Jornais do Brasil nessa Quinta Feira 17 de Novembro

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17 de novembro de 2016

O Globo

Manchete : Ataques ao Legislativo

Manifestantes invadem Câmara e tentam entrar na Assembleia do Rio

Grupo de cerca de 40 pessoas quebra vidraças, ocupa plenário e sobe na Mesa da direção da Casa, sendo detido após interromper a sessão dos deputados para, numa atitude antidemocrática, pedir intervenção militar no país

No dia em que servidores do Estado do Rio voltaram a atacar a Assembleia Legislativa, onde está sendo analisado o pacote do governo Pezão para conter gastos, um grupo de cerca de 40 pessoas invadiu o plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, para protestar contra a corrupção e pedir intervenção militar no país, o que é inconstitucional. Os invasores quebraram portas, enfrentaram policiais e interromperam a sessão. A direção da Câmara determinou a prisão dos manifestantes, que foram levados para a PF. O governo condenou o ato. (Pág. 7)

PMDB de Pezão já tenta recuar

Após protestos violentos no primeiro dia de debate do pacote anticrise na Alerj, o PMDB, partido do governador Pezão, cobrou recuo no ajuste fiscal. A base do governo quer mudanças nas medidas mais impopulares, como o aumento da contribuição previdenciária. Também serão negociados as restrições ao bilhete único e o fim do aluguel social. (Págs. 9 a 12)

PF: Garotinho liderou compra de votos

Ex-governador foi preso em apartamento no Flamengo

O ex-governador Anthony Garotinho, preso pela PF num apartamento no Flamengo, é acusado de comandar esquema de compra de votos com uso do Cheque Cidadão, acusação que chegou a torná-lo inelegível há dez anos. Ele deve ser levado para Bangu. (Págs. 3 e 4)

Ministros passam do teto

Ministros de Temer, como Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, ganham acima do teto salarial de R$ 33,7 mil. (Pág. 6)

Colunistas

CARLOS A. SARDENBERG – Ajuste sem reduzir despesa de pessoal é impossível (Pág. 16)

MÍRIAM LEITÃO – Governo Dilma estimulou as dívidas dos estados (Pág. 20)

Editorial

‘O caráter autoritário dos ataques ao Legislativo’ (Pág. 16)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Cresce pressão no Congresso por anistia a caixa 2 e punição a juiz e promotor

Na Câmara, deputados se articulam para mudar pacote anticorrupção; no Senado, Renan agenda votação de projeto de abuso de autoridade

Duas propostas que podem enfraquecer a Lava Jato avançam no Congresso. Na Câmara, deputados querem que o relator do pacote contra corrupção, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), mantenha no texto a previsão de crime de responsabilidade para juízes, procuradores e promotores, além da anistia retroativa a quem usou caixa 2. No fim do dia, após dizer que não admitiria “golpinho”, Lorenzoni sinalizou que poderá mudar o relatório. O procurador Deltan Dallagnol acusou “lideranças partidárias” de substituir integrantes da comissão especial que “votariam” a favor do pacote. No Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu pôr em votação dia 6 projeto de abuso de autoridade, que prevê punições a ações policiais e do Ministério Público. (Política A4 a A6)

Andrade Gutierrez admite cartel

Construtora teria participado de combinação de preços para disputar construção da Usina de Belo Monte, que envolveria também Camargo Corrêa e Odebrecht. (Economia B1 e B3)

Defesa de Lula prevê condenação

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz dar como certa a condenação dele na Lava Jato. A jornalistas na Suíça, seus defensores chamaram a Justiça brasileira de “primitiva”. (A7)

Invasão na Câmara

Cerca de 50 pessoas invadiram ontem o plenário da Câmara em defesa da intervenção militar no País, do combate à corrupção, do juiz Sérgio Moro e da Lava Jato. Eles passaram correndo pelo detector de metais da entrada principal do prédio e, no segundo pavimento, quebraram a porta de vidro que dá acesso ao plenário e interromperam uma sessão. Policiais legislativos usaram pistolas de choque contra os manifestantes, que reagiram com socos. Pelo menos três pessoas ficaram feridas (A5)

Bate-boca de Lewandowski e Gilmar marca sessão do STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski trocaram provocações ontem sobre o impeachment de Dilma Rousseff. O bate-boca ocorreu durante análise de recurso que discute se é possível exigir contribuição previdenciária em casos como um terço de férias e adicional noturno. Gilmar pediu vista e Lewandowski criticou a postura do colega, que rebateu. (Política A8)

Garotinho é preso em operação que apura crime eleitoral

Anthony Garotinho foi preso por ordem de juiz eleitoral de Campos de Goytacazes. Secretário de Governo da cidade governada por sua mulher, Rosinha Garotinho (PR), o ex-governador (PR-RJ) é investigado por suposto uso eleitoral do programa Cheque Cidadão. Na sede da PF, Garotinho se queixou de sintomas de hipertensão e foi levado a hospital. (Política A9)

Foto-legenda : Rio vive mais um dia de tumulto

Policial dispara spray de pimenta em mulher que protestava contra medidas anticrise do governo do Estado. Dois PMs em serviço se uniram aos manifestantes. (Economia B6)

Pequena indústria sofre para pagar 13º

Levantamento mostra que 7 em cada 10 micro e pequenas indústrias paulistas terão problemas para pagar o 13.º salário. (Economia B4)

José Roberto de Toledo

Autodoação de candidato teve efeito marginal na eleição (Política A6)

Coluna do Estadão

Projeto da Receita pode causar saída de Jorge Rachid (Política A4)

Notas&Informações

O intocável – Movimento quer o velho e imoral tratamento privilegiado para Lula (A3)

Mais uma chance à paz – O governo colombiano e as Farc anunciaram novo acordo (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Protesto contra arrocho no RJ acaba em confronto

Governador desiste de taxar funcionalismo, mas pressiona por mais royalties

Protestos de servidores públicos contra o arrocho fiscal do governo fluminense terminaram em confrontos com a polícia em frente à Assembleia Legislativa do Rio.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) decidiu recuar de parte das propostas. Em entrevista, disse ter desistido da contribuição temporária de 30% sobre salários do funcionalismo. A medida renderia até R$ 7 bilhões. Pezão pediu aos manifestantes que trocassem atos violentos por ideias para equilibrar as contas públicas. O pacote de 22 propostas foi enviado há duas semanas para a Alerj. A primeira sessão, nesta quarta (16), mostrou que o governador terá dificuldade para aprová-lo. Em discursos, diversos deputados disseram que o arrocho atingiria os mais pobres. As votações só devem acontecer em dezembro. Pezão pressiona o governo federal pela revisão da fórmula de cálculo dos royalties do petróleo, que poderia render R$ 2 bilhões anuais. A Petrobras e outras petroleiras criticam a proposta. (Mercado A14)
Garotínho, ex-governador do Rio, é preso em operação da PF

A Polícia Federal prendeu Anthony Garotínho, ex-governador do Rio e atual secretário de Governo de Campos dos Goytacazes (RJ). Ele é acusado de comandar um esquema de compra de votos na eleição da cidade. Garotínho passou mal na cela e precisou ser hospitalizado. A defesa dele nega as acusações e diz que a prisão é “abusiva e ilegal”. (Poder A6)

Mendes bate boca com Lewandowski em sessão do STF

A votação no Supremo Tribunal Federal de um recurso sobre contribuição previdenciária terminou em bate-boca entre dois ministros. Ricardo Lewandowski chamou de heterodoxo o pedido de vista de Gilmar Mendes, após proferir o voto. Este replicou a critica citando o fatiamento do impeachment de Dilma autorizado pelo colega. “Vossa Excelência, por favor, me esqueça”, rebateu Lewandowski. (Poder A5)

Grupo invade a Câmara em ato pró-intervenção militar no país

Cerca de 50 manifestantes invadiram o plenário da Câmara e interromperam sessão, aos gritos de “viva Sergio Moro” e “queremos general”. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou-os de “baderneiros” e mandou prendê-los. O ato, somado ao ocorrido próximo ao Palácio da Alvorada contra o teto dos gastos e à tensão no Rio, preocupou o Planalto, que teme uma onda de protestos no país neste fim de ano. (Poder A4)

Consórdo negociou propina na apuração de acidente no metrô

O consórcio de empresas envolvidas no acidente nas obras do metrô de SP em 2007 negociou propina, segundo a Folha apurou, com o suposto representante de um promotor que atuou no caso. O objetivo era favorecer executivos. A Polícia Federal e o Ministério Público apuram se o suborno foi pago. (Cotidiano B1)

Vinicius Torres Freire

Desconexão entre o político e o povo é quase terminal

A ruína dos governos estaduais, Rio de Janeiro à frente e acima de todos, vai durar anos, vai abalar a economia, causa fúrias e misérias. Não terá solução que não seja dolorosa, embora a dor por ora seja a do povo miúdo. A desconexão entre as organizações e os movimentos políticos maiores e o povo é quase terminal, e alternativas não apareceram, A crise vai durar. (Mercado A16)

Marco Aurélio Canônico

Perder o controle sobre os servidores muda crise de nível (Opinião A2)

Janio de Freitas

Youssef é premiado mesmo após violar acordo de delação

Alberto Youssef é um homem rico, especialista em lidar com dinheiro alto na obscuridade de canais secretos. Volta hoje ao gozo da vida. A rigor, não poderia. Na bandalheira no Banestado, recebeu o prêmio de uma delação sob o compromisso de não voltar ao crime. Preso de novo, recebeu o privilégio que já traíra do mesmo juiz Sergio Moro. (Poder A6)

Editoriais

Leia “Charada na Câmara”, sobre eleição à presidência da Casa, e “Corporativismo doentio”, acerca de conflitos entre categorias profissionais da saúde. (Opinião A2).

Redação