Jornais desta quinta feira 06 de abril
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06 de abril de 2017
O Globo
Manchete: Regra de transição deve valer para todos
Além de idade, será levado em conta tempo de contribuição
Para facilitar aprovação, governo mudará ponto da reforma que sofria mais resistência na Câmara
O governo vai mudar a regra de transição na reforma da Previdência. Pela proposta original, a transição seria para homens a partir dos 50 anos e mulheres, dos 45. Diante da resistência dos deputados, o governo acertou com o relator Arthur Maia (PPS-BA) que vai estender a transição a todos os trabalhadores. E será levado em conta também o tempo de contribuição, informa GERALDA DOCA. O modelo está em discussão, para que o impacto fiscal não seja alterado. Uma das hipóteses é fixar idades mínimas progressivas, começando com 57 anos (homens) e 55 (mulheres), até chegar aos 65. (Pág. 21)
MERVAL PEREIRA
Se reforma não passar, não haverá amanhã. (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
Banco Central deveria acelerar ainda mais corte de juros. (Pág. 22)
Pente-fino em benefícios vai ajudar na meta fiscal
A revisão de benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, para combater fraudes, pode elevar a arrecadação. O número de benefícios suspensos superou previsões e a receita extra pode chegar a R$ 7,6 bilhões este ano. (Pág. 22)
Foto-legenda: Rombo nas alturas
O governador Luiz Fernando Pezão passou o dia novamente em Brasília negociando a votação do projeto de socorro aos estados, fundamental para a crise no Rio.
STF proíbe greve de todas as polícias
Um mês após os episódios de violência provocados pela paralisação da PM no Espírito Santo, o STF proibiu greves de todos os integrantes de forças de segurança, inclusive policiais civis e federais, por considerar que o serviço é essencial. No Estado do Rio, os policiais civis, que estão em greve, vão fazer assembleia para decidir se encerram o movimento. (Pág. 3)
Saques do FGTS começam sábado
A Caixa Econômica antecipou para este sábado os saques de contas inativas do FGTS para quem nasceu de março a maio. No Estado do Rio, 183 agências vão abrir. (Pág. 25)
Brasil adota dose única da vacina
O Ministério da Saúde mudou a recomendação para a vacinação contra a febre amarela. Agora, é necessária apenas uma dose, sem reforço. (Pág. 31)
Foto-legenda: Tragédias do Rio
A Polícia Militar do Rio sepultou ontem mais três PMs mortos em serviço, elevando para 48 o número de policiais assassinados só este ano, no estado. Pela primeira vez, um agente da Operação Lei Seca foi morto. Ele trocou tiros com bandidos que furaram um cerco. (Pág. 13)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Placar indica desafio do governo para fazer reforma da Previdência
Apesar de apenas 95 deputados se dizerem hoje a favor de mudanças, Planalto afirma que conseguirá aprová-las na Câmara
Levantamento feito pelo Estado na Câmara dos Deputados mostra que o governo Michel Temer terá dificuldades para aprovar a reforma da Previdência. Até mesmo uma proposta com regras mais brandas para concessão de aposentadorias e pensões é rejeitada pelos parlamentares hoje. Segundo o placar, 251 deputados são contra a reforma, ante 95 favoráveis total ou parcialmente. Para que o texto seja aprovado, são necessários 308 votos a favor, o equivalente a três quintos dos 513 deputados. Até ontem à noite, cerca de 20 jornalistas entraram em contato com 436 deputados, 85% da Câmara. Apenas 11 se disseram favoráveis ao texto da forma como foi enviado pelo governo. A divulgação do Placar da Previdência teve impacto no mercado financeiro. Representantes do governo vieram a público tentar transmitir confiança aos investidores. Segundo o ministro- chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o governo não terá vitória “estrondosa”, mas a reforma passará. (ECONOMIA / PÁGS. B1 a B7)
União por mudanças
Movimento virtual Apoie a Reforma compartilha vídeos a favor de mudanças na Previdência e tenta pressionar parlamentares para aprová-las. (PÁG. B7)
‘Na hora da votação vamos ter mairoria’
Entrevista. Henrique Meirelles
Para o ministro Henrique Meirelles, placar reflete o momento atual das discussões. Ele admite que o governo pode negociar pontos polêmicos, como a regra de transição, desde que o projeto preserve os “ganhos fiscais”. (PÁG. B3)
Patrocinadores de Gilmar têm ações no STF
Os três patrocinadores de seminário em Portugal organizado pelo instituto de ensino que tem o ministro Gilmar Mendes como sócio possuem interesse em processos no STF. Em ao menos um deles, o ministro era relator da ação. Gilmar disse não ver conflito de interesse. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Suíça retém mais de US$ 1 bi
Bloqueio de bens de brasileiros em contas de suspeitos e acusados na Operação Lava Jato já chega a US$ 1,1 bilhão (R$ 3,4 bilhões). (PÁG. A7)
Saque do FGTS é antecipado para sábado
A Caixa antecipou o início dos saques das contas inativas do FGTS dos nascidos em março, abril e maio em dois dias, para sábado. Estarão abertas 2,1 mil agências. Nesta fase do calendário de saques, 7,7 milhões de brasileiros poderão sacar R$ 11,2 bilhões. (ECONOMIA / PÁG. B17)
Supremo proíbe greve também de policial civil (Metrópole / Pág. A19)
Vacinação contra febre amarela terá dose única (Metrópole/ Pág. A22)
Notas & Informações
O financiamento da política
Em vez de ampliar o acesso dos partidos aos recursos públicos, a moralização da política virá justamente pelo caminho oposto, distanciando o político da verba pública. (PÁG. A3)
A volta da Argentina
Segunda maior economia da América do Sul está reconquistando seu espaço no mercado. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Estados em crise querem rigor menor em socorro
Governadores mobilizam a Câmara para reduzir contrapartidas à ajuda federal
Insatisfeitos com a proposta do governo federal para socorrer Estados em dificuldade financeira, governadores mobilizaram deputados em Brasília para diminuir as contrapartidas à ajuda federal. No esforço coletivo, liderado por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os políticos conseguiram emplacar, pela terceira vez, alterações no texto que deverá ser votado hoje na Câmara.
O socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar a dívida com a União e com os bancos estatais, como o Banco do Brasil e o BNDES, por três anos. Têm, no entanto, que realizar rigoroso ajuste fiscal. Entre as contrapartidas estão privatização de estatais estaduais, congelamento de salários de servidores e elevação da contribuição desses funcionários para a Previdência.
Por sugestão dos governadores, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), relator do projeto, ampliou a lista de ativos que podem ser privatizados sob supervisão da União. Além de empresas de energia, saneamento e bancos, o texto permitirá a entrega de imóveis ao governo federal.
Também está prevista a retirada da exigência de congelar salários de servidores em Estados com leis locais de responsabilidade fiscal durante a vigência do socorro. (Mercado A15)
País adota dose única para vacina da febre amarela
O Ministério da Saúde recomendará, a partir deste mês, só uma dose da vacina contra febre amarela para quem mora ou pretende viajar para áreas do país onde a imunização ê indicada. Atê então, o padrão eram duas doses, a segunda dez anos após a primeira. (Cotidiano B3)
Latam vê capital estrangeiro como aspirina na UTI’
A presidente da Latam no Brasil, Claudia Sender, diz que a medida que eleva o capital estrangeiro nas aéreas, estudada pelo governo, ê “aspirina para doente na UTI” se não houver mudanças estruturais. Ela criticou a proibição da cobrança pelo despacho de bagagens. (Mercado A25)
EUA ameaçam agir na Síria em resposta a ataque químico
A representante dos EUA no Conselho de Segurança da ONU, Nikki Haley, criticou a reação da entidade ao ataque químico que matou ao menos 72 pessoas na Síria. Ela afirmou que o país pode atuar por conta própria caso as Nações Unidas hesitem. Donald Trump elevou o tom em relação ao regime de Bashar al-Assad, sem falar em retaliação direta. (Mundo A12)
Matias Spektor
Erro do chavismo permite a Mercosul ir além da retórica (Opinião A2)
Com reeleição difícil, Renan se volta a Alagoas
Acuado pelas investigações da Lava Jato, o senador Renan Calheiros (PMDB) resolveu reagir de olho nas eleições de 2018 e dedicar tempo ao seu Estado, Alagoas. Sua meta ê conquistar a reeleição no Congresso e o segundo mandato para Renan Filho, hoje governador. Para isso, luta contra a própria impopularidade. (Poder A8)
Editoriais
“As calendas”, sobre demora de ação no TSE que pode cassar Temer, e “Reforma do crédito”, acerca de mudança na taxa de juro do BNDES. (Opinião A2).
Redação