Jornais do Brasil nessa quinta feira 19 de janeiro
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19 de janeiro de 2017
O Globo
Manchete: Retirada de presos em Natal foi negociada com facção
Governo do Rio Grande do Norte admite ‘conversa’ com PCC
Tropa de Choque entra no presídio e transfere 220 detentos, sem resistência
O clima conflagrado no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, levou o governo do estado a negociar com o PCC, a maior facção criminosa do país. Uma delegada da Polícia Civil e um oficial da PM foram designados para conversas com criminosos. A informação, obtida pelo GLOBO, foi confirmada pelo governo do estado. A missão dos negociadores era descobrir as exigências dos presos. A primeira foi atendida ontem: 220 detentos ligados ao Sindicato do RN, facção local rival do grupo paulista, foram transferidos. Logo depois, 12 ônibus foram incendiados nas ruas de Natal. (Págs. 3, 4 e Merval Pereira)
Confirmadas mortes por febre amarela
Depois de 53 mortes por suspeita de febre amarela, o Ministério da Saúde confirmou que oito delas, em Minas, foram de fato causadas pela doença. No Estado do Rio, 14 municípios próximos à área do surto receberão 250 mil doses da vacina. (Pág. 27)
BC: queda de juro continuará forte
Em Davos, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o corte de juros da semana passada, de 0,75 ponto, é o “novo ritmo” da política monetária. (Pág. 21)
MÍRIAM LEITÃO
Desemprego aumentará no curto prazo, mas cairá ainda em 2017, diz FGV. (Pág. 18)
Odebrecht faz mais acordos (Pág. 5)
Ancelmo Gois
Obra da Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, é a bola da vez na Lava-Jato. (Pág. 10)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Corte de 0,75 ponto é ‘novo ritmo’ dos juros, afirma BC
Segundo presidente do Banco Central, Brasil passou por um choque e vive agora processo de reformas
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse ontem no Fórum Econômico Mundial de Davos que a redução de 0,75 ponto porcentual é o “novo ritmo” para a taxa de juros brasileira, informa Célia Froufe. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na semana passada, a Selic caiu de 13,75% para 13% ao ano, surpreendendo o mercado, que esperava corte de 0,5 ponto. Goldfajn fez, porém, uma ressalva: “Como vocês sabem, um novo ritmo pode mudar”. Segundo ele, expectativas de inflação e do nível de atividade econômica e fatores de risco externos e domésticos têm de ser considerados. O presidente do BC afirmou que o Brasil passou por um choque e vive um processo de reformas nas áreas fiscal e microeconômica. Ainda mencionou interesse em investimentos em infraestrutura. “Agora estamos numa posição melhor do que no ano passado”, disse. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B4)
Reforma tributária na mira
O governo Michel Temer quer começar a discutir neste ano proposta de reforma tributária a ser encaminhada ao Congresso. Um dos pontos que devem ser debatidos é a unificação de alíquotas do ICMS. (PÁG. B3)
RN transfere presos; facção faz ataques nas ruas de Natal
Quatro dias após motim que deixou 26 mortos, a PM voltou a entrar na penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, para transferir 220 homens ligados ao Sindicato do Crime (SDC). No interior, rebelião em presídio deixou um morto. Nas ruas houve registro de pelo menos 11 ataques a ônibus. O Estado pediu apoio às Forças Armadas. O governo federal criou uma força de intervenção em penitenciárias. (METRÓPOLE / PÁGS. A12 e A14)
Paraguai e Lava Jato são sucesso em Davos
Mais que a economia, a imposição da lei por meio de operações como a Lava Jato foi motivo de otimismo sobre a América Latina, ontem, em sessão do Fórum Econômico Mundial, relata Rolf Kuntz. As investigações contra corrupção no Brasil foram citadas como sinal de avanço institucional na região. O bom desempenho econômico do Paraguai, em contraste com vizinhos, foi outro destaque. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Força-tarefa retomará 20 delações após Odebrecht (Política / Pág. A4)
RJ e BA vão vacinar para bloquear febre amarela (Metrópole / Pág. A17)
Eugênio Bucci
Novos presídios não serão também governados pelo poder paralelo que mata detentos? (ESPAÇO ABERTO / PÁG. A2)
Notas & Informações
Grave equívoco
A crise do sistema penitenciário é um tema de segurança pública, ponto final. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Disputa entre facções sai de prisão e atemoriza RN
Ônibus são incendiados nas ruas de Natal; Temer admite gravidade da crise
A disputa entre facções criminosas teve um novo capítulo nesta quarta (18) ao sair do presídio de Alcaçuz e atingir as ruas de Natal, com uma série de ataques que levou pânico à capital do RN. Três ônibus foram incendiados em vias públicas e 12 numa garagem. Houve disparos contra duas delegacias. Segundo a polícia, os ataques foram uma resposta da facção Sindicato do Crime do RN à transferência de 220 detentos de Alcaçuz, palco da morte de 26 presos no final de semana, em meio à guerra com presos do PCC. O medo de novos ataques levou empresas de ônibus a recolher a frota das ruas. Áudios enviados por presos orientavam aliados a “tocar fogo” na cidade. A guerra de facções se repete ao redor de Alcaçuz, entre mulheres dos presos, relatam os enviados Leandro Machado e Avener Prado. Num presídio em Caicó (RN), outra rebelião causou a morte de um detento. O presidente Michel Temer (PMDB) reconheceu a gravidade da crise e o impacto limitado da atuação das Forças Armadas nos presídios — medida anunciada na terça (17) para tentar debelar o problema. (Cotidiano B1)
LAURA CARVALHO – Quanto menor o Estado de bem-estar social, maior o Estado penitenciário. (Mercado A22)
Governo altera a demarcação de terras indígenas
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, publicou portaria que altera o sistema de demarcação de terras indígenas em vigor no país desde meados dos anos 90. A medida, que criou um grupo de trabalho no ministério com poder de reavaliar os processos de demarcação em andamento, fragiliza a Funai. Procurada, a pasta não deu resposta. (Poder A6)
Ministério admite, após 8 mortes, surto de febre amarela (Cotidiano B5)
Temer agora estuda restringir saques de contas do FGTS
Após anunciar que permitiria o saque das contas inativas do FGTS para reaquecer a economia, o governo quer limitar o número de beneficiados, informam Renata Agostini e Daniela Lima. A intenção ê impedir a retirada de 2% das contas, as com mais recursos, sob o argumento de que eles migrariam para aplicações e não para o consumo. (Mercado A15)
Congressistas democratas dos EUA atacam Moro e defendem Lula (Poder A6)
Empresa ligada a Doria arrecada para palestra de prefeito
O Lide, empresa fundada por João Doria (PSDB) e conhecida por pedir dinheiro a empresários para organizar palestras com políticos, está solicitando contribuições para que o prefeito de São Paulo se apresente em março, informa Joana Cunha. Segundo a prefeitura, a lei não proíbe que o prefeito palestre em eventos promovidos por empresas. (Cotidiano B4)
Editoriais
Leia “Intervenção e desespero”, sobre atuação de Forças Armadas em prisões, e “Recordes candentes”, a respeito do aquecimento global. (Opinião a2).
Redação