Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 04 de Junho

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04 de julho de 2016

O Globo

Manchete : Mercado de tornozeleiras eletrônicas dispara no país

Maior empresa do setor cresce 296% em cinco anos

Brasil tem 19 mil pessoas usando equipamento; expansão só não é maior porque alguns estados, entre eles o Rio, pararam de pagar a fornecedores

Popularizado pelo juiz Sérgio Moro na Operação Lava-Jato, o uso de tornozeleiras eletrônicas explodiu no país e criou um mercado que já provoca interesse até da indústria estrangeira. Atualmente, cerca de 19 mil pessoas usam o equipamento. A empresa que domina 90% do setor cresceu 296% entre 2011 e 2015. No Estado do Rio, o pagamento aos fornecedores vem atrasando desde 2014. Por falta de tornozeleiras, a Justiça manteve ontem o empreiteiro Fernando Cavendish e o bicheiro Carlinhos Cachoeira presos em Bangu 8. (Pág. 3)

Aposentadoria especial na mira

Governo quer mudar regras da Previdência de professores e policiais militares

Para ajudar a resolver a crise fiscal nos estados, o governo federal pretende mudar as aposentadorias especiais na reforma da Previdência, informam GERALDA DOCA e MARTHA BECK. Hoje, professores e profissionais em atividades de risco podem pedir aposentadoria antes. Outras categorias recorrem à Justiça para requerer o mesmo benefício. Policiais e bombeiros só cumprem tempo de contribuição, sem exigência de idade para se aposentar. As regras devem ficar mais rígidas e parecidas com as aplicadas aos demais trabalhadores. (Pág. 17)

Casa da Moeda fez passaportes sem item de segurança (Pág. 5)

Dívida das famílias pode frear retomada da economia (Pág. 18)

Aluno é achado morto na UFRJ com sinais de espancamento

O corpo do estudante de Letras da UFRJ Diego Vieira Machado, de 29 anos, foi encontrado com sinais de espancamento e sem roupa no campus da universidade, perto do alojamento. A polícia investiga o assassinato do jovem, que era do Pará. Amigos acreditam que Diego, que era gay, pode ter sido vítima de crime de homofobia. (Pág. 9)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Nova lei dificulta ocupação de 1.806 cargos por políticos

Postos de chefia e assessoramento sem necessidade de concurso são os mais cobiçados nas empresas federais

Alvo da nova Lei de Responsabilidade das Estatais, sancionada semana passada para restringir indicações políticas, as empresas federais têm 1.806 cargos de chefia e assessoramento ocupados sem necessidade de concurso. Nas dez estatais com maior número de funcionários, são 115 postos nessa situação. Eles são considerados o “filé” das indicações políticas, informam Lu Aiko Otta e Tânia Monteiro. No total, são 223.171 funções gratificadas, segundo levantamento feito pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a pedido do Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. Não se sabe quais vagas atendem partidos e políticos e não há garantia de que os apadrinhamentos se limitam a esses postos. Réus da Lava Jato, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque eram funcionários de carreira da Petrobrás e foram cooptados por PP, PMDB e PT. (Política A4)

Indicados dominam cúpula dos Correios

Em crise marcada pela ingerência política em sua cúpula, os Correios pagam os maiores salários a pessoas sem nenhuma experiência em logística que ocupam cargos por indicação de partidos. O atual presidente, Guilherme Campos, por exemplo, presidia o PSD e hoje ganha R$ 46,7 mil por mês, o maior salário da companhia. A remuneração mensal de cada um dos vices é de R$ 40,6 mil. Esses cargos ainda são ocupados, em sua maioria, por indicados do PDT, partido do ex-presidente da empresa Giovanni Queiroz, que por sua vez entrou no lugar do petista Wagner Pinheiro. (A5)

Empresas renegociam R$ 420 bilhões em dívidas

Cerca de 40% das 133 maiores empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo estão muito endividadas. Juntas, suas receitas chegam a R$ 1 trilhão, o equivalente a 17% do PIB. Os dados são de um levantamento da consultoria alemã Roland Berger, que mostrou que mais da metade das companhias está em estado crítico e tem dificuldade de pagar dívidas que somam R$ 420 bilhões. Se na conta forem incluídos os R$ 450 bilhões em débitos da Petrobrás, o volume de dívida vai a R$ 870 bilhões. (Economia B7)

GCM não pode atirar mais em carro suspeito ( Metrópole A11)

Super Tucanos entram em guerra no Afeganistão

Desde abril, o A-29 Super Tucano, da Embraer, está sendo usado pela Força Aérea do Afeganistão para bombardear alvos de Taleban, Al-Qaeda e Estado Islâmico. O contrato de US$ 428 milhões para 20 aeronaves foi fechado com os EUA. (Internacional A8)

Coluna do Estadão

‘Temos de nos preparar para terror nos Jogos’

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, diz que o terrorismo é uma preocupação na Olimpíada. Como alvos de grupos radicais vão desembarcar no Brasil, a equipe que vai lidar com visitantes foi treinada para identificar lobos solitários. “Não podemos dizer que não há probabilidade de um ataque terrorista. Temos de nos preparar para a pior situação. É o que estamos fazendo.” (Política A4)

José Roberto de Toledo

É o dinheiro, gênio! – A romaria de deputados até Eduardo Cunha rareou. O sumiço dos pares coincide com a prisão de quem, segundo o MP, ajudava a financiá-lo. (Política A6)

Notas&Informações

Do que o País vai se livrar – A desmoralização do PT será completa com impeachment e derrota nas eleições (A3)

A lei e o abuso da autoridade – O projeto para nova lei deve ser avaliado por suas qualidades e defeitos intrínsecos (A3)
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Folha de S. Paulo

Manchete : Governo pretende obter até R$ 30 bi com privatizações

Sinal verde para início do programa de concessões, porém, depende de decisão final sobre o impeachment

Para reduzir o rombo das contas públicas em 2017, a equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) calcula que o futuro programa de privatizações e concessões irá render entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões ao Tesouro Nacional. A meta é fechar o próximo ano com um deficit primário menor do que o de 2016, que pode ficar em até R$ 170,5 bilhões. Cenários apontam para deficit entre R$ 135 bilhões e R$ 150 bilhões, sempre contando com a adoção de medidas para melhorar a receita — analistas consultados pelo Banco Central estimam superavit apenas em 2019. Em reunião recente, Michel Temer pediu aos ministros que levantassem tudo que pudesse ser privatizado ou concedido em suas áreas. A lista já conta com Caixa Seguridade, Instituto de Resseguros do Brasil, participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos. O governo interino já decidiu, porém, que não fará nada antes do julgamento do impeachment. (Mercado a13)

Governo estuda alterar lei de recuperação judicial para reduzir o risco de compradores (Mercado Aberto a14)

Ex-vice da Caixa admite propina de R$ 7,3 milhões

Em sua delação premiada, o ex-vice-presidente de fundos de governo e loterias da Caixa, Fábio Cleto, afirmou que recebeu propinas de dez empresas em troca de liberação do FI-FGTS. Juntas, as empresas captaram mais de R$ 6,5 bilhões do fundo. Cleto teria direito a 8% dos esquemas de propina. (Poder a4)

Procurando Doria

Partidos estão buscando “peixes grandes”, como o paulistano João Doria Jr. (PSDB), que possam financiar as próprias campanhas e tenham boas relações com empresários. Novas regras eleitorais proíbem doações de empresas, mas permitem ao candidato doar a si próprio sem limites. (Poder a8)

Entrevista da 2ª – José Eduardo Cardozo

Discurso para condenar Dilma é pirueta retórica

Advogado de Dilma Rousseff no processo de impeachment, ex-ministro diz que oposição faz “pirueta retórica” ao acusar dolo na liberação de créditos suplementares — uma das denúncias que pesam contra ela. (Poder a12)

Em São Paulo, 4 em cada 10 desaparecidos são menores

Pesquisa inédita do Ministério Público mostra que a cada 10 desaparecidos nos últimos três anos no Estado de São Paulo, 4 são crianças ou adolescentes. Em sua maioria, moradores de regiões pobres da Grande SP, onde há ação do crime organizado e de policiais violentos. Sem ajuda do poder público, parentes de desaparecidos montaram rede de divulgação e busca. (Cotidiano B5)

Editoriais

Leia “Critérios supremos”, acerca de prisão e soltura de Paulo Bernardo, e “Evolução sem fronteiras”, sobre programa federal de bolsas no exterior (Opinião a2).

Redação