de deliberar sobre o juízo contra o tucano. (Política A10)
Vencedores do Nobel criticam País por cortes na ciência
Um grupo de 23 ganhadores do Prêmio Nobel enviou carta ao presidente Michel Temer em que afirma que o corte de 44% das verbas de ciência e tecnologia “compromete seriamente o futuro do Brasil” e precisa ser revisto “antes que seja tarde demais”. “Isso danificará o Brasil por muitos anos, com o desmantelamento de grupos de pesquisa internacionalmente reconhecidos e uma fuga de cérebros”, escreveram. A Presidência da República não se manifestou. (Metrópole A18)
Emprego formal dá sinais de recuperação
Após mais de três anos em queda, o mercado formal de trabalho começou a dar sinais de reação. No trimestre encerrado em agosto, o total de vagas com carteira assinada subiu 0,5%, o primeiro avanço significativo desde maio de 2014, quando havia crescido 1,1%, segundo os dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE. No período, o setor privado contratou formalmente 153 mil trabalhadores. (Economia B1)
MTST reforça a militância contra despejo no ABC
REPORTAGEM ESPECIAL
Uma ordem de despejo sem saída negociada para os sem-teto pode provocar resistência e confronto no terreno de 70 mil m², da Construtora MZM, de São Bernardo do Campo. A opinião é de Guilherme Boulos, líder do MTST, que acompanhará o julgamento do recurso contra a reintegração de posse no Tribunal de Justiça na segunda-feira. A maior invasão do MTST reforça a militância com gente de outras regiões, relata Pablo Pereira. Há acampados de Diadema, zona leste e do Jabaquara. “Vamos resistir”, diz um dos seguranças. (Metrópole A22)
Oferta da Europa frustra Mercosul
A oferta da União Europeia para o comércio de carnes e etanol frustra o Mercosul. Às vésperas da negociação, a proposta vazou e está aquém do esperado. (Economia B5)
Militares vão embora e Rocinha teme violência (Metrópole A21)
EUA tiram 60% de seus diplomatas de Cuba (Internacional A12)
João Domingos
Polarização da sociedade e falta de confiança nos Poderes da República alimentam crise. (Política A6)
Notas&Informações
Intransigência com a Constituição – Conforme passa o tempo, fica mais evidente o disparate que foi a suspensão das funções parlamentares do senador Aécio Neves. (A3)
A nova carta de Palocci – Trata-se de um dos mais contundentes documentos políticos de nossa história recente. (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Indicações políticas definem 45% dos diretores de escolas
23% dessa fatia não têm pós-graduação, dizem dados tabulados pela Folha
Quase metade dos diretores das escolas públicas do país foram escolhidos por indicação, em geral de políticos, sem critérios objetivos. Eles tendem a ter pior formação e menos experiência do que os selecionados por concurso ou eleição. Os dados foram tabulados pela Folha a partir de questionários do Ministério da Educação aplicados a 55 mil diretores, em 2015.
Pouco mais de 45% deles disseram ter chegado ao posto apenas por indicação. Entre esses, 23% disseram não ter feito pós-graduação. No grupo que chegou ao cargo de outras formas, esse número cai para 13%. Diretores de escolas são vistos como líderes comunitários, especialmente em municípios pequenos. Essa ê a razão pela qual os cargos são tão almejados por políticos, afirmam especialistas.
A categoria responde pela gestão de recursos financeiros, humanos e materiais. Estudos mostram que os diretores têm impacto direto no aprendizado, independentemente da forma como foram escolhidos (indicação, eleição ou concurso). Segundo pesquisa da Fundação Itaú Social, indicados politicamente ficam menos tempo no posto (permanência entre 11 e 15 anos na escola impacta positivamente na nota) e promovem menos formação docente.
Não há consenso sobre a forma ideal de escolher diretores de escolas nem uma regra nacional para a medida. Eleição na comunidade escolar dá força, mas pode deixar o diretor refém de demanda corporativa. Concurso ou prova seleciona melhores em conteúdo, mas pode colocar alguém sem identificação e liderança. (Caderno Especial)
Governo Temer abandona envio de livros a bibliotecas
Após abandonar o programa de envio de livros para bibliotecas de escolas públicas, a gestão Temer descumpriu prazo para retomar a iniciativa. Em 2016, o MEC afirmou que faria a compra, mas ela foi engavetada. (Cotidiano B4)
Demanda em alta trava vistos para alunos brasileiros em Portugal (Mundo A19)
Procuradoria queria destruir PMDB, afirma delator da JBS
Novos áudios resgatados do gravador de delatores da JBS mostram conversa entre o empresário Joesley Batista e o advogado Francisco de Assis e Silva, na qual o segundo diz que a Procuradoria-Geral da República tem o PMDB como alvo preferencial.
Para o Planalto, as gravações provam a armação contra o presidente peemedebista Michel Temer. (Poder A4)
Fundo apoiado por Huck e Abilio dará ajuda a candidatos
Um fundo que está sendo criado por nomes como Abilio Diniz e Luciano Huck para a formação de novos candidatos às eleições prevê bolsas de R$ 5.000 para os selecionados. O apresentador de TV tem se movimentado politicamente, mas nega uma eventual candidatura. (Poder A12)
Reforma da Previdência será menor e difícil de aprovar, diz Maia(Mercado A27)
60% da geração de energia no país é privatizada
Empresas privadas concentram 60% da capacidade de geração de energia no Brasil, segundo um levantamento da Thymos Energia. O leilão de quatro usinas da Cemig, nesta semana, elevou a presença do investidor na geração — antes, essa fatia era de 59%.
Na distribuição, que começou a ser leiloada na gestão FHC, o percentual privatizado ê de 71%. (Mercado A21)
Militares deixam Rocinha, no Rio, depois de uma semana de cerco (Cotidiano B5)
Oscar Vilhena Vieira
Rio demonstra de forma clara efeitos da desigualdade
A desigualdade não é um acidente, mas fruto de deliberadas escolhas políticas e institucionais que favorecem a concentração de renda, bens e benefícios. A situação do Rio deveria deixar claro que quando ela é profunda e persistente compromete o funcionamento das instituições e a própria coesão social. (Cotidiano B2)
Editoriais
“Prudência energética”, sobre riscos para a of.
Redação